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Posted by : Haos Cyndaquil
Feb 1, 2014
Capítulo 08
Não Desistirei
Nuvens deslizavam pelo céu azul
de Santalune, encobrindo o sol, que como sempre em Kalos, nunca era sinal de
altas temperaturas. Na verdade, a temperatura estava propícia para que cada um
vestisse aquilo que achasse confortável, nem frio nem calor excessivo. Um taxi
passou pelas estradas de terra da cidade tradicional e estacionou na porta do
ginásio local, onde uma loura de cabelos curtos saiu.
Ela retirou algumas malas do
banco de trás e pagou o taxista, que logo a deixou sozinha naquele lugar. A moça
virou-se de costas para o ginásio e fitou a tranquilidade ao seu redor, as
crianças brincando na fonte, os idosos nos bancos alimentando Fletchilings que
pousavam por lá. Não trocava a tranquilidade de Santalune pelo movimento das
outras cidades. Em seu pescoço estava sua marca registrada: uma câmera
profissional.
Quando se preparou para entrar na
construção, notou um rapaz de braços cruzados batendo o pé insistentemente a
cada meio segundo, com uma expressão de poucos amigos. Eles trocaram olhares por
um instante, e ele checou um relógio em seu pulso, voltando a fitá-la logo em
seguida:
Pontualidade
é o mínimo para um cargo como de um suposto “Líder de Ginásio”. Quer dizer, eu
mal sei o que eles fazem, mas como posso respeitar alguém que não segue
horários a risca? Sete minutos são quatrocentos e vinte segundos, quatrocentos
e vinte segundos do descumprimento de uma promessa de horários.
Ela assoprou uma mecha de cabelo
que caía no rosto.
— Perdão, eu o conheço? —
indagou.
Antes que pudesse responder, um
grito agudo chamou sua atenção e a atenção do garoto:
—Viola-sama!!!!!! — falou
Katheryn animada, correndo em direção da mestra.
Aldrick, Serena e Charlie a
acompanhavam, mas apenas o primeiro cumprimentou Viola frente a frente. Os
outros dois se juntaram a Calem na porta e a observaram. Aldrick se ofereceu
para ajudá-la com as malas, e Katheryn se ofereceu para encher seus ouvidos com
falas alegres e misturadas. A loura indagou de forma sutil, apontando com a
cabeça:
— Eles são seus amigos?
Katheryn assentiu com a cabeça.
— São sim. O Calem é treinador, e
veio para te desafiar a uma batalha! — adiantou ela.
Viola se iluminou por um
milissegundo, e lançou um sorriso sincero quanto para o rapaz de cabelos
castanhos, que não se incomodou em fazer o mesmo.
— Ora, será ótimo enfrentar
alguém, para variar! — exclamou.
Era cedo da manhã, então Katheryn
e Aldrick ainda não haviam aberto o ginásio, de forma que a própria líder o
fizesse. O trio havia visto por dentro da última vez, mas não com tantos detalhes.
Viola acendeu as luzes do ginásio, que sequer poderia ser chamado assim,
deveria receber o nome de “Galeria de Santaluen”, pois não havia nenhum artigo
de batalha.
As paredes beges recebiam
iluminação especial de lâmpadas fluorescentes, viradas para vários quadros de
tamanhos diferentes, bem emoldurados e envidraçados. Mas não tratava-se de
pinturas, e sim de fotografias, na grande maioria de Pokémons insetos na
natureza, capazes de fazer Calem ter arrepios apenas de olhar. Todas haviam
sido pegas no momento certo, espontâneas.
Viola abriu uma das malas e tirou
mais algumas fotos enquadradas, e colocou de volta uma a uma em lugares vazios
em uma parede, como se estivesse colocando de volta. Serena se admirou com
aquelas imagens, e sentiu vontade de vivenciar cada um daqueles momentos. Mas
era estranho, pois era como se as fotos de Viola trouxessem uma pontinha da
vivacidade do momento em que foram tiradas.
— Como estava a exposição,
senhorita? — perguntou Aldrick.
A líder encaixou um dos quadros e
se voltou para ele, com um sorriso de canto:
— Foi fantástica, simplesmente
fantástica. — disse, arrumando uma das fotos que estava alguns míseros graus
inclinada para a direita.
— Não sabia que líderes podiam
ter um hobbie. — admitiu Serena de forma dócil. — Parece que vocês ficam
batalhando o dia inteiro.
Viola convidou-os a se sentarem e
tomarem um café em uma área mais reservada e respondeu:
— Ah, que nada. A Liga Pokémon
está em uma verdadeira crise. — disse com simplicidade.
Ainda que não entendessem
exatamente o que aquilo significava, forçaram-se a perguntar:
— Por quê?
— Porque as pessoas não querem
mais batalhar. — respondeu a loura, fitando o líquido castanho escuro e quente
dentro do copinho. — Quantas batalhas vocês viram desde que saíram em uma
jornada?
Calem e Serena se entreolharam
por um instante, e depois voltaram a olhar para a líder, que tinha uma
expressão no rosto de alguém que já aguardava uma resposta específica:
— Tirando as
nossas, nenhuma. — concluiu Calem.
— Exatamente. — disse,
depositando o copo em uma pequena mesinha. — Kalos perdeu ainda mais a ânsia
que as pessoas tinham por batalhar com Pokémons…
— Isso resulta em Pokémons
abandonados, e líderes tendo dificuldades em pagar as contas. — completou
Aldrick. — Portanto desenvolvem outros talentos. — olhou para as fotografias.
— Abandonados como o Thanos… —
balbuciou Charlie.
Calem se levantou:
— Mas por que batalhas estão em
baixa?
— Tivemos campeões formidáveis
nas outras regiões em questão de pouquíssimos anos atrás… — afirmou Aldrick,
fazendo uma pequena pausa. — Mas Kalos não teve essa sorte. Parece que as
pessoas preferem coisas sofisticadas do que combates corpo a corpo. Moda,
Concursos… Tudo isso ganhou mais espaço, enquanto as batalhas diminuem cada vez
mais.
— Elas eram uma forma dos reis
antigos se distraírem, com combates corpo a corpo sangrentos nas arenas. —
disse Viola. — E com o tempo regras foram criadas, para a segurança dos
Pokémons e daqueles que assistem, muito embora a Liga Pokémon não estabeleça
tantos limites, assim como certos ginásios.
Aquilo era uma verdadeira chuva
de informações. Serena ficou triste por um tempo, pois sentiu como se estivesse
congelada no tempo, e finalmente quando era sua vez de aproveitar o que tanto
almejava, as pessoas mudaram tudo. Calem parecia ainda mais confuso, embora
compreendesse que as batalhas eram menos sofisticadas que outras competições.
— Isso é triste. — suspirou
Serena com simplicidade.
Viola fitou Serena e pegou sua
câmera do pescoço, empolgada:
— Essa expressão de tristeza… Fantástico,
simplesmente fantástico! — apontou o flash para a garota. — Diga “xis”.
Serena quase ficou cega com a luz
forte, mas se limitou a soltar apenas uma risadinha. A líder admirou a foto por
um instante, e em seguida voltou a encarar os jovens um tanto perdidos. Ela
apontou para Calem:
— Mas e você, aonde quer chegar
sendo um treinador? — perguntou.
Ele corou.
— Onde é possível chegar? — após
fazer a pergunta percebeu certos olhares de desagrado. — O que foi? Eu nunca
tive como saber isso, mesmo supostamente tentando ser um treinador.
Viola assumiu a fala:
— O cargo mais alto que um
treinador ainda pode chegar é o Campeão, o verdadeiro defensor do título de
“Mestre Pokémon”. — ela enfatizou as últimas palavras, como uma contadora de
histórias chegando na parte emocionante. — O Campeão antes fora o responsável
por governar o continente, mas na atualidade ele se limita a tomar as decisões
e gerir as regras da Liga Pokémon. — explicou. — Ele é deposto do cargo quando
derrotado em uma batalha oficial.
O rapaz levantou uma sobrancelha.
— Então eu apenas devo derrotá-lo para
conseguir o cargo? — indagou.
— Antes de chegar a ele —
interveio Aldrick — você deve passar pela Elite
dos 4, o quarteto mais poderoso de Kalos, que une forças de quatro
elementos específicos para manter o posto do Campeão.
— Então tenho que derrotá-los
primeiro…
— Mas antes tem que ser
classificado na Liga Pokémon, onde vários treinadores poderosos batalham entre
si! — adiantou Katheryn.
— Então tenho que ser o melhor
destes treinadores…
— Claro que para chegar à Liga
você precisa vencer oito dos ginásios de Kalos, comprovando estar apto a lutar
entre estes. — confirmou Viola. — Agora entende o que faz aqui? Se me derrotar,
você estará um passo mais próximo do Campeão, mas é uma jornada exaustiva.
Àquela altura Calem estava quase
jogado no chão.
Como cumpriria uma caminhada tão
pesada como aquela se ainda mal se entendia com seu próprio Pokémon? Era
informação demais para sua cabeça, mas finalmente os panfletos que tentava ler
da Liga Pokémon faziam sentido. Calem era um expert na teoria, mas a prática ainda o assustava.
— E, afinal de contas, por que
decidiu se tornar treinador? — perguntou Viola se sentando com calma. — Não que
eu questione sua escolha, muito pelo contrário, fico admirada em ver que alguns
ainda almejam este sonho.
Ele olhou para os lados,
encarando a expressão dos amigos.
— Eu não sei.
Foi quando quase todos se jogaram
no chão simultaneamente.
— O que foi? Eu nunca disse que
queria ser um, vocês que enfiaram palavras na minha boca. — falou ele.
— Mas você disse que tinha
encontrado uma carreira que talvez fosse sua cara, treinador. — respondeu
Serena.
— Não, eu disse que talvez tenha
achado um objetivo, e não que seria um treinador. — corrigiu ele. — Você que
falou isso. E começaram a falar de ginásios, insígnias, líderes, elite…
— Mas então o que você quer ser?
— questionou Charlie.
Ele se levantou e olhou para o
teto antes de falar, como quem se preparava para contar uma longa história.
— Eu queria ser um artista, e
encomendei o Larvitar para me acompanhar, mas ele não pareceu muito a fim de
pintar coisas. — falou. — Na verdade eu quase desisti da ideia quando percebi
que precisava sujar as mãos com (urgh!)
tinta. Achei que treinador fosse um sinônimo para artista no começo. — explicou
ele.
Ué,
se treinador era igual um artista, eu teria que seguir aquilo que eles me
falavam, já que era, aparentemente, “menos experiente”. Todavia não tinha
entendido o que aquelas aulas tinham a ver com arte, nem ginásios, nem
batalhas… Agora fazia sentido, eu tinha me enganado.
— ME DEIXA DAR NESSE GAROTO,
PORQUE ELE TÁ MERECENDO! COMO ASSIM KATE BERRY FOI DERROTADA POR UM PANACA QUE
NEM SABE O QUE SIGNIFICA A PALAVRA “TREINADOR”? — gritava Katheryn sendo
segurada por Aldrick.
— Primo, você pisou na bola. —
Serena abaixou a cabeça e massageou a intersecção do nariz coma testa usando o
indicador e o polegar. — Deixa eu ver se eu entendi… Você queria ser um
artista… Mas começou a achar que precisava fazer as coisas que estávamos te
falando…
— …E além de não querer ser
treinador, descobriu que não quer ser artista…? — continuou Charlie.
— Basicamente.
— ME LARGA QUE EU VOU DAR UMA
BOFETADA NESSA CARA DE PAMONHA DELE! — continuou Kath.
Aldrick interveio, os puxando.
— Acho que o Calem apenas se…
Equivocou um pouco. — defendeu-o, ainda que sequer suas palavras carregassem
muita convicção. — O que acha, senhorita Viola?
— Talvez seja melhor as batalhas
serem extintas de vez mesmo. — balbuciou ela baixinho, vendo que Aldrick a
encarava. — Hã? O quê? Ah, sim, acontece.
Todos se sentaram-se de uma vez
só e ficaram encarando o chão, mergulhados num misto de incredulidade e “eu já
deveria imaginar”. Até mesmo Serena não conseguiu esconder ter ficado surpresa com
as confusões do primo. Calem quebrou o silêncio fatal.
— Bem, já que estamos aqui
poderíamos… Tentar uma luta. — orou para que suas palavras trouxessem menos
ódio àquele ambiente.
— Desencana. — disparou Charlie.
— Não precisa fazer isso.
Calem parou.
— Eu adoraria concordar. — lançou
uma expressão de contradição. — Mas tem alguém que quer fazer isso de verdade.
— e apontou para sua Pokébola.
Ele suspirou.
— E além do mais… — após fazer
uma pausa, aumentou o tom. — EU FUI ARREMESSADO POR UM ONIX, UM VOLTORB
EXPLODIU COMIGO PERTO, FIQUEI NO MEIO DE UMA GUERRA DE POKÉMONS E RECEBI UM
SOCO DE UM SER DESPROVIDO DE RACIOCÍNIO LÓGICO, PRA VOCÊ ME DIZER QUE FOI PRA
NADA! MEU NARIZ AINDA ESTÁ SE RECUPERANDO, SABIA?
Ele marchou para o lado esquerdo.
— O que estão esperando? Me acompanharam
até aqui, agora vão ter que continuar me seguindo.
— O campo de batalhas é do outro
lado. — Viola apontou, tentando não fazer nenhum comentário antiético que a
tirasse do cargo de líder, embora esta fosse sua vontade.
— Você vai mesmo? — indagou Kath.
— Estou há um tempo esperando
alguém para batalhar… Estou aceitando qualquer coisa. — ela respondeu,
caminhando em direção ao campo.
...
Após chegar a uma sala reservada,
podia-se ver um pequeno poço com uma corda branca espessa e um tanto quanto estranha
— teia. — por onde devia-se descer para chegar enfim ao campo de batalha. Era
escuro e úmido, iluminado apenas por algumas luzes que apontavam direto no
local de combate, onde o campo não era feito exatamente de concreto, terra, ou
madeira. Era uma…
— Teia gigante. — ponderou Calem.
— O material mais forte encontrado naturalmente. Seria fascinante se não fosse
nojento.
Viola havia construído o ginásio
unindo sua paixão pelos insetos e pelas fotografias. Aquele ambiente era
propício para a criação de insetos por ser fresco, ainda que não tivesse tantas
plantas. O campo era uma teia de tamanha espessura que praticamente impedia
qualquer oponente de rompê-la, mesmo com golpes fortes. Caso a rompessem, ou
caíssem, havia um chão cheio de folhas e musgo alguns metros abaixo.
Calem se sentiu completamente
desconfortável naquele lugar, onde certamente várias de suas regras de como não
se sujar ou pegar doenças eram infringidas. Katheryn, pelo contrário, gostava
daquele lugar, do som dos insetos voando para lá e para cá.
Em cantos opostos da teia estavam
extensões de madeira pequenas com um piso, onde os treinadores supostamente
deveriam ficar para lutar. Enquanto Calem se sentia perturbado, Viola se
preparava. Cutucou o rapaz no ombro, que levou um susto.
— Está pronto? — perguntou ela.
— Só uma dúvida: Como você,
profissional em batalhas pretende ter uma batalha justa comigo, que acabei de
começar? — indagou.
Ela sorriu.
— Você não possui insígnias,
então uso Pokémons recém-capturados ou inexperientes. — disse. — Se apronte,
porque eu já estou aquecida. — ela o fitou. — Esta expressão de nervosismo…
Fantástico, simplesmente fantástico!
E fotografou-o.
— Agora trate de escolher seus
Pokémons.
— Na realidade, usarei apenas um
Pokémon. — ele respondeu, se recuperando do flash espontâneo.
— Mas Calem, é sua primeira
batalha… — interveio Aldrick.
— Eu li o livro de regras de cabo
a rabo, e o número de Pokémons para batalha estipula o máximo a ser usado, ou
seja, posso utilizar quantos eu quiser desde que não ultrapasse o limite.
Então, serei só eu e meu único Pokémon.
— Você leu um livro com o título
“Regras para Treinadores Iniciantes” e não se deu conta de que isso não era
para artistas? — questionou Charlie.
— Comecemos então! — exclamou a
líder.
Viola pegou uma das Pokébolas e
ficou ponderando-a por alguns instantes, como se estivesse sentindo novamente
sua textura. Ela lançou a esfera para cima e revelou um pequeno inseto azulado,
com pernas finas o suficiente para quase desaparecessem. De tamanho mínimo,
aparentemente não demonstrava ser grande perigo.
Calem pegou sua Pokébola e sem
atirá-la a fez se abrir e revelar Larvitar através da claridade que saiu da
mesma. A criatura de pedra pisou na teia e percebeu que esta afundou um tanto
devido ao seu excessivo peso, o que seria uma desvantagem. Larvitar já sabia do
combate naquele dia, e o almejava mais que seu treinador. A líder, pelo
contrário, pareceu fascinada com a escolha do iniciante:
— Eu costumo fotografar apenas
insetos, mas terei que abrir uma exceção para seu Larvitar nervoso! — falou,
puxando a câmera e tirando uma foto.
— Vamos nos concentrar, sim? —
pediu Calem, com uma pausa. — Sandstorm.
— Bubble, Surskit. — interceptou Viola.
Larvitar teria dificuldades em
começar uma tempestade de areia no meio do ginásio que sequer areia tinha, mas
antes de qualquer ataque, percebeu um raio de bolhas frágeis o atingindo, muito
embora parecesse inofensivo, para o corpo de pedra como o Pokémon, causava mais
danos do que gostaria.
— Bolhas, aquático, forte, pedra…
Estou com problemas. — deduziu Calem
começando a arder em desespero, fazendo gestos sem exatamente saber o que
fazer. — Tente mordê-lo.
Larvitar lançou um olhar rápido
para o treinador da mesma forma ignorante de sempre, e em seguida voltou-se
para o adversário, ainda assim tentando usar o golpe que lhe foi imposto, mas
percebeu que o insetinho tinha grande facilidade de se locomover, enquanto
Larvitar, com seu grande peso, era ainda mais lento na teia.
— Rápido demais. — exclamou
Calem.
— Repita, Surskit. — comandou
Viola.
Mais uma vez as bolhas atingiram
o corpo de Larvitar, que pareceu se sentir ainda mais afetado, o que deixava
claro que mais algumas vezes daquilo e estaria impossibilitado de continuar.
Mas não, não seria vencido por uma criatura tão pequenina e inofensiva como
aquela soltando bolhas.
— Use aquele golpe com pedras
fortão!! — pediu Calem ainda em
desespero.
Ele fez pedrinhas levantarem-se
desde o chão metros abaixo, e as disparou na direção de Surskit, que desta vez
não foi capaz de se esquivar, e realmente saiu danificado com aqueles
pedregulhos. Tiro e queda. O Pokémon se mostrou desmaiado.
Viola o encarou com surpresa,
procurando palavras:
— Isso foi…
— …simplesmente fantástico? — ele
retorquiu com confiança.
A mulher franziu uma das
sobrancelhas e levantou a outra, retornando o Pokémon para sua respectiva
Pokébola. Em seguida buscou outra dos bolsos e fitou o desafiante com o mesmo
tom confiante:
— Você tirou as palavras da minha
boca. — fez uma pausa rápida. — Mas ainda tenho um último Pokémon, Vivillon.
Da Pokébola saiu um Pokémon que
fez os olhos de Serena brilharem, assim como os de Katheryn, que, mesmo
conhecendo bem a criatura, adorava vê-la novamente. Um inseto de tons escuros e
um olhar reluzente e uma feição um tanto quanto inocente. De suas costas saíam
um par de lindas asas coloridas em tons de fúcsia e rosa, com traços dividindo
simetricamente detalhes desenhados. Era difícil acreditar que alguém não
projetou aquele par de asas perfeito, até mesmo Calem, sentindo certa repulsa,
não ficou boquiaberto com aquela Vivillon.
Viola aproveitou-se da distração
do adversário.
— Infestation! — exclamou a líder.
Sem exatamente entender o que
aconteceria, apenas focando em pontos onde os feixes de luz podiam ser vistos
insetos de tamanho mínimo voando em bando na direção de Larvitar, o cobrindo
por inteiro de forma incômoda, que o fez se debater para afastá-los.
— Larvitar, consegue se livrar
disso? — pediu Calem.
Sem ouvir a resposta, o enxame
retornou, fazendo Larvitar balançar as patas para afastá-los. Aproveitando-se
mais uma vez da distração, Viola não deixou barato, gritando outro comando:
— Struggle Bug, Vivillon.
Desta vez outros insetos pequenos
vieram e atacaram em conjunto, causando certo impacto para que Larvitar se
desequilibrasse naquele meio de difícil locomoção. Calem ficou sem saber o que
fazer, pois sabia que restava pouquíssimo para que seu Pokémon fosse ao chão
também, mas antes que pudesse fazer alguma sugestão, viu a criatura de pedra
atacando sem seu comando.
Larvitar utilizou o Ancient Power, atirando pedregulhos
novamente, desta vez contra a borboleta, que conseguiu desviar graciosamente de
alguns deles, evitando maiores danos. Com o comando da líder, comandou que
novamente os insetos viessem a atacá-lo em conjunto, e antes que pudesse se
livrar deles, o enxame o provocou novamente.
— Eu não mandei você fazer
aquilo!! — gritou Calem em repreensão.
Larvitar o ignorou e se preparou
uma última vez para lançar seu golpe marca. Ele ficou alguns instantes apenas
se concentrando, mirando em Vivillon que descrevia piruetas no ar com tanta
facilidade como uma bailarina teria em terra. Sabia que era questão de instantes
que fosse incomodado mais uma vez pelo enxame e perderia sua concentração,
então aproveitou o quanto pode.
— Eu não mandei…
Antes que pudesse concluir a
frase, Larvitar disparou contra Vivillon de forma certeira para que não
conseguisse escapar. A força com que as pedras — mesmo pequenas — acertaram-na
foi suficiente para causar um desmaio instantâneo.
Viola ponderou seu Pokémon caído
por alguns instantes, enquanto Calem encarou o seu de pé ao mesmo tempo. A
líder aplaudiu algumas vezes, quebrando o silêncio desconfortante do ginásio.
Os amigos do rapaz a acompanharam, um pouco encabulados, pois viam que, na
expressão do treinador, não havia um sorriso, e sim surpresa.
Larvitar caminhou com certa
dificuldade para o lugar onde seu dono se encontrava, e o fitou com aqueles
olhos amargurados. Calem tinha a Pokébola em mãos, mas nada fez. Ficaram apenas
os dois, com um feixe dos holofotes iluminando-os, mas era como se tudo tivesse
desaparecido por aquele momento.
— Você não me respeita… — as
palavras de Calem carregaram certo rancor.
O Pokémon simplesmente esticou
sua pata para a Pokébola e pressionou seu botão, fazendo com que ela o
retornasse.
Mesmo
que até algumas horas antes eu sequer sabia o que era um treinador ao certo,
isso não era motivo para… Aquilo. Normalmente as pessoas não faziam aquilo
comigo. Não ignoravam, nem… Desrespeitavam. Mas aquilo vindo de um Pokémon… Meu
Pokémon… Não sei, simplesmente não sei.
...
— Devo dizer que para uma
primeira batalha de ginásio você foi bem. — Viola exclamou, já na parte de cima
do ginásio de volta, sem a umidade e sem a escuridão. Apenas o som de crianças
brincando e a beleza das fotografias de Viola na parede.
— Por favor, poupe-me de suas
palavras. — ele pediu, deixando o ginásio.
Serena e Charlie se entreolharam
e o seguiram, correndo para encontrá-lo. Viola ficou encarando os três se
distanciarem e apoiou-se na parede para descansar um pouco, soltando um longo
suspiro:
— É a primeira vez que um
desafiante faz drama depois de ganhar. — observou, com uma pausa. — Queria ter
fotografado este momento.
— Viola-sama, eu também quero
batalhar contra você! — pediu Katheryn.
A moça a fitou com certa
curiosidade, observando aqueles olhos expressivos cheios de energia.
— Mas não por uma insígnia. —
completou.
— Pelo quê então? — indagou ela.
— O que você falou… Sobre poucos
treinadores… — ela não conseguia relaxar as mãos ao falar, então ambas se
mexiam como se estivessem sem controle. — Eu quero ser um deles, quero ser um
dos treinadores que não permitirão que as batalhas sejam extintas. — Kath disse
com animação. — Quero incentivar os outros a batalharem também. Mas só poderei
ficar livre se tiver concluído meu aprendizado, ou seja, derrotando você.
Viola puxou sua câmera e
fotografou o momento, lançando um sorriso simpático:
— Que assim seja.
...
Calem encarava a fonte de
Roselia, que disparava dois jatos grandes de água pela lateral. Ele encarava o
líquido semi-transparente refletindo o céu, até ouvir seu nome ser chamado. Ele
tinha as mãos brilhando de álcool gel, e as esfregava de forma sincronizada e
incansável. Charlie se aproximou com Serena:
— Você ganhou, por que está tão
dramático? — indagou o rapaz.
Calem lançou um de seus longos
suspiros.
— Eu nem consigo controlar meu
próprio Pokémon, não faço ideia do que faço numa batalha, e até o início do dia
eu não sabia o que sequer era um treinador. — Serena poderia dizer que seus
olhos lacrimejavam. — Eu não tenho por que tentar batalhar e manter o legado
dos treinadores.
Serena encostou-se próximo a ele.
— Você tem sim, porque você é a
pessoa mais apta que eu possa imaginar. — falou com sua voz dócil, de forma que
Calem passasse a encará-la.
— Como assim? — questionou o
rapaz.
— Você é chato, primo. — disse
com uma risadinha. — Muito, muito, mas muito chato mesmo. Você é tão chato
porque você sempre está certo, ou pelo menos quase sempre. — completou ela. —
Você é persistente o suficiente para ser um treinador formidável, e racional o
suficiente para vencer qualquer estratégia que possa ser inventada. — ela
disse, com empolgação.
Calem revelou um pequeno sorriso.
— Então qual é o meu problema?
— O problema é que você quer
achar lógica em tudo. — e fez-se uma pausa. — Saber o objetivo é vital, mas o
que você está fazendo é aquilo que todos os treinadores deveriam ter feito para
não serem extintos: Batalhar só por batalhar, sem ter um propósito. — ela
encarava o céu tingido de laranja ao falar, demonstrando certa empolgação. — Não batalhar por fama, por insígnias, ou
por um cargo. Batalhar porque se gosta. Mesmo que você não goste muito, você
ainda o fez porque quis. Nós todos fizemos.
Ela uniu os três abraçando-os
pelos ombros. Charlie encarou a garota com um expressão de “como você faz
isso?”. Calem desfez seu sorriso e olhou-a naqueles lindos olhos:
— E quanto ao Larvitar? —
perguntou.
Serena pareceu ter sido pega de
surpresa, ou não tinha nada em mente para responder. Ela procurou em Charlie
qualquer resposta, mas o moço manteve-se em silêncio. Não era um simples caso
de desobediência, era uma definitiva falta de respeito do Pokémon para com o
treinador. Como poderiam ser uma boa dupla sem tal vínculo que os unia?
— Você… — ela ensaiou as palavras
e fez vários gestos, tentando procurá-las. — Você não vai conquistar respeito
assim, de uma hora para outra. Eu acho que você precisa se abrir mais com ele.
Todos os dias, antes de dormir, eu escovo os pelos da Espurr, e tento conversar
com ela. Parece que isso funciona.
— Larvitar não tem pelos. —
retrucou.
— Onde a Serena quer chegar —
interveio Charlie. — é que vocês não passaram por momentos para se aproximarem,
desde que você… Comprou ele? — ele olhou para Serena, que confirmou. — O Thanos
sequer confiava em pessoas quando o encontrei, mas as circunstâncias depois de
um tempo nos aproximaram. — aconselhou ele.
Calem pela primeira vez ouviu Charlie
como realmente alguém mais experiente. Era verdade, precisavam de mais tempo
para desenvolverem um vínculo maior, e Larvitar talvez passasse a respeitá-lo.
— O bom é que, segundo o Aldrick,
— acrescentou Serena. — o próximo ginásio ativo está bem longe por enquanto,
então você tem tempo. — ela parou de falar e lançou um sorrisinho. — A menos,
claro, que você desista…
Calem os encarou, e viu os
sorrisos de incentivo. O sol se punha ao fundo da paisagem, o céu tinha apenas
alguns rastros de nuvens rasgadas espalhadas. Tudo parecia estar alaranjado
naquela hora. O rapaz também lançou um sorrisinho em resposta:
— Não, eu não vou desistir. — ele
respondeu, recebendo um abraço dos dois. — Sem contato físico, por gentileza. —
os afastou. — Mas sim, não vou desistir. É hora de dar uma nova cara para estas
“batalhas”, porque desta vez vou fazer do meu jeito. E o jeito Calem é sempre o
jeito certo.
Os dois riram e voltaram a
caminhar para o ginásio. Calem cutucou Serena no ombro.
— Prima, desde quando você ficou
mais inteligente que eu? — perguntou.
— Desde que sou mais sensível. —
respondeu ela, sorrindo.
E
eu sabia que era verdade.
...
Ao chegarem no ginásio, se
depararam com Katheryn, Aldrick e Viola deixando a área de batalhas para a
galeria. A menina não parecia muito contente, pois tinha os braços cruzados e
um bico formado pelos lábios.
— O que foi? — questionou
Charlie.
— Kath ia batalhar contra a Viola
apostando algo entre elas… — explicou Aldrick de forma vaga.
— E como foi, Kath? — perguntou
Serena inocentemente, vendo Ald fazer vários gestos reprovadores.
— EU PERDI! — gritou ela,
estressada. — Parece que todo mundo ganha do meu Spinarak lindinho, ele sempre
sai voando por aí! — reclamou a garota. — Agora não vou sair em uma jornada
porque ainda sou fraca!
Viola
fez uma expressão de como quem não tinha o que fazer.
— Foi uma boa batalha. — disse a
líder.
Katheryn não pareceu muito
convencida, e ficou de cara feia encarando o chão. Calem ficou em sua frente e tornou
a fitá-la, de forma que ela se obrigasse a olhá-lo nos olhos.
— Que foi garoto, perdeu alguma
coisa na minha testa?
— Você não é fraca. — Calem
revezou o olhar para Serena e Charlie, que deram um aceno de cabeça. — Mas nós
somos iniciantes, ainda temos coisas pra aprender. Eu odeio admitir isso, só
que é a verdade. — fez uma pausa. — Você, Kath, tem uma energia… Contagiante. E
perturbadora, diga-se de passagem, mas isso não vem ao caso. O que importa é
que você tem tudo para ser uma das responsáveis por manter o legado dos
treinadores. Eu quase invejo isso em você. — tomou uma cotovelada de Charlie. —
Eu invejo isso em você. — corrigiu.
Os olhos dela brilharam.
— Calem-kun, isso é verdade? — indagou
ela.
— Sinceridade seria meu sobre
nome se não fosse Windsor. — garantiu.
— Espere, o quê? — Viola
interrompeu. — Vocês são da família Windsor?
Serena balançou a cabeça
positivamente com relutância.
— E eu os tratando assim, de
qualquer jeito! Desculpem meus modos! — ela desculpou-se.
Serena franziu o cenho, mas
disfarçou.
— Por favor, senhorita Viola,
garanto que somos da mesma espécie. Não quero ser tratada diferente. — falou
com doçura.
— Fale por você. — rebateu Calem.
— As paredes estão um horror, suponho que elas deveriam ser brancas, correto?
Parece que nunca foram limpas e…
— Primo…
— Desculpem-me. — pediu. — Enfim,
Katheryn... Eu adoraria que você não desistisse, porque quero uma rival como
você. Claro, será difícil fazer frente a minhas habilidades, mas vou adorar vê-la
tentando.
Ela sorriu e franziu as
sobrancelhas.
— Temos um trato então,
mauricinho. — seu tom de voz mudou. — Mas ainda não posso sair daqui, não venci
a Viola-sama.
Viola interferiu mais uma vez.
— Você está pronta, Kath. — ela
sorriu. — Estar presa aqui é o que te impede de ser mais forte. Sei que você
quer honrar os insetos de sua família, porém você precisa de Pokémons
diferenciados para auxiliarem seu Spinarak. Como o Calem disse, você tem uma energia
que te torna uma oponente curiosa.
Ela sorriu:
— Eu sei que sou tudo isso. —
gabou-se.
Serena tocou seu ombro:
— Amanhã partiremos em direção da
maior metrópole de Kalos, Lumiose. Por que você não nos acompanha? Você também,
Aldrick. — virou-se para o loiro com um sorriso.
Ele titubeou.
— Aquela cidade imensa, com a
torre? Não sei não…
— Ah, vamos, Ald! — incentivou
Kath. — Aquele lugar parece tão legal, não podemos morrer sem visitar lá! Por
favor, você mal sai de Santalune, e essa cidade não tem nada. Sem querer
ofender, Viola-sama.
— Imagine…
— Então! — pulou. — Vamos, vamos
vamooooos! Eu vou fazer minhas malas agora mesmo!
Ela saiu correndo para fora do
ginásio, quase quebrando as portas de vidro ao bater nelas, antes de abri-las.
Aldrick foi logo atrás dela, tentando se animar. Calem encarou Serena de volta:
— Por que você foi dar a ideia…? —
perguntou.
Viola deu uma risadinha e
encostou em seu ombro, puxando algo dentro de uma caixinha resguardada que
parecia estar trancada havia semanas aguardando alguém para abri-la. De dentro
dela, um pequeno símbolo feito de metal de um besouro cor de barro, com duas
presas se conectando. Viola aproximou o símbolo de Calem, como se a oferecesse
a ele.
— Isso é uma insígnia. — explicou
ela. — São emblemas que representam sua vitória dentro de um ginásio. Essa é a
insígnia Inseto, a comprovação por ter me derrotado no Ginásio de Santalune. É
um prêmio seu por ter me vencido, e por não ter desistido. — ela se movimentou,
oferecendo mais uma vez. — Pegue, é seu. Guarde-a com carinho, pois com mais
sete destas você estará mais perto ainda do seu objetivo. — sorriu. — Este já é
um belo passo. Continue assim, pois eu acredito em você.
Não
sei explicar o que exatamente me ocorreu naquele instante. As palavras de
Viola… Não sei. Será que eu também tenho mesmo sentimentos? Aquela insígnia
representava um grande passo, o passo de um rapaz trancado em sua mansão por
dezesseis anos que agora adotava um estilo de vida completamente diferente, e
começava a obter frutos nisso. Claro, ainda tinha os grandes problemas com
Larvitar, mas tudo ainda ficaria perfeito, porque eu acreditava em nós.
Viola puxou sua câmera, focando
com um dos olhos em Calem com a insígnia.
— Este momento está… Fantástico,
simplesmente fantástico!
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Nossa, eu adorei esse capítulo! Está simplesmente demais! A batalha do Calem e seu conflito interior consigo mesmo... Pelo menos para mim Calem tem um conflito emocional com o que ele irá fazer as coisas... (❀‿❀)
ReplyDeleteTeve um momento fofo de família - e Charlie. ʕ•͡ᴥ•ʔ
Depois que li a parte da Viola disse que mereciam ser tradados de maneira melhor por causa de sua família e o Calem começando a falar sobre o que poderia ser melhorado no ginásio, eu imaginei ele com um chapéu de engenheiro (devidamente limpo e esterilizado com um saquinho plástico higiênico em volta) segurando uma projeto de limpeza (com luvas de borracha) do ginásio... Ah, tenho certeza que se o Calem fizesse isso tenho certeza que ele prestaria atenção nos mínimos detalhes... Seria hilário. (ノ◕ヮ◕)ノ
Cara, estou curiosa para ver essas batalhas sangrentas que você disse. Poderia te dar um biscoitinho por botar realidade e não fazer Pokémons como bonequinhos de plástico; pra mim eles são treinados para batalhar sem "machucar" de tamanha magnitude o oponente, mas essa é minha opinião. Apenas esperar a magia acontecer e ver seu ponto de vista. ᕕ( ᐛ )ᕗ
Sinta-se honrado: Estou ouvindo uma das soundtracks de batalha que mais amo de KH pra ler esse cap.
ReplyDeleteEnfim
Onde está minha passagem pra Kalos, caramba? Lugarzinho pfto <3
— Você está sete minutos atrasada, senhora > AEHAUEHUEHAUEHAUEHAUEHAUEAUE CALEM SENDO CALEM (btw, torcendo pra que todo líder de ginásio chegue atrasado pras batalhas (só pela zoera com ele xD ))
mas como posso respeitar alguém que não segue horários a risca? > Esse não serve pra ser brasileiro -qq
e Katheryn se ofereceu para encher seus ouvidos com falas alegres e misturadas > AEHAUEHAUEHAUEHUEHAUEHAUEUAHEAUE E A KATH SENDO A KATH (eu amo demais essa garota, na boa xD )
Calem deve ser filho de Atena -qqq (se bem que, eles tem nervoso com aranhas, não com insetos em geral -q)
Wait, comassim não querem batalhar? Cadê os pirralhos e seus ultimate Rattatas?? Não, mano, isso vai contra a ordem natural das coisas >.>
Thanos, tu foi abandonado antes do Charlie te achar? D: Mds, deixa eu te abraçar, qorror, que coisa ridícula! Pokémons não são só para batalhar, se tu não quer mais fazer isso problema teu, mas não abandona u-u
muito embora a Liga Pokémon não estabeleça tantos limites > Olha, contra aquela recalcada do Fogo da Elite eu não teria limite mesmo não -qqq (não gosto dela e-e) < assim como certos ginásios > Mal pressentimento quando li isso '-'
— Então eu apenas devo derrotá-lo para conseguir o cargo? > "apenas", oh poor summer child
Àquela altura Calem estava quase jogado no chão. > Eu imaginava, mas ainda assim foi hilário ler AEHAUEHUAHEAUEHUAEHUAHEUAEHUAHEUAHEUAHEUAEUA (btw, ele realmente não se informou pra nada, ein? poaar, cara, tu encomenda pokémons por internet, mas não dá uma passada no master Google? Calem é muito v1d4 l0c4 -qqq)
A parte em que ele fala sobre querer ser artista e que achava que treinador era algo parecido: I THINK I'M CRYING AEHAUEHUEHUEAHEUAEUEUAAUEAUEAUEHUAHEUAEAEU MDS MOLEQUE
A REAÇÃO DA KATE, GENTE AHEAUEHAUEHUAEHAUEHUAHEUAHEUAHEAUEUAEHUAEUHAEUAE
Btw, parabéns ao Aldrick. Ele tá tentando amenizar um erro tão tosco, noss, ele tem um espírito compreenssivo, de conciliador, algo bem raro (ainda mais quando sua amiga é uma pessoa explosiva como a Kath xD )
Mas gente, que pena deu da Viola D: Desiste não, o que seria do mundo pokémon sem os treinadores? Sem a emoção de ganhar uma insígnia? Sem o objetivo de ser o novo Campeão? t-t
Fazer valer tudo o que ele passou na escola é um bom argumento AEHAUEHAUEUEHAUEHAUEHUAHEUAHEUHEUAEUA
Imaginei que Calem não ficaria muito feliz quando entrasse no campo de batalha xD
ReplyDeleteCaso a rompessem, ou caíssem, havia um chão cheio de folhas e musgo alguns metros abaixo. > Ele não vai querer romper isso, definitivamente não xD
— Você leu um livro com o título “Regras para Treinadores Iniciantes” e não se deu conta de que isso não era para artistas? > Great question o.õ
Surskit <3 Eu amo Surskits <3 <3
Vish, Viola parece que sentiu o poké que seria mais perigoso para o Larvitar! Além de estar acostumado com o ambiente (que o adversário não se deu muito bem), ele é de um tipo forte contra Pedra e é bem ágil ><
— Use aquele golpe com pedras fortão!! > AEHAUEHUAEHUAEHAEUHAUEAUEHAUEAEUAUE LEMBRANDO FOREVERMENTE ESSE NOVO NOME
OLHA, O POKÉMON DO INFERNO AHEAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEAUE (dsclp, não resisto a zoera -q (mas adoro Vivillions, tenho um que me ajudou bastante no início da jornada <3 ))
Infestation. I hate this, foi o que destruiu meu Draco ç_ç (sim, meu pokémon de Fogo perdeu no ginásio de Insetos. bulem eterno -qqqq)
Vish...... Nunca pensei que uma vitória pudesse trazer discórdia pra uma equipe >.> Sem falar que, não acho que foi desrespeito, ele reagiu, batalhou enquanto você ainda não sabe lidar com isso. E convenhamos que você não impõe muito respeito como treinador...
Nhá, gente. A Kath, eu emocionei com ela falando sobre estar determinada a não deixar a chama das batalhas se apagarem <3
Serena, já disse que te amo? <3 Mds, só tu mesmo para fazer o Calem sair dessa deprê.... E concordo muito com ela. Quando ele deixar todas as zilhões de paranoias de lado, ele se tornará imbatível pelo tanto de estratégia que poderá montar!
Eu já disse: Quando o Calem começar a agir como um treinador, o Larvitar respeitará ele (mas até lá, recomendo capturar outro poké, com uma personalidade não tão forte -qqqqnn)
Um dos milhares de motivos pelos quais amei essa geração: Pokémon-Amie <3 Cara, não tem nada melhor do que passar um tempo mimando seus pokés. Conexão é tudo!
Ceninha decisiva ao pôr do sol bem quando to ouvindo música do meu jogo preferido, I would like to say: no (minha "cidade natal" em Kingdom Hearts é um lugar onde o céu está em um eterno pôr do sol, I mean)
Ah, gente, que maldade que a Kath perdeu D: MAS NÃO DESISTA, SEI QUE TU VAI SER A MELHOR TREINADORA EVER /O/
Calem consolando ela TA AÍ ALGO QUE NÃO ESPERAVA (mas claro que tinha que ser do jeito dele aehauehauehauehaueahue) E, de fato, ela tem toda a energia necessária para manter o legado dos treinadores \*-*/
suponho que elas deveriam ser brancas, correto? Parece que nunca foram limpas e… > AEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEAUEHU SANTOS CÉUS, MANO, CADÊ TUA EDUCAÇÃO?
Claro, será difícil fazer frente a minhas habilidades > Corrigindo: as habilidades do Larvitar -qq
Eu já estava sentindo isso, mas a confirmação de Kath ser uma rival me alegrou demais *------* (mas o ruim é que eu não vou saber por quem torcer, choremos (dsclp, Kath >>[abismo]>> Calem u-u (ainda mais porque me vejo muito nela, sorry I'm not sorry))) Mas, btw, acho que o Ald também vai virar um rival, e será ainda mais sinistro do que a Kate (mentira, Kath é Kath e ninguém barra ela <3 )
Viola, você realmente é um doce de pessoa <3 Achei muito legal como ela incentivou tanto a Kath como o Calem com suas palavras <3
Abraços ^^/
O Calem vai ter que falar sobre os riscos de vida que ele encontrar no ginásio de Cyllage
ReplyDeleteum pouco atrasado o meu comentario hahahahha, mas o capitulo esta otimo, haos !
ReplyDeletea batalha contra viola foi incrivel, mesmo tendo sido bem rápida. So espero que esse larvitar comece a respeitar logo o calem, assim ele vai poder evoluir mais rápido e finalmente teremos um incrivel mother fucking mega-tyranitar kposapaokskasoka
ok... acho que me exautei um pouco
e que historia e essa de que as batalhas estao em decadencia ?? se pokemons fossem reais eu ia sair convidando todo mundo que eu encontrasse pra batalhar comigo hahahha
a historia esta incrivel, espero que continue assim :D
Ai haos que tal se serena capturasse um scrateburg que evoluiria no mesmo capítulo para vivilion más de cor diferente da de viola.
ReplyDeleteDiga ae, Haos! Volto hoje a me atualizar com suas histórias, e me deparo com uma batalha de ginásio. Um episódio de peso para recomeçar essa boa e velha jornada, não? Cara, é muito bom voltar a me encontrar com seus personagens, pois você sabe muito bem que suas personalidades assim como esse jeitinho característico de cada um é uma de suas características na escrita que mais aprecio. Durante este episódio, gostei muito de um trecho no início onde você falou sobre as batalhas e a possível "crise" que se forma em Kalos. Jovens treinadores perdem o interesse pelas batalhas, e isso certamente mexe com toda a economia. Você criou aqui um tema que poderá vir a ser levado até o último ginásio, sem contar que Kalos trouxe para nós líderes muito mais humanos, com hobbies e costumes que os tornam mais únicos. Não sei como você pretende usá-los daqui em diante, mas seria bem legal continuar investindo nos favoritos da galera, líderes são sempre um bom investimento!
ReplyDeleteNa parte em que você falou sobre a Liga e a Elite, também gostei muito de alguns detalhes discretos que acabaram por se relacionarem com o restante da Aliança. (Mesmo que a gente não planeje certas coisas, acaba acontecendo de nossas histórias se interligarem!) kkkkk O Governo e o Campeão como autoridades separadas é um assunto que levei em Sinnoh durante toda a fic, e só trarei isso à tona nos capítulos finais.
Acho super válido voltarmos a pensar nessas interligações, mas quem sabe uma coisinha mais simples, nada muito trabalhoso. É como próprio Calem e a Serena perceberam: Batalhar por batalhar. Escrever por escrever. Consegue entender a maneira como este único capítulo reflete em tudo que passamos na Aliança? Não é preciso buscar fama, poder, comentários, vitórias... No fim das contas, esse trechinho final foi o suficiente para trazer uma resposta para muitos problemas que não enxergávamos.
A batalha foi muito boa cara, você captou bem a essência do primeiro desafio da região. Um Larvitar certamente não encontraria problemas, e também curti como você usou o movimento Infestation, a marca registrada do ginásio da Viola, assim como cada líder tem seu próprio TM. (Detalhes que as pessoas sempre ignoram, né? kk Adoro essas coisas) E falando em interligações, cara, vou cobrar uma das Primas de Azalea kk Essa nós estamos devendo para os fãs, já até vieram me pedir nos Supports! Royal Emperium, Fire Tales, acho que teremos muito a falar, não?
Gosto quando seus capítulos possuem o começo, o desenvolvimento e, por fim, a conclusão. Mas muito mais do que isso, a moral. Quando pensamos que esse episódio representaria apenas a conquista de uma insígnia, percebemos que ele nos acrescenta mais, muito mais. Indo para o próximo, companheiro! Abraços.
Diga aê Halls!
ReplyDeleteEnfim eu consegui ver o que você sabe fazer com batalhas de Ginásio! E cara, eu gostei! Só o Calem mesmo pra derrotar uma Líder de Ginásio, fazer drama e ir embora sem pegar a insígnia. UHEAUAEHUHEAUHEAUHEAUHAU Você definitivamente acertou em 120% na personalidade do seu protagonista. Ou melhor, dos três. Apesar da Serena e do Charlie não terem personalidades "cheguei" como a do Calem, os três se encaixam perfeitamente.
Quanto à batalha, bem, acho que ela ficou bem feita visto que era o famoso primeiro Ginásio, onde os protagonistas começam a descobrir de verdade seus supostos potenciais, e passam a entender de forma diferente a mecânica por trás das disputas. A Viola não ofereceu muita resistência, e acho até que o Larvitar teve certa facilidade em vencer os seus oponentes a partir do momento em que começou a guiar a batalha com suas próprias decisões. Talvez este fator tenha surpreendido Viola, que não esperava ser derrotada por um cara que até alguns minutos antes sequer sabia o que era ser um treinador. EUHEAUHAEUHUEAHUEAHUAEHUAE
Agora veremos o que você tem reservado para Lumiose. Essa cidade é realmente a marca registrada de Kalos, e por isso eu vejo que você vai querer caprichar bastante. Só quero ver o que deve acontecer nessa estadia deles na cidade. Não duvido nada que o Calem vai berrar implorando por pelo menos uma noite no Hotel Richissime, já que ele passou esses dias todos na "sujeira". UHEAUHEAUHEAUHAEU