Mar 16, 2019

Interlúdio


INTERLÚDIO
Caos
I
Morte.
Palavra curiosa. Cinco letras – duas vogais, três consoantes. Um significado tão potente e abstrato... A morte é o grande medo dos humanos – o que é irônico, pois todos irão morrer. A única certeza que todos podem ter, absolutamente, é de sua finitude. O que é o nascer, se não o início do processo de falecimento?
Intriga-me como os humanos veem seu fim. Confesso que me divirto. Já conquistaram terras, inventaram dispositivos mas, por milênios, seguem perplexos com o fato do final de sua existência. Já a retardaram, evitaram, tentaram fugir... Mas, mais hora, menos hora, não conseguem mais correr. É inevitável. Sempre os encontra.
Desde os tempos mais ancestrais até os mais modernos, todos procuram explicar tal fenômeno. Ciência, religião, sobrenatural. Apoiem-se onde quiserem, os humanos se mobilizam para explicar aquilo que não conhecem. Isso devo reconhecer e admitir que admiro. Como descrever um fenômeno tão abstrato quanto a própria vida?
Quando se atribui significado à sua existência, é questionável que ela precise chegar ao fim. Os humanos, que se autodenominam superiores aos demais, procuram a resposta para seu tempo marcado, aquilo que mais os torna diferente dos deuses que um dia sonham ser. Penso eu que talvez essa vida talvez só signifique algo justamente pela finitude.
Desgosto de linearidades, de polarizações. Mas, se insistem, posso pensar na morte como um ponto final, pois então. Nascer, viver, morrer. Vens ao mundo chorando, e o deixa com as lágrimas nos olhos de outrem...
...Mas a morte não é o mal. Penso às vezes que a vida pode ser tão mais cruel... Tudo depende de como aplicas tua existência, do que faz com teu viver. Como sente cada um dos segundos em que o ar passa pelos seus pulmões. A morte é o silêncio, a paz. A conclusão. Barulhenta basta a vida. Tumulto? Não, muito obrigada.
A morte não é assustadora. Olhe para mim. Sou tão velha quanto a vida. Apenas uma moça de manto vermelho, que avisa àqueles que seu momento chegou, roubando-lhes seu ar como um beijo. Todos se queixam, pois ainda lhes restam pendências. Todos tem pendências. Não posso esperar, desculpe. Sou ocupada. Posso ser só uma mensageira, mas entrego o que prometo.
Ainda que ocupada, gosto de parar para ver o que acontece com os humanos. São intrigantes, cheios de ideias. Como um conjunto de milhares de átomos forma uma criatura consciente de sua própria existência? Explique os humanos como quiser, não me imponho a responder qualquer pergunta. Gosto é de admirar.
II
Observei o rapaz, entretido em seus pensamentos mundanos. Os cabelos ruivos grandes e espetados, um tanto sem brilho. Parecia cansado. Os olhos já caídos, imersos em olheiras tão escuras que nem a melhor das noites de sono resolveria. Afagava-se em seus grossos e felpudos trajes – sabia que Kalos fazia frio naquela época. Eu podia ler "Prof. Dr. Lysandre" em uma placa pequena desgastada na mesa.
Espaçoso seu laboratório. As paredes escuras metálicas se estendiam muitos e muitos metros acima, iluminada por refletores de tom rubro. Tantos canos que poderia perder a conta, tubos, máquinas, que já nem saberia dizer eu para que serviam. Não me interesso muito pela tecnologia mortal. Admiro, mas não me interesso.
O que lhe aflige, caro humano? — digo, sorrindo.
Ele ignora e me responde com seu silêncio. Acho divertido. Aguardo alguns segundos antes de retrucar.
Vamos, fale comigo. — peço, com simpatia. — Já me tens amordaçada. Quero apenas entreter-me.
Ele finalmente me concede a honra de seu olhar. Vejo os olhos vermelhos me encarando com incerteza. Deve ver uma ave de asas capazes de abraçar a destruição, tão grandes e nefastas que intimidariam qualquer um, se não estivessem contidas quase em formato oval; garras pontiagudas ameaçadoras; um par de chifres apontando diretamente em sua direção, tais quais um par de olhos translúcidos, de um tom de azul que nunca encontraria em seu plano mundano – que lhe liam a alma quando encarava. Mas, acredite em mim: sou apenas uma senhora repousando.
— A podridão do mundo. — responde, por fim, soltando suas palavras como uma pedra que tentava fazer pular nas águas de um lago qualquer.
Sua mão levanta um fruto, brilhante e colorido que estava no ápice de sua maturidade. Nem precisava prová-lo para imaginar sua suculência. Disparou-o sobre mim, atravessando por entre o campo de força que nos separava. Segurei com cuidado entre o pouco que era capaz de movimentar as mãos – ou asas, se preferir. O fruto tão pequeno escureceu, definhou-se como uma esponja que era pressionada, perdendo todo o seu conteúdo.
— Como a cor desse fruto, antes brilhante e agora opaco e azedo. — prosseguiu o homem.
Ficamos em silêncio. Observei o fruto podre com cuidado, manejando-o.
Sabe o que “Kalos” significa? — lhe pergunto.
Ele assente, sem nem precisar me encarar.
— Vem das línguas ancestrais. — responde com segurança. — Significa “eterna beleza”.
Com o acerto, veio uma risada escrachada que não esperava que pudesse ecoar pelo salão. Balança a cabeça, em negação, baixando o tom para si mesmo. Mas, se não devia, escuto mesmo assim sua lamúria.
— Como se qualquer beleza fosse eterna...
Ele caminha pelo salão e acompanho seus vagos passos desalinhados, perdidos. Vejo sua alma, vejo que está distante. Deve ser difícil para vocês, humanos, viver das aparência dos outros, sem saber o que lhes passa na cabeça. Ou, pensando bem, talvez seja uma benção. Não sei se aguentariam a intensidade de conhecer os fantasmas dos outros. Já é difícil lidarem com seus próprios.
— Toda beleza chega ao seu apogeu e se degenera. — disse o ruivo. — Sabe melhor que qualquer um do que falo.
Não sei se ele percebe, mas desenho um sorriso.
A história de vocês, humanos, é essa: um eterno conjunto de loucuras que fazem por não aceitarem o tempo das coisas. exclamo com gosto. — Tudo o que um dia recebem lhes é tirado. É assim que funciona a ordem das coisas. É assim que o mundo funciona, com equilíbrio.
Ele fica em silêncio e levemente concorda com a cabeça. Não se ofende com minha confissão, não rebate. Apenas engole serenamente, como se já soubesse de tudo aquilo. Como se pensasse o mesmo de sua própria raça imperfeita e tivesse de aceitar essa maldita verdade.
— Todos temos dificuldades de lidar com finitudes. — fala, pensativo. — De que às vezes as coisas precisam chegar a um fim.
Ele estende a mão e arremesso de volta o fruto. Ele pega com um movimento preciso e observa a casca escura e apodrecida, a textura seca e áspera. Passa entre os dedos. Sente.
— A beleza só se torna eterna quando acaba antes de apodrecer. —  diz, abrindo um sorriso frágil. — Que paradoxal... — suspira. — Mas se destruo esse fruto antes que chegue a apodrecer, ela permanecerá para sempre bela, pois nunca se definhará.
Apenas ouço. Observo suas veias ganhando relevo conforme força os dedos, pressionando a fruta. Os nervos de seu rosto se contraem com o esforço e vejo a fruta ser esmagada, partindo-se em pedaços imperfeitos e mofados, tornando-se apenas restos do que um dia foi. Ele vê a sujeira com calma, demorando a descartá-la.
— E ,quando algo chega ao fim, é possível que recomece novamente, até que definhe, e assim o universo segue. — pondera, por fim.
Ele se esgueira mais uma vez sobre sua mesa, e não digo uma palavra sequer. Vejo os restos daquele fruto, e o ruído dele se partindo é a última coisa que permanece ecoando em minha audição. O homem abaixava a cabeça e vejo seus demônios o assombrando, brincando em suas costas; vejo sua luta.
— Qualquer vitória nesse mundo é inútil. — balbucia. — Como peixes em uma rede. Todos vemos o caos acontecendo e destruindo a todos nós, mas teimamos em ser cegos. Vemos o mundo apodrecer cada dia mais e cruzamos os braços, sem coragem de fazer qualquer coisa a respeito.
Ele suspira e me olha. Os pensamentos estão embaralhados e ele me poupa dos ligamentos; mas quando olha em minhas orbes azuis, sabe que eu sou capaz de juntar todas as peças. Ele não explica pois sabe que posso ver além, posso entendê-lo, sei do que fala. Ele apenas suspira, sem muito o que fazer. Ninguém pode me enganar.
— Vossa divindade sabia que esse dia chegaria. — por fim fala, como o peão do destino que é.
Com os braços, mais cruzados que nunca, me movimento levemente, dando de ombros. Disfarço um sorriso.
Nem a Morte pode desviar uma profecia de seu destino. — concordo.
Ele sorri também, quase vitorioso, mas ainda tímido. Mesmo as lendas sucumbem ao poder do Destino, são subjugadas às vontades maiores. A alguns isso é uma benção; outros, quando se dão conta disso, têm pesadelos.
Eu me abstenho e deixo-os escrever sua história. — retruco, entregue. — Vocês humanos não se conformam com sua mortalidade, gostam de brincar de deuses. — exclamo com um sorriso. — É assim que todos vocês se atraem à sua sina desde os tempos mais primordiais. Confie, sei mais que ninguém do que falo.
Vejo seu rosto perder a serenidade e ser tomado pela desordem. É ali que entrega sua humanidade; é ali que percebo sua ofensa, pois no fundo é aquilo que já disse: humanos não gostam de lembrar que o são, odeiam aquilo que lhe lembra que não são deuses. A Morte sempre os lembra disso, ela é a maior prova de que não importa o quão distante foi em vida, o final é sempre o mesmo.
— Ser do Caos... Sabes que não é uma brincadeira. — diz ele, por fim, balançando a cabeça, segurado com firmeza sua mesa. — Está por vir, está perto.
Vejo seus olhos deslizarem para a lixeira, encarando os restos do fruto apodrecido e despedaçado.
— O Caos é apenas o que antecede uma nova ordem... — suspira.
Sorrio, pois é só o que posso fazer em minha posição. Diferente de vocês, aceito quando não estou no controle. Divirto-me vendo as peças serem movidas no tabuleiro; é cômico. Aquele dia chegaria e nada podia fazer a respeito. Ahh, humanos… Sempre cheios de histórias.
Eu gosto de histórias. E, acredite em mim, já vi de todas, o suficiente para qualquer mortal perder a sanidade. Mas aconchegue-se aqui, acomode-se; tenho agora tempo de sobra para lhe contar uma das boas. Gosta de profecias? Pois conto-lhe a que nos assombra, então. Já não me recordo suas palavras exatas, então direi com minhas próprias. Não espere por rimas e poesias, não sou disso. Chegamos a este capítulo memorável com uma história que a princípio parece tão simples quanto um conto de fadas. Mas não subestime, as jornadas mais memoráveis começam assim.
Com a décima terceira hora
No terceiro Levantar
O casulo e a árvore
A destruição e a gestação
Em Caos se alinham à Ordem
Quando as profundezas vierem à luz
Dado está o Crepúsculo dos Deuses
Mas tudo começa com a história de três:
Um sábio com muito a aprender;
Uma princesa aprisionada;
E o criminoso que os trai.



       

15 comments:

  1. Amei o capitulo! <3

    Foi uma otima introdução para esta ''''''nova temporada''''' em Kalos, sua forma de narrar os acontecimentos é muito boa, e consigo me agaarrrar bem a cada palavra sua..

    Continue assim! Estou no aguardo para os próximos capítulos.

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    1. Oi Shiny!! Bem-vinda à segunda temporada! <3 Fico feliz que gostou do interlúdio e que tenha criado uma tensão pros próximos episódios!! Não vejo a hora de atualizá-los com mais capítulos!! <3

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  2. Meu miguxo Haos. Foi tocante. Pareceu quase retirado de minhas reflexões diárias. Uau.

    A dificuldade humana de entender a morte e dar significado a vida é algo recorrente desde os tempos antigos, e realmente não é difícil de entender o por quê de tentarmos atribuir um significado, afinal, viver uma vida, construir algo, elevar seu status aqui para o máximo que pode, pra depois morrer. É realmente engraçado.

    O capítulo vem nos trazer isso, novamente, e nos entrega a linha de pensamento de Lysandre.

    Bem, acho que vou parar por aqui. Amei o Interludio. A única coisa que me incomodou foi Yveltal preferir mais tomar uma forma feminina, mas isso é só porque acostumei com Yveltal tomando um manto mais masculino em outra fic. Mas sério Haos, você não decepciona quando trás um capítulo, tu já chega cunhando brasão no aço.

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    1. Hey Sir!! Que ótimo que entrei em sintonia com seus pensamentos nesse capítulo, então! Huashduash Eu também penso bastante sobre isso tudo, e como o tema dos jogos de XY era um tanto sobre a Vida e a Morte, não consegui não abordar isso em vários pontos da fic. Nessa temporada acho que chegamos ao ápice desse conceito todo, e espero fazer valer tudo que fui construindo até então.

      Vou te dizer que por muito tempo eu também via Yveltal como uma figura masculina, mas acabei me abrindo à possibilidade de representar de outra forma na fic, quase como a figura da "Morte" mesmo, que é geralmente representada como feminina. Mas eu gosto de pensar nos lendários (que geralmente não possuem gênero no jogo) quase que como "deuses" que podem assumir tanto uma forma quanto a outra, e apenas escolhem qual corpo lhes parece mais conveniente, sabe?

      Mas, enfim, fico feliz que gostou do capítulo! Espero conseguir manter o ritmo nos próximos nessa mesma vibe! Obrigado pelo comentário, Sir!! õ/

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  3. IMPRESSIONADO!
    é a palavra que me define depois de ler este fantástico interlúdio da nossa tão querida história!

    adorei essa conversa entre lysandre e a "morte"... super filosófica... misteriosa... e cheia de significados.

    adoro o facto de como a profecia descreve completamente a história que acompanhamos, protagonizada por calem, serena e charlie que, certamente, em breve, se verão frente a frente com este confronto entre o "caos" e a "ordem".

    a sua escrita parece cada vez melhor... consegue me transportar para espaços que eu nem sequer sabia que existiam! estou muito ansioso para ver o que daí vem!

    bom trabalho! :)

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    1. Hey Ângelo! (Ou Angie, como tenho visto atualmente hausdhsua)

      Obrigado por todas as palavras maravilhosas. Fico feliz demais que o capítulo o tenha agradado, de verdade <2 Eu gosto bastante de profecias, porque gosto de montar teorias e ficar revisitando conforme a história passa. Sempre tão misteriosas... Confesso que esperava não enfiar nenhuma aqui na história de Kalos, mas conforme o tempo passou fui cogitando isso... E olha, não havia hora melhor para apresentar a vocês que no prólogo dessa temporada. Acho que já dá pra imaginar o que vem por aí, né? :p

      Obrigado pelo comentário e até a próxima!!

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  4. Meu amigo, estou sem palavras!

    Curti muito essa virada que você deu no foco da história, pelo menos para este interlúdio. Assim você já engatilha os acontecimentos relacionados ao Lysandre e a Team Flare. Por padrão a gente pensa neles como vilões da história, pelo menos após a experiência de jogar XY. Mas vindo de você eu não sei dizer se isso será concretizado. Você deixa as coisas tão nebulosas que eu não duvidaria de uma virada insana de pontos de vista com relação a eles. Estou de olho em você, rapaz!

    O diálogo foi muito interessante, o Lysandre e Yveltal discutindo essa relação vida-morte, caos-ordem, e ao mesmo tempo você resgata toda essa questão referente à beleza que o próprio Lysandre vive abordando nos jogos. Enxergar a beleza apenas como um conceito, ou algo com início, meio e fim, ou ainda como algo etéreo, além da nossa compreensão. Uma equipe vilã que se preocupa em tornar mais belo um mundo apodrecido pode parecer algo tão bobo e impensável, mas isso realmente é um assunto pra deixar um bocado de gente doida da cabeça. Eu vejo muita profundidade na Team Flare, particularmente.

    E pra concluir, temos uma referência aos três protagonistas! Pelo menos foi o que me pareceu. Dou ainda destaque para o trecho "E o criminoso que os trai". Charlie, Charlie, meu caro Charlie... O que você vai aprontar pra cima da gente nessa Saga Y?

    Até a próxima! õ/

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  5. já comentei isso contigo mas é necessario estar registrado aqui tambem: O CONTRASTE DAS IMAGENS DO CAP POSTADO ANTES E O DE AGORA, EU NÃO SEI SUPERAR ISSOOOOOOOOOOOOO a loca do aes e uso de cores tá muito grata (e gritando)
    enfim, ao tir- DIGO capitulo propriamente dito
    que bom que já começamos com nOSSO ESTADO COM ESSA TEMPORADA
    o pior é que é vdd, a morte é nossa única certeza, mas também tão desconhecida (por seu depois) que acaba se tornando medo
    Quando se atribui significado à sua existência, é questionável que ela precise chegar ao fim > essa bateu pesado, namoral
    eu to com umas teoria de quem tá narrando isso e namoralzinha se for confirmado cÊS VÃO OUVIR MEU GRITO NO PAÍS TODO
    Gosto é de admirar. > it's a smart way of living, tbh
    "prof. dr." nois já sabe que é nojento né qq
    ASÇKDNASKÇDÇDNSAÇKÇKDASNÇKSDAKNÇDSÇKSDKÇNDKÇNDSKNÇDS MANO
    AI MANO
    EU NÃOA CREDITO QUE É ISSO MESMO
    MDS DOC ÉU É SISOSO MEMSOS ASDNKDÇWÇKDEFÇKNAÇKDNSKNÇDKÇNASDÇKNSDAKNÇDASKÇASDKNNSDAÇKÇKNSDA
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA]
    ASÇKDNADÇKNAÇKSNKÇDKNÇSDAÇKNDSANKÇASDKÇDSKNÇSDANKÇSDA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    PAUSA AQUI PRA INFORMAR QUE VO SAIR NO SOCO COM LYSANDRE
    E VOLTAMOS AOS GRITOS
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    espero que ele saiba que faz parte da podridão do mundo q (eles nunca sabem mas né, importante apontar q)
    kalos é eternamente bela mesmo :'( e não necessariamente de maneira visual (tho é sim q), mas por toda a magia dessa região <3
    AI QUE PUTA PARAGRAFO FALANDO SOBRE VER A ALMA, NAMORALZINHA EU VO TE BATER DEPOIS ABRAÇAR
    um eterno conjunto de loucuras que fazem por não aceitarem o tempo das coisas > ÔOOOOOOOOOOOOOOOOO CACETAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    Mas se destruo esse fruto antes que chegue a apodrecer, ela permanecerá para sempre bela > não pq você DESTRUIU, seu perturbado. ó as ideia né cara
    "como o peão do destino que é" que forte, que doloroso. uma mera peça sendo movida por algo muito maior do que seus próprios planos
    E GENTE OLOCO QUE PROFECIA É ESSA
    mano namoral eu já amava a dama do caos com tudo, e esse interlúdio só serviu pra AMAR AINDA MAIS
    [armando altarzinho pra yveltal]
    OKAY EU PEDI A PROFECIA MAS AGORA NÃO SEI SE QUERIA ASÇKDNASDASNKSDNKÇDSAÇKNSDKNÇSDAKÇSDAKNSDAKÇDASKÇASDNKÇSADNÇKDAS
    EU LITERALMENTE GRITEI NA ÚLTIMA PARTE AÇKSDNDNKDNÇKSDNÇKSADKÇSADKÇDSAKNÇASDKNÇSDKNÇSDA Ô MEU SENHOR JESUS MDS
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ASKÇDDNÇANKÇNKÇEFKSÇKÇKKKSDAÇKDKNÇNDKÇEKNDSÇNKNDKSKÇASD
    INDO DAR NA TUA CARA E DEPOIS TE ABRAÇAR PQ AI NAMORAL VIU
    UM INTERLUDIO DESSE MERMAO

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    1. Eu ainda to muito feliz que quando eu postei deu pra destacar o contraste das artes da Saga X e Y! AHUSDHAUSDH Sério, acho que eu levei mais tempo caçando as imagens pra usar nas notas e o estilo dos novos capítulos que de fato escrevendo! (Ainda não tinha ficado 101% satisfeito, mas confesso que curti desse jeitinho). Acho que só esses detalhes já entregam a atmosfera diferente entre as duas temporadas!

      Eu tava super animado pra ver o que você ia achar (por motivos de AMOR POR YVELTAL) então fiquei feliz demais que curtiu! HUADHAUSHDAHSUD Por mais que eu tenha escolhido a versão X eu gosto demais da oposição da Vida e da Morte, valorizo demais os dois Pokémon. Quando comecei a fic eu não tinha esses planos todos, nem consegui criar nada muito interessante com o Xerneas na primeira temporada... Mas a dama do caos felizmente já entrou na segunda com um grande destaque, e não vi melhor forma de introduzir a Saga! Pode esperar mais de umas treta desse tipo porque eu já tô com os planos borbulhando! auhsdaushd

      E obrigado pelo comment e pelas reações (que eu amo) de sempre <3

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  6. Cara, fenomenal

    Eu nunca entendi direito o que o Lysandre queria, mas com esse interlúdio eu me aproximei muito do personagem, amei.
    Acho que é sø isso mesmo, tô indo ler agora o cap 31.
    Até mais!!!

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    1. Hey Alefu! Eu não culpo, porque de todos os vilões, acho que o Team Flare (e o Lysandre) são alguns dos que menos parece que nos aprofundamos, né? Ele só parece um doido louco pra explodir o mundo nos jogos. Mas pode confiar que por aqui as coisas não vão ser assim, espero nessa temporada fazê-los ficarem mais próximos de vários personagens (e o Lysandre é um deles!)

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  7. Menino Haos sempre nos surpreendendo com sua escrita, reviravoltas, visões inusitadas e uma nova temporada de tirar o fôlego ♥ Desculpe por demorar para vir aqui comentar, mas é sempre um prazer voltar a Kalos, independente de quanto tempo tenha passado parece que ainda estou aqui em 2012, ansioso para jogar meu Y e saber quando você vai lançar um capítulo novo para a fic. E toda vez tenho uma surpresa agradável!

    Yveltal como a morte, uma mulher de manto vermelho, simplesmente genial! Sempre tive uma visão masculina, mas foi uma excelente interpretação. Você também deve ter divagado demais para ter todas essas ideias sobre morte, nossa finitude, o que deixamos para trás e como os seres humanos vivem amedrontados disso, o fato do Interlúdio ter a escrita num nível até mais polido é digno de como uma divindade descreveria os detalhes, como se fosse a verdadeira expectadora.

    Olha, vou te contar, cheguei até a arrepiar com as últimas linhas da profecia kkkkk Isso é que algo que percebi em "A Menina que Roubava Livros", ainda na metade do livro somos apresentados ao que acontece no final e, mesmo assim, algo mais forte nos instiga a continuar. Profecias fascinam sempre, é só ver Percy Jackson (bora voltar para os fóruns? kkkk), e a maneira como ficamos na incerteza do como irá acontecer é o que prende, instiga, eu diria até que nos envolve ainda mais! Um sábio, uma princesa e um traidor. Essa temporada vai dar o que falar, e fica a responsa porque as Season Two são sempre as melhores na Aliança kkkk É ótimo estar de volta, conte conosco para sempre te acompanhar!

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    1. Ahh não importa quanto tempo passe, sempre aguardo seus comentários com muito carinho, Canas!

      Estar em nossas terrinhas de Pokémon também sempre me traz um pouco de tudo de bom de 2012/2013, parece que até as leituras ficam frescas (As referências de A Menina que Roubava Livros e Percy Jackson são para os fortes! UAHSDUAHS). Que bom que curtiu esse trecho, também tenho grandes expectativas com essa temporada! Lembro como eu também estava muito ansioso pra Saga Diamante por ser bem o clímax da fanfic, e imagino que por aqui não será tão diferente! Não vejo a hora de mostrar tudo que tenho aprontado! heheheh Obrigadão pelo comentário! :)))

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  8. oh boy
    tava eu aqui relendo né, as ever qq (inclusive esse interludio ainda me arrepia todinha!!! varios OOOOOOOOO varios tapas mds ICONE) e aí a primeira linha da profecia me cutucou
    decima terceira hora
    a árvore de laverre tem um relógio que marca treze horas
    e é a cidade das fadinhas né, xerneas é fada........
    ai ai
    (fica ainda melhor pq é o que vem logo depois de lumiose, então se essa teoria estiver certa vão sair da treta master que tá rolando lá pra dar de cara com algo literalmente lendário kkkkkkkk fod-se ninguem queria paz ou dez minutos de descanso né)

    P.S. YVELTAL ICONE SUPREMO MINHA DAMA DO CAOS te amo sdds
    P.S.² eu obviamente ainda quero sair no soco com o lysandre okay ele aprisionou minha nene q Mas relendo agora com calma sem aquele baque inicial.... porra, véi, que trabalho de mestre cê fez com ele, sabe. team flare é um dos mais dificeis de entender pq a motivação deles é super zoada (e to falando como alguém que é de hoenn qq mas eu ainda entendo mais aqueles doido sem senso ecologico do que os laranja neon)), mas aqui, tu vê muito bem como o lysandre foi puxado pra esse caminho. ele ainda é bem zoado das ideia qqq mas dá pra delinear como ele se perdeu. e isso é uma sacada incrível

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    1. Ahhh tem tanta coisinha escondida entre as entrelinhas, e tem coisas que não dava pra imaginar na época que o capítulo foi lançado. Conforme os capítulos foram passando, algumas começam a fazer mais sentido, então amei muito que vc voltou pra reler. Acho que tem pontos chave que quando a gente passar na história vale voltar e dar uma olhadinha de novo, porque esse interlúdio vai ganhando ainda mais camadas.

      Laverre é minha cidade favorita em Kalos, então não podia deixar de tentar fazer algo legal com ela (e EXATAMENTE, ela vem DEPOIS de Lumiose. É dificil imaginar que existe um DEPOIS dessa cidade na história HAUSDHAUS Tipo, o que pode ser pior que Lumiose? qqqq)

      E ai, brigado demais pelo comentário em relação ao Lysandre. Eu também acho o Team Flare um dos mais bobinhos de certa forma, e tentei quebrar a cabeça um pouco em como amarrar tudo de uma forma interessante... No final cheguei num lugar que gostei bastante, e é uma das tramas que to mais animado pra poder mostrar!

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