Posted by : Haos Cyndaquil Oct 7, 2017


Capítulo 25
O Sucessor


Uma brisa salgada balançava os cabelos de Serena.
O sol já se colocava a um ponto alto durante aquele período da manhã, ainda que algumas nuvens espessas marcassem o céu naquele dia. Os quatro caminhavam pelas ruas de pedra de Shalour, aproveitando para conhecer o ambiente. A cidade era um ponto turístico famoso de Kalos, sendo geralmente bem isolada do continente. Por este motivo, tinha um caráter histórico muito forte, o que era possível perceber pelas fortificações e prédios velhos que formavam o espaço. A todo momento deparavam-se com pequenas ruas estreitas feitas de pedra, típicas de contextos mais antigos da região.

O grupo aproveitou para fazer a estadia em uma pousada turística próxima ao centro da cidade, mas era possível ver ao longe em alguns lugares o mar. Era perceptível como Shalour era histórica também pelos relevos bem diferentes ao longo da cidade, mostrando um planejamento que fugia do urbano típico das grandes metrópoles. Além disso, as fortificações de defesa da cidade logo iam de encontro às águas do oceano, que batiam suavemente e as pintavam de espuma.
—Essa cidade é incrível! — exclamava Elliot, recebendo concordância por parte de Serena.
Todos caminharam em direção ao ginásio, que ficava em uma área mais retirada. Era uma grande construção, também feita de pedra, e apesar de simular o caráter antigo de outros locais da cidade, parecia ser muito mais recente. Majestosas pilastras marcavam a entrada, e um símbolo típico dos ginásios se colocava no centro. Além disso, placas ao redor confirmavam que estavam no lugar certo.
Ao adentrarem o espaço, encontraram um hall repleto de algumas estátuas, e havia alguns jovens trajando patins ao redor. Uma moça atrás de um balcão parecia a responsável pelo agendamento das batalhas, a quem Calem foi recorrer.
— Desculpe, mas Korrina, a líder do Ginásio não está disponível hoje. — respondeu ela, séria.
Calem atirou a cabeça para trás.
— Qual o problema com esses líderes? Ninguém gosta de trabalhar? — indagou para si mesmo, irritado.
— Aconteceu alguma coisa com ela? — perguntou Serena em seguida.
— Ela está em uma reunião, e deve retornar mais tarde, apenas, e então poderei verificar sua agenda para marcar uma batalha. — respondeu ela, com simplicidade. — Caso desejem podem visitar a pista de patinação do Ginásio.
Todos retiraram-se do balcão, e Serena exibiu um sorriso divertido.
— Cal, desde que saímos de Lumiose não patinamos de novo! Pode ser divertido! — exclamou.
— Eu passo. — resmungou o outro. — O que mais tem pra fazer nessa cidade?
— Eu preciso comer alguma coisa. — falou Charlie, coçando a cabeça. — Antes de qualquer coisa.
Elliot assentiu.
— Eu também.
— Podemos visitar a Tower of Mastery. — murmurou Calem, checando seu guia de viagem. — É o maior ponto de referência da cidade.
Serena pareceu empolgada.
— Podemos ir na frente, e vocês dois nos encontram depois!
Todos concordaram, e por um momento o grupo separou-se. Elliot e Charlie seguiram até um pequeno café nas proximidades, parecendo um ponto bem clássico da cidade. Apesar de estar dentro de uma construção maior, o lugar era baixo, a parede toda feita de rochas e com janelões de vidro que davam para a rua. Algumas mesinhas ficavam na calçada, a qual os dois preferiram sentar após escolher algo para comer. Ambos ajeitaram-se e aproveitaram o momento para observar o local reconfortante.
— Faz tempo que você viaja com eles? — indagou Elliot, provando de seu salgado.
Charlie o fitou.
— Desde que eles saíram em jornada. — respondeu, enquanto dava uma mordida. — Por quê?
— Ah, por nada. — falou. — É que vocês parecem grandes amigos.
O outro deu uma risadinha.
— Já passamos por bastante coisa.
— Mas você não é da família deles, né? — inquiriu o garoto, um pouco tímido.
Charlie parou de comer um pouco e deixou sua comida no prato, admirando as pessoas caminhando ao redor, conversando empolgadas.
— Não, nós nos encontramos depois. — disse, sem encará-lo nos olhos.
Elliot ficou a olhá-lo. Sabia que talvez estivesse pisando em um terreno delicado, mas seu interesse falava mais alto que qualquer coisa.
— Onde está a sua família? — indagou, um tanto baixinho.
O rapaz o fitou nos olhos.
— Bem curioso você, né? — disse simplesmente, com uma risadinha, e um silêncio pairou no ambiente, dando a entender que não queria falar sobre o assunto.
Há assuntos em que não se deve tocar pelo simples fato de que eles não trazem nada de positivo quando vêm à tona. É isso que acontece por exemplo quando se pergunta sobre minha família. Basta o que Serena e Calem conheceram – Marc. Sei que o garoto não perguntou por mal, mas não fui capaz de dar uma resposta bonitinha e interessada. Se ele quisesse viajar conosco, deveria entender que alguns tópicos não deveriam ser mencionados. Era assim que nosso trio sobrevivia.
Charlie manteve uma expressão neutra, e ficou a mastigar seu lanche, enquanto um vento fino varria as folhas na calçada suavemente. Logo trouxe algum outro assunto trivial à mesa, e o outro menino entrou na conversa, mas sabia que nenhuma de suas perguntas de fato haviam sido respondidas. Afinal de contas, como conseguia aquele rapaz ser tão aberto e o receber bem ao grupo, mas ainda assim parecer tão misterioso?
— Você não ia deixar algo com seu avô? — indagou Charlie.
— Oi? — o garoto pareceu voltar a realidade.
— Por isso que estava na cidade. — prosseguiu. — Ia deixar algo com seu avô.
Elliot balançou a cabeça.
— Ah, sim! Mas à essa hora ele não deve estar em casa.
Charlie alongou o pescoço.
— Podemos tentar. — disse. — Estamos sem fazer nada mesmo.
O outro ficou por um tempo pensando, mas murmurou uma resposta:
— Tudo bem.
Ambos foram caminhando por um trajeto que Elliot indicava, ainda que parecesse um pouco perdido na cidade. Era um caminho de pequenas ruazinhas e casas humildes que seguiu, parando em frente a uma pequena morada específica. Ficou a observá-la por um tempo, as pedras que subiam em um telhado baixo, uma estreita porta de madeira antiga que já parecia roída pelo tempo, e um canteiro de flores à frente, decorando a casinha. Charlie coçou atrás da cabeça.
— É essa? — indagou.
— Sim. — respondeu o menino de prontidão. — Parece que não tem ninguém em casa. — observou.
Charlie olhou melhor.
— Tenta, ué.
Elliot assentiu, e bateu na porta. Três batidas que reverberaram pela madeira gasta, ecoando pelo pequeno espaço. Engoliu em seco e seu coração batia com mais velocidade, ainda que não estampasse isso em sua expressão simplória. Imensos segundos se passaram, mas não houve uma resposta. O menino suspirou, e virou-se para Charlie.
— É, acho melhor voltarmos mais tarde. — assentiu o outro.
...

A Tower of Mastery era a maior marca possível de Shalour. Sempre que alguém pensava na cidade, logo a assimilava àquela instigante construção, sendo um dos mais famosos pontos turísticos da região de Kalos. Serena a admirava ao longe, pela cidade, e logo percebeu que percorreriam um caminho longo até chegar a ela, o que desanimou seu primo. A fortificação, por mais estranho que parecesse, ficava no meio do mar, e havia um corredor de areia que ligava Shalour à torre, sendo o único caminho possível por via terrestre.
Ambos foram caminhando animados, ainda que Calem parecesse desconfiado com o ambiente. Serena apaixonava-se pela paisagem, parecendo andar nas águas, sendo envolvida pelo mar de ambos os lados. Conseguia avistar, se olhasse bem, vez ou outra algum Pokémon aquático nadando ao longe, o que tornava tudo ainda mais mágico.
Quando chegaram, depararam-se com alguns turistas fotografando da areia. Havia algumas residências e estabelecimentos construídos junto, mas a torre ainda era maior e central. Serena puxou o garoto pela mão passando por uma entrada de pedra com ar histórico e mítico, onde imensas pilastras formavam arcos e induziam a um majestoso salão de pedra: tudo tão decorado e detalhado que era formidável cogitar que havia sido construído em tempos em que as ferramentas de construção não eram tão aprimoradas.
— Que lugar maravilhoso! — falou a garota, boquiaberta.
— Não é? — Calem foi obrigado a concordar.
Uma estátua de tamanho magistral se colocava no centro do espaço. Era uma criatura que até então não haviam visto pessoalmente, mas sabiam que era uma importante figura em histórias lendárias de heróis dos mitos de Kalos, e de outros continentes. Era um Lucario, ainda que parecesse bem diferente do que estavam acostumados a ver. Tudo ao redor era construído de maneira circular, tendo como epicentro o grande Pokémon, mostrando sua importância para aquele espaço.
Curiosamente, naquele dia a torre em específico estava vazia. Os dois conseguiam ouvir seus passos reverberando pelo local, que pelo material e formato permitiam que o som ecoasse de maneira amplificada. Assim, mesmo outros ruídos eram facilmente ouvidos, o que permitiu que, ao ficarem em silêncio admirando o espaço, escutassem alguns barulhos abafados provindo de algum lugar.
— São vozes? — perguntou Calem.
Os dois ficaram em silêncio para tentar ouvir o que quer que fosse. Era difícil decifrar os ruídos, pois o som ecoava tanto nas paredes que era quase completamente distorcido. Ainda assim, foram capaz de detectar algumas frases soltas, uma vez que o tom da suposta conversa parecia aumentar de volume a cada momento.
— Vovô, o que mais você quer que eu faça?! — gritava o que parecia ser uma moça.
Os primos ficaram a se olhar, concentrados, enquanto tentavam continuar interpretando os ruídos.
— Eu dou tudo de mim sempre e isso nunca é suficiente! — prosseguia a voz.
— Não se trata disso, minha neta. — dizia uma segunda voz, desta vez mais grave e rouca. — Você não está pronta, e eu saberia se estivesse.
Naquele momento ouviram alguns passos bem claros que atrapalharam as vozes. Desta vez não se tratava de alguém ao longe, mas de um movimento próximo dos dois. Ambos se viraram um pouco assustados para a entrada a fim de ver quem era, mas logo puderam avistar uma figura já conhecida, o que lhes causou certo espanto ao encontrá-la naquele lugar e naquele instante.
— Professor? — indagaram em uníssono.
Sycamore fez um aceno com a cabeça, revelando um sorriso caloroso. Desde a estadia dos jovens em Lumiose eles não se viam, de maneira que se mostrasse extremamente receptivo e satisfeito com o reencontro, abrindo um pequeno sorriso de agrado aos primos.
Oui, que prazer encontrá-los por aqui! Que grande coincidência! — falou o professor.
— Está tudo bem por aqui? — indagou Serena, apontando para cima.
O outro soltou uma risadinha e começou a caminhar.
— Apenas alguns conflitos familiares, que eu prefiro não me envolver. — disse. — Vieram desafiar o Ginásio da cidade?
— Exatamente. — respondeu Calem. — Mas a líder aparentemente não estava disponível.
— É ela que estamos ouvindo, inclusive. — ele deu uma risadinha discreta. — Estávamos em uma reunião, mas os assuntos de repente se tornaram um pouco pessoais.
Os dois não compreenderam exatamente a referência do professor, mas surpreenderam-se com o fato de ser a líder de ginásio a dona de uma das vozes. Sycamore voltou ao assunto, tocando Serena no ombro com uma de suas mãos e lançando um olhar de simpatia.
— Tenho acompanhado seu progresso com a Pokédex, querida Serena. Devo dizer que anda encontrando espécies muito interessantes. — falou, fazendo-a revelar um sorriso de orgulho.
Novamente o som de passos reverberou pelo salão, e uma nova pessoa aparecia entrando na Tower of Mastery. Tratava-se de um rapaz alto e de pele escura, e corpo esguio, marcado nas suas roupas que pareciam ter um toque esportivo, apesar de se supor que estivessem bem na moda. Chamava a atenção seu penteado, com acessórios coloridos que lembravam pedras presos a seus cabelos crespos.
— Seu café, professor. — disse ele, com uma voz baixa, estendendo um copo térmico a Sycamore.
— Obrigado. — replicou o outro. — Gostaria que conhecesse meus amigos. Pessoal, esse é Grant, o líder do Ginásio de Cyllage.
Os primos não evitaram um olhar de espanto para o rapaz.
— Ué.
— Você não tinha quebrado um osso? — indagou Calem, arqueando uma sobrancelha.
— Ah, sim, vocês passaram pelo meu Ginásio? — perguntou ele, um pouco sem graça. —Felizmente já estou curado.
— Não faz nem uma semana. — respondeu Calem, logo voltando ao assunto. — O que está acontecendo exatamente aqui?
Sycamore abriu um sorriso.
— Venham conosco.
Imagem original por Sa-Dui
O professor indicou um lance de escadas espiral que parecia não ter fim, contornando a imensa torre. As vozes ao redor iam ficando mais nítidas a cada passo, mas eram interrompidas pelo sons dos vários sapatos batendo nos degraus de pedra, criando uma acústica que parecia transformar aquele espaço em um ambiente muito maior e de ar praticamente místico. Sycamore parou em frente a um portal entre duas pilastras e fez sinal para que entrassem.
Dentro havia uma sala menor, protegida por um portão de ferro que estava aberto naquele momento. Duas estantes de madeira velha se colocavam no fundo do espaço, repletas de livros, e móveis de caráter antigo também se espalhavam pelo espaço. Mas o que chamava a atenção eram os donos das vozes, que naquele momento haviam cessado a conversa para dar espaço a um silêncio enquanto os outros entravam.
De um dos lados estava um senhor não muito alto, careca se não por alguns tufos de cabelo e enormes sobrancelhas que lhe caíam dos lados, além de ter um olhar pesado e marcado pela idade encarando os jovens. A moça parecia um pouco exausta também, e usava artigos esportivos, como se tivesse acabado de sair de uma pista de patinação; um imenso rabo de cavalo louro caía-lhe pelas costas. Aquela deveria ser Korrina, a Gym Leader de Shalour.

— Estamos de volta. — disse Sycamore, entrando.
— Quem são esses? — indagou de prontidão o velho.
— Jovens promissores, meu caro companheiro. — respondeu o professor. — São descendentes da família Windsor. A bela Serena me auxilia a coletar dados do novo projeto de Pokédex, enquanto o rapaz Calem é um treinador em formação.
Os primos fizeram um sinal respeitoso com a cabeça, recebendo um cumprimento de volta.
— O grande Gurkinn é um velho conhecido. — continuou o professor, agora apresentando os outros dois. — Fui seu aluno por algum tempo antes de tornar-me professor. E essa é a líder do ginásio de Shalour, Korrina.
— Peço perdão caso tenham ido ao Ginásio solicitar um desafio. Estive um pouco ocupada nos últimos dias. — falou apressadamente Korrina.
— Estamos discutindo sobre um tópico importante, e talvez possam nos ajudar, meus queridos. — disse Sycamore.
— Não deveria ser uma conversa teoricamente secreta? — murmurou Grant, um pouco desconfiado.
O professor ajeitou-se em uma cadeira de maneira confortável e tomou um gole do café quente, observando o vapor se dissipando no ar.
— Eu gosto de ouvir mentes jovens opinando. — falou, com um sorriso de canto.
Os outros pareceram um pouco deslocados, como se voltassem a se recompor no motivo pelo qual originalmente estavam naquela sala. Calem e Serena tentaram não parecer intrusos, ainda que não fizessem ideia do que estava acontecendo lá em meio àquelas pessoas, que pareciam tão aleatórias que era difícil cogitar por que estavam juntas naquela reunião.
— Vocês certamente já ouviram falar sobre as Mega Evoluções, eu creio. — disse Gurkinn.
— Mega… Evoluções? — ponderou Serena, por um momento.
— Suponho que não seja o mesmo que uma evolução. — falou Calem.
O velho assentiu com a cabeça. O professor prosseguiu.
— Quando um Pokémon se depara com uma determinada condição, ele é capaz de mudar sua forma permanentemente para uma outra espécie. A mudança além de visual pode alterar seu tipo, ataques e potencial de luta. — explicou Sycamore, calmamente. — Isso se chama evolução.
— Porém, é possível que sua forma seja alterada por uma curta duração de tempo, ganhando uma quantidade de poder surreal. — prosseguiu Gurkinn. — É o que chamamos de Mega Evolução.
Serena saltou o olhar, interessada.
— Como isso é possível?
— Mega Evoluir exige uma grande quantidade de energia do Pokémon, por isso é uma forma que não consegue ser mantida por muito tempo. — prosseguiu o senhor.
— Era um método bem antigo de vencer oponentes, certo? — arriscou Calem.
Oui. — concordou o professor. — O velho Gurkinn é descendente direto do primeiro treinador a utilizar a Mega Evolução em Kalos.
Os dois pareceram ficar surpresos com a informação, mas o senhor deu de ombros.
— É um método bem antigo, inclusive foi proibido por algum tempo. É difícil controlar uma Mega Evolução, e não são todos os Pokémon que conseguem fazê-lo. — continuou.
— Mas isso não é tópico novo, tampouco secreto. — interveio o menino, um pouco ríspido. — Sobre o que vocês estão discutindo então?
Um silêncio pairou no ambiente, e Sycamore demonstrou uma risadinha divertida. Ele sabia que o garoto não era bobo, e ia direto ao ponto quando necessário.
— Estamos há algum tempo tentando resolver o grande mistério das Mega Evoluções. — falou o professor. — Sabemos que para fazê-lo o treinador precisa de uma Key Stone, e o Pokémon deve carregar uma Mega Stone. Além disso, segundo minha tese, ambos precisam compartilhar de um laço suficientemente forte para que a nova forma se estabeleça.
— Porém, apesar de conseguirmos diferenciar as pedras que provocam a Mega Evolução, não sabemos o que as torna capazes de provocar essa transformação, nem sua conexão com a suposta relação treinador-Pokémon. — prosseguiu Grant.
— E estamos tentando compreender essa suposta energia emanada das pedras, que é o real motivo de esse ser um assunto… Privado. — concluiu Sycamore.
Os primos ficaram por um tempo quietos, até que Calem interveio:
— Essa energia à qual se refere, professor. — falou. —  É a Energia Infinita?
Apesar de tentarem disfarçar, um clima de surpresa tomou o espaço. Sycamore franziu o cenho de maneira indiscreta, tomando um gole de seu café de maneira agitada, ao descruzar e cruzar novamente as pernas enquanto se ajeitava na cadeira, fortemente interessado. Uma de suas sobrancelhas fez o formato de um arco, examinando o garoto.
— Como você sabe sobre isso? — inquiriu.
Calem deu um sorriso provocativo.
— Tenho minhas fontes.
O outro comprou a provocação, não acrescentando nenhuma pergunta. Levantou-se, ajeitando o jaleco e deixando o copo de café sobre uma mesa. Em seguida, começou a caminhar para os lados, falando enquanto gesticulava com as mãos.
— Bem, sim. Digamos que existe algo que não sabemos o que é, talvez uma aura, e a chamemos de Energia Infinita.
Ele pigarreou.
— Essa suposta energia é a responsável pelas Mega Evoluções acontecerem, e provoca toda essa mudança de poder na estrutura genética de um Pokémon temporariamente. — continuou a hipótese.
— Levando em conta que minerais podem ter milhões de anos, encontrar pedras que mesmo depois de gerações não perdem seu poder de provocar transformações em Pokémon, significa que é uma energia que não se esgota fácil. — acrescentou Grant.
— E se soubermos como gerá-la e como convertê-la é possível que encontremos uma fonte praticamente inesgotável de energia, mais intensa que qualquer outra usada hoje. — finalizou o professor.
Calem jogou a cabeça para trás, semicerrando os olhos.
— Isso é incrível. — confessou. — E quais são os reais avanços na área?
O líder de Cyllage coçou o queixo.
— Bem, estamos em pesquisa ainda. Não somos capazes de afirmar muita coisa.
— Por isso resolvi me reunir com um de meus grandes mestres. — falou Sycamore, apontando para Gurkinn. — Ninguém entende melhor de Mega Evoluções que ele.
Calem e Serena ficaram por alguns momentos assimilando as muitas informações disparadas. Agora estavam mais ou menos a par do tópico que os especialistas discutiam, ainda que não soubessem como ajudar. Korrina permanecia quieta em seu canto, observando o diálogo. Gurkinn tossiu levemente, ajeitando sua blusa.
— Vocês nunca viram o fenômeno acontecendo, certo? — indagou.
Os dois concordaram, e o velho puxou de seu bolso uma Pokébola um tanto gasta. Em seguida, atirou-a para cima em um gesto simples, libertando uma criatura bípede, de corpo magro e púrpuro. Suas pernas eram consideravelmente mais grossas, em um tom forte de rosa, assim como sua cabeça. Parecia um lutador, ao mesmo tempo que sua aparência o tornava próximo de figuras ligadas a algumas culturas e religiosidades de outras regiões.
Gurkinn levantou uma de suas mãos, onde havia uma pedra presa a um bracelete cuja cor se parecia difícil de se definir. Os garotos então observaram que o Pokémon também tinha uma pedra parecida adereçada em seu corpo.
— Medicham, vamos nessa, velho parceiro. — disse o senhor, estendendo a pedra para frente. — Mega Evolua!!
As pedras começaram a brilhar, e o Medicham fechou os olhos por um momento, tendo seu corpo tomado por uma luz intensa. Era possível ouvir grunhidos provindos do Pokémon, que movimentava uma quantidade de energia tão forte que mesmo pedaços de papel soltos começaram a voar ao seu redor. A forma da criatura mudou ligeiramente, enquanto Gurkinn também parecia extremamente focado na ação. Quando foi possível perceber o resultado, Medicham estava severamente modificado em sua estrutura corporal.

Os primos ficaram perplexos, observando aquele Pokémon em uma nova forma, exalando um tipo de aura desconhecida.
— O tipo de energia que possibilita essa transformação… — comentou Sycamore, admirado. —  Esse é o verdadeiro mistério.
Gurkinn abaixou o olhar.
— Confesso que apesar de saber muito sobre Mega Evoluções, não sou capaz de responder todas as perguntas. — disse ao professor. — Talvez encontremos algumas respostas nos arquivos da Torre Mestra, vendo documentos antigos. Meus ancestrais souberam tudo o que se pode saber sobre Mega Evoluções.
Ele virou-se então para Calem.
— Me surpreende que nunca tenham visto isso de perto. É um treinador, certo?
O garoto fez que sim com a cabeça suavemente.
— Para lutar contra os gigantes… — falou, observando seu Pokémon. — Você precisa ser capaz de ultrapassar os limites de força que conhece. — fez uma pausa. — Mega Evoluir.
— Como… Como podemos obtê-las? — indagou Calem, quase que como um devaneio.
O senhor sorriu.
— Já tive o prazer de entregar a um Windsor uma Key Stone. — falou, causando um pequeno espanto nos garotos. — Hoje em dia vocês jovens conseguem tudo de qualquer jeito. No nosso tempo, apenas se conseguia recebendo de alguém e o sucedendo nas Mega Evoluções.
Ele voltou a olhar para o garoto com seus olhos firmes e impassíveis.
— Eu enxergo longe, meus jovens. Entreguei a alguns sucessores pedras em outros tempos… E alguns se tornaram os maiores mestres que esse mundo já conheceu. — falou, com um sorriso no rosto.
Em seguida, virou-se para Korrina.
— Minha neta teima que deve receber essa Key Stone desde pequena. — deu uma risadinha, mostrando a pedra em seu bracelete. — Mas ela não está pronta.
A garota deu um soco na mesa em que se encontrava apoiada.
— Isso não é justo, vovô! — exclamou.
— Se quer tanto Mega Evoluir, por que não procura de outra pessoa? — perguntou Calem curioso.
Ela fez um olhar de incômodo.
— De que adianta?! — inquiriu. — Não é uma pedra qualquer, mas o que ela representa. Eu não quero simplesmente alcançar novas formas de poder. Eu já sei o quanto eu e meu Lucario somos próximos.
Ele respirou fundo, uma vez que notou que seu tom estava mais acelerado que de costume.
— Essa é a última Key Stone que meu avô tem. — disse. — A que ele usa com seu Medicham.
Gurkinn deu de ombros.
— Lamento, Korrina. Há anos eu lhe digo que você ainda não está apta a recebê-la, e ainda não mudei de ideia. — prosseguiu.
— Como alguém pode provar a você que é digno de receber uma Key Stone? — questionou Calem, sucedido por um silêncio.
O velho não escondeu um sorriso.
— Eu apenas sei, meu caro. — disse, com as sobrancelhas contribuindo para sua expressão divertida. — Interessa a você?
— Você não vai dá-la a um treinador qualquer que acabou de aparecer aqui. — interveio Korrina, se aproximando naquele momento.
Calem levantou as mãos em um gesto de defesa.
— Eu não quero me meter em uma briga de família. Já bastam as minhas. — retorquiu. — Eu apenas perguntei por curiosidade.
— Não é uma briga, meu rapaz. — Gurkinn balançou a cabeça. — És um treinador, e para vencer a Liga, você precisa de uma dessas. É de confiança de meu pupilo Sycamore, e compreende sobre a existência de Energia Infinita. — prosseguiu. — Tenho certeza que não é um qualquer.
— Nenhum desses dois é. — assentiu Sycamore incluindo Serena.
Korrina parecia tomada por sentimentos conflitantes em sua cabeça. A moça estendeu o braço e apontou para o rapaz.
— Calem. Eu o desafio então para uma batalha. — disse, simplesmente, deixando o rapaz em choque por um momento.
— Não é o treinador quem desafia o líder? — perguntou o garoto, com um sorrisinho.
Ela ignorou a brincadeira.
— Uma batalha pela Rumble Badge, e para decidir de uma vez por todas quem será O Sucessor a receber a pedra de meu avô. Daqui a dois dias. — ordenou. — Assim, faremos a cerimônia de recebimento da Key Stone junto de um festival da cidade, quando a lua estiver cheia.
— Cerimônia? — perguntou a garota.
— É uma tradição que quando uma Key Stone é entregue a outro sucessor, seja feita uma cerimônia de entrega. — explicou Gurkinn.
Um silêncio tomou a sala, e Calem ficou por um tempo fitando Korrina com desconfiança. Serena não parecia contente com o ocorrido, desconfortável com a provocação feita. Os demais também não tinham uma exata expressão de aprovação, mas a líder fora tão incisiva que não se abriu espaço para debate.  Foram poucos segundos de troca de olhares, mas a garota logo pareceu ceder, perguntando por cima:
— Aceita ou está com medo? — provocou a líder.
Calem pigarreou.
— De certo eu nem veria por que entrar nesse conflito familiar.  — disse. — Mas já que iria desafiá-la de qualquer jeito, por que não deixar tudo mais interessante? — sorriu ele. — Desafio aceito.
...
— Ei, então nós somos tipo uma família? — disse a menininha, abrindo-me um sorriso simpático.
— Eu não sei, eu não gosto da minha família. — falei, ingênuo. — Mas gosto de você.
— Então somos mais que uma família, Charlie? — indagou ela em seguida, empolgada.
Soltei uma risada infantil e concordei com a cabeça, tão animado quanto.
— Acho que somos! — falei.
Ela pegou minha mão e saímos correndo e rindo. A noite já caía, mas Lumiose estava brilhante como sempre. Dançávamos por entre os postes de estética antiga, admirávamos os imensos telões e neons que nos lembrava que estávamos na Cidade Luz. Estava frio, bem frio, eu me lembro bem, mas a gente não se importava. Tinha gente de casaco, cachecóis da última moda caminhando pelo Boulevard e tirando muitas fotos. Como gostavam de registrar as coisas em fotos. Nós não tirávamos, guardávamos tudo na memória. Corríamos entre as pessoas, que praguejavam ao longe; recebíamos olhares tortos dos donos dos estabelecimentos mais requintados de Lumiose. Mas naquela noite, não nos importávamos, porque éramos nós que brilhávamos naquele lugar.
Minha família. Talvez aquela fosse minha família.
...
A areia entrava nos vãos dos dedos dos pés da menina, que caminhava tranquilamente, aproveitando a brisa marítima enquanto se deleitava com o olhar ao ver a imensidão das águas ao redor, ao tempo em que o sol se punha ao longe. Tudo se tingia em tons de laranja e amarelo, o céu e o mar. Ela sorria, de braços bem abertos, inflando os pulmões com a pureza do oceano que banhava Shalour.
— O pôr-do-Sol nessa cidade é tão lindinho! — exclamou.
— O litoral de Kalos é fantástico mesmo. — concordou o rapaz ao seu lado, apoiando as mãos na cintura.
— Agora DÁ LICENÇA QUE EU VOU MERGULHAR NESSA ÁGUA AÍ! — gritou, correndo em direção às ondas e se despindo.
— Kath, espera, essa água é funda e…
— Kath não! Kate Berry!
— Droga… — murmurou Aldrick, sabendo que se meteria em alguma confusão.

    

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  1. hello shalour!

    haos, como sempre todas as descrições estavam no ponto! deu-me uma certa nostalgia voltar a esta cidade que nos jogos é das minhas partes favoritas, especialmente por este tema tão bem retratado no capítulo: as mega evoluções! adorei igualmente todo o mistério e o suspense à sua volta e estou mortinho por ver esse combate de calem e korrina!

    gostei desse núcleo entre charles e elliot... continuo a achar esse garoto muito suspeito!

    e esse final? temos a kate e o aldrick de volta? DESSA NÃO ESTAVA À ESPERA!

    see ya!

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    1. Também gosto muuuito dessa cidade, Ângelo! Lembro de apreciar esse clima histórico e toda a conversa envolvendo as Mega Evoluções. Fora que acho que tem algo especial naqueles cenários maravilhosos de praia e tudo mais. Tenho um carinho especial por Shalour e espero ter representado isso de um jeito legal aqui na fic! Que bom que consegui atingir seu interesse pelas Mega Evoluções, essa é uma trama que está apenas começando mas que planejo há bastante tempo! <3 E teremos sim uma participação de Kate e Aldrick nos próximos capítulos, te prepara! HASUDHASUDHAUS

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  2. yooooo e lá venho eu de novo tentando me atualizar. um dia eu chego UM DIA
    (e que sdds dos nenem tbh)
    enf
    tão blessed de ainda estarmos em região litoranea <3
    eu adoro a vibe enigmaticamente mistica que shalour traz (sabe, não é como laverne, que tu já sente de cara. é algo mais sutil, mais instigante)
    ELLIOT JÁ SENDO NENEMZINHO QUE BOM QUE ADOTEI
    mds agora eu lembrei que a korrina vive nos patins CADE CALEM PATINANDO AKÇDKNDSSDÇDNÇSNKSDA
    a jornada de trainer do calem até agora tem sido mais ou menos sorry your gym leader is in another castle QUE
    CLARO QUE A SERENA JÁ TAVA ANSIOSA PRA IR PRA PISTA
    E PLS VÃO SIM NA TOWER OF MASTERY
    É que vocês parecem grandes amigos > quando ele não tá sendo babaca são sim (acHOU QUE EU TINHA ESQUECIDO CHARLIE)
    Já passamos por bastante coisa > ôoooo se passaram
    Onde está a sua família? > WRONG QUESTION WRONG QUESTION
    alias agora to curiosa se o avô do elliot já é alguém que conhecemos [eyes emoji]
    amo demais o caminho até a tower of mastery tbh (sim tudo pq passa no meio do mar MY KIND OF THING)
    oi será mesmo que tá vazia a torre [eyes emoji]
    é a korrina?? for what i recall from who we meet in the tower
    eae sycamore, quanto tempo :v
    MDS O GRANT ASÇKDNSDASDKSDNÇKDNÇKSA TE PEGARAM NO PULO MIGO QQ
    Não deveria ser uma conversa teoricamente secreta? > sycamore tá só do i look like i give a fuck
    apesar de mega evoluções não serem exatamente a minha mecanica fave, to um tantinho ansiosa pra ver ela rolando na fic (até pq, exige laço entre treinador e pokemon!!!!!! good shit right there)
    É difícil controlar uma Mega Evolução, e não são todos os Pokémon que conseguem fazê-lo > [eyes emoji]
    É a Energia Infinita? > pera que como tu sabe disso
    (tho era o que aquela praga tava estudando sobre né?? or smt close to it??)
    Tenho minhas fontes. > sempre bom ter uns contatinho né nom
    bicho to ouvindo uma musica tão épica enquanto eles observam uma mega evolução pela primeira vez i'm blessed
    Como… Como podemos obtê-las? > você ouviu a parte de ter uma ligação com teu poke né
    Já tive o prazer de entregar a um Windsor uma Key Stone > EITA QUE
    agora to ansiosa por quando a korrina vai "estar pronta" U GO BABE KEEP FIGHTING YOU DESERVE IT
    Eu não quero me meter em uma briga de família. Já bastam as minhas. > AÇKSNDDÇKDSANSDAÇKSDAKNÇSDA TBH
    Nenhum desses dois é. — assentiu Sycamore incluindo Serena > AGREED
    uma batalha pela key stone, o bagulho vai ser loco agora
    junto de um festival da cidade, quando a lua estiver cheia > DOREI TODA ESSA POMPA
    pior que realmente ficou uma situação que ele não tinha como recusar
    mas ai bicho to conflitada de pra quem torço, queria que ela conseguisse >>: (tá que talvez não só uma vitória prove seu valor, mas enf)
    .......................essa memória do charlie...................
    haos. h a o s. o que você fez.
    AIMDS A KATE, MINHA NENEM DIVOSA VOLTOOOOOOOOU (OI ALDRICK TAMBEM!!) e bem no por do sol aaaaaaaaaaaaaaaaaa AESTHETIC

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    1. "sorry your gym leader is in another castle" AHUSIDHASUDHASUIDHASIDUAHSU Eu amei a ref e ela é tão verdadeira que até doi. Eu não tinha parado para pensar que isso aconteceu TODAS AS VEZES. Sério, ele não chegou UMA vez no ginásio e de fato foi atendido. Sortudo né AIUSDHAUSDH

      Gosto que você já lembra das refs de outros capítulos! É isso mesmo que a Ashley estava estudando, ou seja, apesar de ser para outros fins, também está envolvido com as Mega Evoluções. Dá pra ver a importância desse tópico levando em conta o tanto de personagens importantes que se reuniu nesse capítulo, e que convidaram equipes de pesquisadores de outras regiões (tipo a Ashley) pra também procurarem sobre o mesmo assunto!

      E mds sim que bom que logo no princípio você já captou essa questão do conflito entre quem deve levar a batalha. Por enquanto foi bem soft mas acho que nos capítulos seguintes você já sentiu como a Korrina é muito mais humana que parece nesse capítulo apenas! Huhausdhasiu

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  3. Cara, olhando para trás essa coisa de Mega Evoluções parece tão ancestral! kkkk Até hoje não engoli direito as Z-Stones e todas essas loucuras de Alola, mas as Megas ainda são fodas. Vou ser sincero e dizer que nunca prestei atenção nesse diálogo de como elas surgiram nos games, tanto que nem conectei com a ideia da Energia Infinita que Ashley comentou lá atrás. Gostei de ver, porque mostra que você fez uma baita pesquisa antes de escrever a história. A parte boa de se escrever uma fic sobre determinada região é que você aprende MUITO sobre ela, às vezes descobrimos até uns pixels a mais que podemos usar num capítulo kkkk

    Olha esse Grant vacilando aí, mano! Esses líderes estão envolvidos em mais treta do que imaginamos. "Qual o problema com esses líderes? Ninguém gosta de trabalhar?", se liga só nessa indireta, ultimamente parece que todo líder da Aliança tá ausente HAHEUHHAE A conversa deles foi tipo: - Mas tu não tava de braço quebrado? - Eu tava? - Que - Ué kkkkkkk
    Korrina é uma de minhas líderes prediletas da sexta geração, espero que você faça um bom trabalho na batalha, mas que também dê um tempinho para explorá-la como foi com o Dustin.

    E veja só, até o Charlie ganhou um espacinho para discutirmos mais do passado dele. Quem será a garota? Estou ansioso para ver os holofotes nesse cara de novo, o arco dele em Lumiose foi incrível. KATY BERRY TÁ VOLTANDO, SEUS PORRA! CHEGOU A MELHOR PERSONAGEM E A MELHOR FONTE DA HISTÓRIA, COM TODA SUA EXTRAVAGÂNCIA!

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    1. Sim, cara, parece que faz muito tempo que as Mega Evoluções surgiram! Fiquei por um bom tempo pensando em como encaixá-las na história, porque considero uma mecânica tão foda que não poderia desperdiçar ou botar de qualquer jeito. De fato o que você falou é 100% real, a gente acaba pesquisando tanto sobre a própria região pra escrever um capítulo legal que descobre umas coisas incríveis! Até jogar o jogo depois vira uma experiência totalmente diferente, né HAUSDHAUS

      Também sou super fã da Korrina, dentre todos os líderes da sexta geração! Confesso que a forma que eu a visualizo nos jogos é um tantinho diferente da qual abordei aqui - por aqui ela é um tanto mais séria e centrada, por questões de enredo, embora eu ame a versão mais divertida dela. Espero que você tenha curtido os próximos capítulos! Eu, particularmente, tenho esse arco de Shalour como meu favorito da temporada!

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  4. Ou o uououpuouou! Kate Berry tá chegando!

    Cara, muito envolvente seu estilo de escrita, seriamente muito envolvente.

    E mano te digo o seguinte: Pexi ô Pedra?

    Bem, sigo adiante, como um solitário viajante.

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