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Posted by : Haos Cyndaquil
Jan 13, 2018
Capítulo 27
Orgulho e Tradição
Calem colocou sua
boina sobre os cabelos castanhos bagunçados, respirando fundo. O barulho da
torneira aberta reverberava pelos azulejos do pequeno banheiro branco da
pousada. Os olhos acinzentados do garoto estavam fixos no reflexo inseguro do
espelho, refletindo a amarelada luz que pendia no teto. Soltou uma longa bufada
de ar, abrindo a porta e dando no quarto.
Encarou suas
Pokébolas e os dois emblemas que guardava em uma pequena caixinha — a Bug Badge e a Cliff Badge. Cada qual com uma história, um caminho e uma batalha
interna até a vitória. Muito mais que simples combates, eram signos de uma
conquista do rapaz em seu caminho. Oito
insígnias, diziam. Com oito
insígnias, você pode enfrentar a Liga Pokémon.
Calem respirou fundo
caminhando lentamente até a janela. Avistava as casinhas que também compunham
aquela rua, mas ao fundo podia localizar a imensidão oceânica. O mar naquele
dia estava azul enegrecido, quase cinza, como um céu noturno, cujas camadas
mais distantes ainda permaneciam desconhecidas aos viajantes. Isso porque o sol
era encoberto por imensas e grossas nuvens escuras, que fechavam todo o litoral
naquele dia. Uma tempestade poderia aparecer a qualquer momento.
Ouviu o som dos
amigos pelo corredor e se virou, escondendo o rosto. Voltou a aprontar as
coisas e deu um olhar rápido com um aceno, indo para fora. Em breve deveria
sair, pois estava próximo do horário combinado com Korrina e, como sempre,
Calem odiava se atrasar.
Por
que sentia um frio na barriga como nunca antes? Como aquela batalha no dia
anterior tinha mexido tanto comigo? Por mais que dissesse que não, meu próprio
corpo se impedia de comportar normalmente. Desviei de todas as perguntas que
pude; preenchi-me de um mau-humor maior que o usual, que não conseguia lutar
contra mesmo que quisesse. E sempre que voltava à mente a imagem de lutar
contra Korrina, colocar um Pokémon para batalhar… Parecia que eu poderia
vomitar a qualquer momento.
...
Splash,
splash.
Os pés de Korrina
afundavam na beira do mar, os dedos sendo contornados pela areia úmida e macia,
que moldavam cada centímetro de sua pele, fazendo cócegas. As águas, em
seguida, limpavam-na daquele barro, jogando as espumas na beirada. Aquela área
da praia estava vazia, senão pela líder. Um dia de chuva não atraía muitos
turistas para um banho de mar. Ela encarava as próprias pernas caminhando
serenamente. Tinha os cabelos soltos, as vestes bem despojadas, e carregava
seus chinelos em uma das mãos.
A garota respirou
fundo a maresia, preenchendo os pulmões com aquele ar purificado pelo mar,
sentindo o típico aroma levemente salgado. Ao longe, a Tower of Mastery se colocava imponente contra o céu nublado. O dia
havia chegado, finalmente. Se os céus lhe respondessem, finalmente, terminaria
aquele dia com a Key Stone que tanto
almejava havia anos.
Mas, por algum
motivo, em seus ouvidos ainda ecoavam as palavras de sempre do seu avô: “Há
anos eu lhe digo que você ainda não está apta a recebê-la, e ainda não mudei de
ideia”.
...
A imensa escadaria da Torre Mestra
parecia não ter fim. Calem caminhava em silêncio, e seus amigos o acompanhavam
respeitando a escolha. Serena, Charlie, Elliot, Katheryn e Aldrick o seguiam
para assistir àquele desafio e apoiar o rapaz. Sua prima tentava espiá-lo de
canto de olho, mas como ele estava um pouco à frente, não conseguia ver sua
expressão. Sabia que algo deveria estar errado pela forma como ele chegou em
casa no dia anterior.
Quando o eco dos pés
batendo nos degraus já havia se tornado quase uma música, visualizaram um
caminho iluminado pela claridade natural, com a porta que se punha aberta ao
fim do trajeto. Avançaram, cobrindo os olhos contra a diferença de luz entre os
dois espaços. Korrina, Gurkinn e Grant os aguardavam.
— Espero que não se
importe com minha preferência. — disse a líder ao avistá-lo. — Penso que uma
batalha como essa seria muito melhor aqui que no ginásio.
O rapaz assentiu.
— Como preferir.
Gurkinn suspirou.
— A Torre Mestra foi
onde nosso ancestral encontrou a primeira Key
Stone, portanto o local onde a primeira Mega Evolução aconteceu. — disse o
senhor, de braços cruzados. — Entendam o que esse lugar significa para lutarem
por aqui.
Calem sabia. Caso
alguém verbalizasse isso, diria que era loucura, mas sentia algo estranho,
quase como uma aura mística sempre que pisava naquela torre. Talvez fosse algo
apenas psicológico, – era o que acreditava. – mas era impossível não se
permitir contaminar pelas energias que envolviam a torre que hospedaria aquela
batalha.
—
Precisamos de alguma cerimônia, ou algo especial para começarmos? — indagou o
garoto.
Ela
balançou a cabeça.
—
Não será necessário. — falou. — Se estiver pronto, é só se posicionar do seu
lado do campo.
O
garoto concordou. O chão da torre era um mosaico de pedra repleto de cores e
detalhes, mas que formava principalmente um símbolo ao centro, entre todos os
tons e desenhos. Algo ligado à genética, pelo que Calem já havia estudado, e
possivelmente associado às Mega Evoluções. Uma grade média de pedra e ferro
entornava as laterais, o que protegia o espaço, mas com certeza não impediria
ninguém de cair de lá de cima. O espaço era mais que suficientemente amplo para
ser um campo de batalhas. De lá, tinha-se uma vista abençoada.
Muitos
e muitos metros de mar à frente e aos lados, a perder de vista, encontrando no
horizonte o misterioso céu acinzentado. Ao longe conseguiam avistar toda Shalour City, com as casas de pedra
parecendo insignificantes àquela distância. Mais ao longe, vários morros,
campos e cavernas, formando todo o caminho que fizeram de Kalos até chegar
àquela cidade. Os ventos marítimos sopravam com mais intensidade naquela
altura, balançando roupas e cabelos com malícia. Os cinco outros amigos não
evitaram ficar encantados pela visão que se tinha daquele lugar.
Calem
foi para o lado oposto a Korrina, disposto a iniciar logo aquilo de uma vez.
Enrolar não ajudaria em nada. Serena saiu de seu transe com a vista e correu
até o primo.
—
Ei, Cal. — falou, tocando-lhe no ombro. Os olhos do primo pareciam frios e
distantes. — Sei que deve estar nervoso para esta batalha, mas você vai se sair
bem. Você sempre se sai. As coisas… — ela olhou rapidamente para Korrina, e
esperava que ele não notasse. — As coisas vão acontecer como precisam
acontecer. Lembre-se sempre disso.
O
rapaz fez que sim com a cabeça.
—
Calem-kun! — disse Katheryn, empolgada. — Você vai arrasar, eu tenho certeza!
—
Sim, sei que você praticou para isso e estamos na torcida. — concordou Aldrick.
—
Claro que eu já ganhei, então você precisa ganhar também, se não quer dizer que
eu tô, assim, super mais à frente que você e…
Aldrick
deu uma cotovelada na amiga.
—
Às vezes você está indo bem até certo ponto, e daí você passa desse ponto. —
sussurrou o louro para ela.
Charlie
deu um tapinha no ombro do garoto.
—
Você vai conseguir.
—
Você é um dos melhores treinadores que eu conheço. — continuou Elliot. — Você
vai ganhar!
Calem
abriu um sorriso bem simples e concordou com a cabeça, em agradecimento.
Sei que faziam aquilo na melhor das
intenções, mas eu não conseguia me levar por suas palavras. Diziam aquelas
coisas porque precisavam dizer, porque se sentiam na obrigação de dizer.
Ninguém queria falar “ei, sei que você foi uma droga várias vezes, e hoje mais
que nunca você não pode ser uma droga, então… Boa sorte, eu não sei o que
esperar”, mas provavelmente era o que passava na cabeça de cada um. Eles não
sabiam o que eu pensava, não sabiam que aquilo era mais uma prova que eu não
queria falhar. Se falhasse de novo, eu reforçaria o que já estava bem firme, e
que aquele garoto, Damiem, já havia dito indiretamente.
Eu era fraco.
Calem
balançou a cabeça como se tentasse afastar os pensamentos grudados em sua mente
com a brisa litorânea.
—
Eu estou pronto. — anunciou Calem.
A
líder de ginásio concordou com a cabeça. Deslizou com seus patins até um canto,
onde uma caixa rubra e dourada guardava três esferas. Certamente havia as
transportado de seu ginásio até a torre para a batalha. Puxou uma das Pokébolas
e foi para seu lugar no campo, colocando-se em posição de luta. Grant, o líder
de Cyllage caminhou até o centro lentamente. Dirigiu um olhar para Korrina,
parecendo desejar-lhe sorte mentalmente, com um sorriso. Em seguida, estendeu
os braços compridos para os lados.
— Esta será uma
batalha oficial entre Calem Windsor, da cidade de Vaniville, e Korrina, a líder
de ginásio de Shalour, pela Rumble Badge
e o título de Sucessor das Mega Evoluções. — anunciou.
As palavras do moço
pareciam assustar como uma avalanche de pedras, com tamanha seriedade e
entonação que colocava em cada uma. Ele prosseguiu:
— Cada um pode
utilizar três Pokémon, de maneira alternada. O uso de itens durante o combate é
vetado. Quando os três Pokémon de um dos lados forem derrotados, a batalha
estará encerrada. — finalizou.
Ele olhou para cada
um, esperando-os fazer um sinal com a cabeça, apontando estarem preparados.
Assim, jogou as mãos para o alto:
— Comecem!!
Korrina puxou sua
Pokébola e jogou em direção ao campo, se movendo como se estivesse em uma luta.
Os pés deslizavam no chão devido às rodas dos patins, contribuindo para sua
agilidade em cada movimento.
— Mienfoo, não vamos
pegar leve. — bradou.
— Vamos nessa,
Skrelp. — disse Calem, por sua vez.
O cavalo-marinho de
Calem se colocou em campo, começando a balançar para os lados em aquecimento,
mostrando sua destreza. A criatura parecia recuperada do combate do dia
anterior, pronta para uma nova batalha. Do outro lado do campo, surgiu um
pequeno Pokémon, que logo se pôs em posição de defesa. Trajava um quimono, e as
patas apesar de pequenas dançavam curiosamente no ar, ameaçando golpes de luta.
Os olhos avermelhados pareciam concentrados e disciplinados. Apesar de ser até
mesmo fofa, algo em sua forma de movimentar dizia que qualquer um que tentasse
abraçá-la desavisadamente se arrependeria em segundos.
— Comecemos com o Poison Tail! — falou Calem, estendendo o
braço.
— Detect. — falou simplesmente Korrina.
Skrelp avançou
agilmente rumo à adversária, a cauda parecendo brilhar em um tom arroxeado
típico de criaturas venenosas. Os olhos vermelhos esboçaram confiança ao chegar
cada vez mais perto da outra, que sequer se movia. Contudo, Mienfoo aparentava
ganhar um brilho incomum no olhar. Subitamente, rápida como uma rajada de
vento, desferiu um golpe, prendendo a cauda de Skrelp com as pernas, enquanto
suas patas dianteiras apoiavam no solo. O cavalo-marinho ficou perdido ao se
ver imobilizado e sem condições de atacar.
— Ela praticamente
congelou o golpe. — murmurou Elliot.
— Force Palm. — continuou a líder.
Em seguida, Mienfoo
jogou a criatura com as pernas, e antes que reagisse, golpeou com um dos braços
seu corpo, com uma habilidade tão grande Skrelp foi atirada metros para trás,
quase chegando às grades da torre. Calem titubeou.
— Certo, vamos agora
com o Water Pulse! — ordenou.
Korrina fez uma
sequência de golpes de luta no ar.
— Power-Up Punch!!
Skrelp concentrou
suas energias e gerou um vórtex de água, atirando uma onda considerável em
direção à adversária. Mienfoo avançou contra a água, sentindo o impacto do
ataque, mas atravessando a onda, desferindo em seguida um golpe certeiro na
criatura aquática com seu punho. Enquanto Skrelp era atirada para o lado com o
impacto, a outra parecia ainda mais renovada após o ataque.
— Então esse é o
golpe marca do ginásio… — balbuciou Calem, em seguida retornando à luta. — Poison Tail de novo!
— Use o Force Palm. — rebateu a líder.
Mais uma vez Skrelp
avançou – agora já mais lenta devido às limitações de fraqueza. – mas Mienfoo
desviou com imensa facilidade, jogando-se para o lado de maneira elaborada, em
seguida desferindo um novo golpe com suas patas bem no centro da adversária,
atirando-a para trás com grande força. Desta vez Skrelp não resistiu, caindo
derrotada no chão, e deixando Calem respirando com pesar.
Alguns segundos
foram necessários até que ele se recompusesse.
— Ele mal conseguiu atacar.
— murmurou Charlie.
Calem retornou seu
Pokémon para a Pokébola. Observou com cuidado a esfera antes de guardá-la no
bolso.
— Bom trabalho. —
sussurrou para seu Pokémon.
Ele dirigiu o olhar
para a líder, que ainda tinha a mesma expressão de concentração no rosto, ainda
que agora tivesse uma vitória.
— Confesso que a
subestimei ligeiramente ao conhecê-la, Korrina. — comentou o garoto.
— Disciplina e
persistência. — disse a moça. — Duas coisas que você precisa aprender com os
Pokémon lutadores, e que são a raiz do meu ginásio.
Mienfoo fez um golpe
no ar, acompanhando o que sua treinadora havia dito. O rapaz nada disse, apenas
buscando outra Pokébola em seus pertences, estendendo-a em direção ao campo.
— Honedge, é a sua
vez.
Dos raios de luz da
Pokébola, surgiu uma criatura parecendo ganhar vida pelas sombras no chão. Honedge
desembainhou-se, revelando melhor seu perturbador olho próximo ao cabo,
semicerrando-se como se tivesse encontrado uma diversão para aquele dia. As
nuvens moviam-se no céu, fechando-se, tornando o campo mais escuro a cada
minuto. Apesar de ter uma fraqueza pelo tipo metálico, era um fantasma, e em
condições normais, não podia ser afetado mesmo pelos golpes mais poderosos do
tipo Fighting.
— Use o Aerial Ace. — comandou Calem.
— Detect.
A espada avançou
flutuando pelo campo, cortando o ar, mas Mienfoo parou seu golpe segurando-o
com as patas, ainda que aparentasse certa dificuldade. Calem apontou para seu
Pokémon.
— Shadow Sneak.
Imediatamente
Honedge desmaterializou-se, parecendo ser sugado para o chão em meio às sombras
deixadas pelo céu escuro. Mienfoo ficou desestabilizada, a procurar o
adversário naquele espaço, sem muito sucesso. Subitamente, a espada desferiu um
golpe certeiro na criatura, jogando-a para o lado.
— Aerial Ace, agora!
— Detect!
Não tendo muitas
alternativas se não apenas se defender e esperar que Honedge cansasse, Mienfoo
tentou impedir o golpe mais uma vez, mas desta vez não obteve sucesso, sendo
atingida pelo ataque mais rápido da espada, que a cortou em um único movimento,
derrubando-a ferida no chão, sem conseguir se movimentar devido à desvantagem.
Desta vez, era Korrina que parecia sem ter o que dizer.
— Um a um. —
murmurou Calem para si mesmo.
Ela retornou Mienfoo
para sua Pokébola, e ficaram todos inundados pela quietude. Era possível ouvir
o vento tornando-se mais forte, enquanto alguns trovões ribombavam ao longe. A
líder buscou uma segunda Pokébola, fazendo movimentos típicos de um golpe
diferente, em seguida jogou a esfera para o alto.
— Hawlucha.—
anunciou.
Da esfera saiu uma
criatura curiosa. Assemelhava-se a um pássaro, do corpo pequeno direcionando-se
duas asas com uma musculatura tão notável que mais pareciam braços. As patas
aqueciam-se ágeis no chão, enquanto os olhos amarelos vivos encaravam seu
inimigo fantasma com intimidação, por baixo de uma penugem colorida que
lembrava a máscara de grandes lutadores de outras regiões.
— Um guerreiro do
tipo Flying e Fighting. — ponderou Aldrick. — Uma combinação mais ameaçadora do
que parece.
— Utilize o Swords Dance. — comandou Calem.
— Hone Claws, Hawlucha. — acompanhou
Korrina.
Honedge fez diversos
movimentos balançando o corpo metálico, como se buscasse fortalecer seus
movimentos típicos de espada antes da luta. Hawlucha aproveitou para afiar as
garras das patas dianteiras no chão de pedra, arranhando-o com tanta agilidade
que de instância foi possível perceber que era mais veloz que aparentava.
— Agora, Aerial Ace. — prosseguiu o garoto.
— Use o Bounce. — interveio ela.
Honedge avançou
ferozmente contra o pássaro, pronto para golpeá-lo, contudo, Hawlucha abriu as
asas e atirou-se para o alto com suas patas fortes, aproveitando uma das
rajadas de vento que soprava no alto da torre. A criatura ganhou considerável altura,
antes de partir rumo ao solo de uma só vez, atacando o Pokémon metálico com as
garras, causando certo impacto.
— Shadow Sneak. — prosseguiu o menino.
— Hone Claws!
O fantasma mais uma
vez entrou nas sombras, mas Hawlucha apenas moveu seus olhos não muito
surpreso. Viu sua sombra ganhar vida com o golpe de Honedge, tentando se
recompor sem cair no chão. Voltou a afiar suas garras, preparando-se para um
novo ataque, enquanto o fantasma parecia sequer cansado com o combate.
— Vá com o Bounce! — anunciou Korrina;
— Shadow Sneak mais uma vez. — pediu o
garoto.
Hawlucha levantou
voo mais uma vez. Conseguiu ver Honedge tentando se esconder nas sombras, mas a
visão do pássaro não permitia que muitas coisas escapassem. Localizou em sua
sombra um movimento incomum, e mergulhou naquela direção, pronto para atacar,
enquanto a espada também aproveitou o momento para golpeá-lo, no sentido
oposto. Ambos se colocaram de costas, parados, tentando manter a posição
estável. Contudo, a efetividade dos golpes fantasmagóricos em Hawlucha eram
muito maiores que os que desferira na armadura metálica de Honedge, de maneira
que a ave caísse vencida no solo.
Gurkinn descruzou e
cruzou os braços. Korrina hesitou instantaneamente. De repente, tinha apenas um
Pokémon restante. Honedge estava cansado no campo, mas com certeza ainda
aguentava mais um pouco da luta pela vantagem que tinha. Calem respirou mais
aliviado, uma vez que assumiu a vantagem. Se mantivesse o ritmo, conseguiria
ganhar da líder. Elliot parecia animado, torcendo para ele alguns passos para
trás.
— Só mais um
Pokémon… — murmurou Korrina, não tão baixo.
A moça guardou a
Pokébola de Hawlucha, pegando uma terceira com firmeza. Ela ficou a observar a
pequena esfera em suas luvas, como se aquela em específico servisse à sua mão
como nenhuma outra – um pensamento esquisito, mas que lhe ocorria. Algumas
gotas de sereno começaram a cair, trazendo uma friagem para o campo de batalha.
Todavia, nenhum dos lados fez muita coisa para se proteger da água que começava
a cair. Os trovões ao redor agora tornavam-se mais audíveis, como se se
aproximassem.
Sugestão: dê play para ouvir o efeito de tempestade enquanto lê
— Você tem bons Pokémon ao seu lado, Calem. — comentou a líder, séria e sincera.
Calem ficou a
fitá-la.
— Eu sei. —
respondeu.
— Você está com a
vantagem agora. — ela admitiu, encarando sua Pokébola. — Mas eu seria tola se
não guardasse o melhor para o final. Tenha a honra de conhecer meu maior
guerreiro, e também meu melhor amigo. — falou, lançando a esfera para o alto
com uma nova sequência de golpes.
A Pokébola abriu,
lançando uma rajada de luzes em direção ao solo. Nesse momento, um raio
estourou no céu, criando um clarão concomitantemente com a chegada do último
guerreiro de Korrina. Uma criatura quase tão alta quanto a garota se posicionou
no campo, movendo as orelhas e abrindo os olhos vermelhos tão intimidadores que
fizeram o garoto sentir um arrepio quando foi encarado, sentindo uma aura única
ser emanada daquela criatura. Já havia visto aquele Pokémon em lendas antigas,
e sabia que era familiar – era semelhante à imensa estátua no centro da Tower of Mastery, do primeiro Pokémon a
Mega Evoluir em Kalos. Era um Lucario.
O Pokémon se
alongou, colocando-se em posição de luta.
— Shadow Sneak, uma nova vez! — anunciou
Calem.
— Vamos pará-lo com
o Bone Rush! — pediu Korrina.
Quando Honedge sumiu
no solo, Lucario sequer se moveu. A criatura apenas fechou os olhos, com uma
naturalidade tão grande que Serena quase levantou e gritou “acorde, você vai
ser atacado”. Korrina também fechou seus olhos, respirando fundo. Os apêndices
na cabeça de Lucario começaram a se levantar ligeiramente conforme demonstrava
pressentir a chegada do inimigo, e quando a espada emergiu do chão, o cão
virou-se de forma súbita e gerou de suas mãos um cajado comprido e branco,
resistente como um osso, que impediu o ataque. O olho no cabo de Honedge se
arregalou.
Korrina acompanhava
o movimento de seu Pokémon, como se fosse um video-game, e cada movimento que a
garota fizesse fosse reproduzido pela criatura, e vice-versa. A sincronia era
tão absurda que podia-se dizer que era a moça que estava em campo, e não
Lucario. Em seguida, o lutador moveu seu cajado em uma forma de ataque, acertando
em cheio Honedge três vezes, caindo no chão sem conseguir reagir.
Calem prendeu a
respiração. Seus amigos pareciam igualmente abalados. Aquela batalha parecia a
cada segundo mudar de lado, como se o destino não conseguisse escolher quem
deveria ganhar. Se antes Korrina tinha o domínio e depois fora surpreendida por
Calem, agora retomava sua posição de controle, ambos tendo apenas um Pokémon
restante para batalhar.
— A espécie dos
Lucarios é muito famosa nas histórias antigas. — comentou Aldrick. — Eles só se
envolvem com treinadores que sintam que tem uma aura pura, e podem usar esses
seus poderes a seu favor em uma luta. Eles são um dos tipos mais poderosos do
mundo Pokémon.
— Traduzindo, —
disse Charlie, arqueando uma sobrancelha. — Calem está em apuros.
— Como você venceu
ele? — perguntou Serena, apreensiva, a Kath.
— Eu… Eu não lutei
contra ele. — disse Katheryn, focada na batalha. — O último Pokémon que ela
usou comigo foi um Hawlucha.
Serena fez um
barulho de quem percebia que o primo de fato estava em território perigoso.
Korrina e Lucario eram interligados de uma forma que quase lessem seus próprios
movimentos, e tinha medo que Calem se intimidasse com isso, uma vez que ele e
seu inicial não haviam chegado a esse nível de proximidade.
— Eu também não
deixaria de guardar o melhor para o final. — murmurou Calem, mas baixo, como se
falasse apenas consigo mesmo. — Pupitar, é a sua vez.
Ele estendeu a
Pokébola, permitindo que a criatura de pedra entrasse em campo. Da luz, surgiu
um guerreiro blindado com uma poderosa armadura, acinzentado em um tom quase
prata. Os olhos ameaçadores se colocavam à frente, encarando Lucario com igual
confiança, como se reconhecesse o poder daquele lutador, mas não se colocasse
em uma posição inferior. Seus amigos não evitaram ficar boquiabertos.
— O Larvitar dele
evoluiu!! — comentou Katheryn. — Por que vocês não falaram nada?!
— A-a gente também
não sabia… — murmurou Serena, admirada com o guerreiro renovado.
Calem, todavia, não
parecia tão confiante assim.
A
situação entre eu e Pupitar estava ainda mais complicada após a batalha contra
Damien. Aquele desafio deixou-nos ambos hesitantes, e eu não o culpava por
nossa derrota – apenas receio que ele não pense o mesmo de mim, e de fato me
culpe. Ver Korrina com Lucario, sobretudo, parecia ser uma forma de mais uma
vez enfrentar duplas em perfeita sincronia enquanto nós apenas tentávamos não
brigar em campo.
— Sandstorm! — falou Calem.
— Ataque com o Power-Up Punch.
Pupitar
concentrou-se e aproveitou das rajadas de vento para criar um furacão de areia
em torno de si, dificultando a visão no campo. Lucario, pertencendo ao tipo
metálico, não sofreu muito com o golpe, apesar de ter seu desempenho
dificultado com as condições do campo. O lutador avançou, desferindo um golpe
certeiro com seu punho no guerreiro de pedra, empurrando-o para trás.
—
Use o Rock Slide! — comandou Calem.
— Bone Rush. — acompanhou Korrina.
Lucario mais uma vez
invocou um cajado feito de ossos, avançando em direção ao guerreiro de pedra.
Diversas rochas foram arremessadas, mas o lutador conseguiu se esquivar de boa
parte delas, utilizando a arma como forma de proteção. Atingiu o adversário com
o osso, mas Pupitar conseguiu se manter praticamente intacto com o golpe.
— Pupitar, pense que
ele é o Lairon de ontem — murmurou Calem baixinho para o Pokémon. — Thrash! — bradou em seguida.
As palavras do
treinador pareceram atingir Pupitar como um choque elétrico. Os olhos da
criatura atingiram um visual tão nefasto que mesmo Lucario sentiu a aura ao seu
redor ser modificada. O guerreiro de pedra avançou, como se a areia ao seu
redor permitisse que sua agilidade aumentasse, deixando o adversário perdido
por um segundo. Em seguida, jogou o corpo com grande força, em uma série de
golpes seguidos com tanta ferocidade que Lucario sequer teve como recuar.
O lutador tentou
recuperar o fôlego à certa distância, tendo uma brecha. Sua treinadora arqueou,
simulando um ataque.
— Aura Sphere! — gritou ela.
Lucario arqueou as
costas como ela, abrindo as duas mãos juntas e ampliando a distância entre elas
gradualmente. Seus olhos estavam fechados, como se procurasse o máximo de
concentração mesmo durante aquele combate caótico. As gotas de água caíam em
seu focinho agora com uma força maior, mas ele não parecia se importar. Os
apêndices em sua cabeça levantaram uma nova vez, e uma esfera de um tom vivo e
místico de azul se formou próximo ao seu corpo.
Sincronizadamente,
Lucario e Korrina estenderam os braços, disparando a esfera em direção a
Pupitar. Era como se a bola de energia emanasse tanto poder que até mesmo o chão
da torre se partia com sua movimentação no ar. O guerreiro de pedra, contudo,
também avançava, em direção à esfera.
A bola quebrou-se no
corpo protegido de Pupitar, causando instantaneamente uma paralisia com todo o
impacto. Contudo, surpreendentemente, a criatura continuou avançando, com um
olhar furioso, voltando a acertar Lucario com a mesma sequência de golpes incessante,
como se nada pudesse pará-lo, se não a derrota do inimigo. Até mesmo Korrina se
surpreendeu com a reação do Pokémon adversário.
Após a nova
sequência de golpes, Lucario foi lançado para o lado. O cão se levantou,
respirando com um tanto de dificuldade pela areia ao redor. Os olhos de Pupitar
gradualmente voltavam ao normal, e só então o Pokémon parecia se dar conta de
tudo que acontecera, e de como ainda estava cansado. Fora consumido pela imagem
de Lairon o enfrentando mais uma vez, como se não conseguisse enxergar outra
coisa. Porém, agora uma tontura o atingia, fazendo parecer que tudo ao redor se
misturasse. Apesar da força, usar o Thrash
o deixava desestabilizado após o ataque.
— Aproveite e
utilize o Bone Rush, Lucario!
— Use o Ancient Power!! — rebateu Calem.
Naquele momento a
chuva começou a cair de vez. Os ventos uivavam fazendo o mar se tornar raivoso,
quebrando ondas enormes na beira da praia, ricocheteando com ira as pedras.
Trovões rasgavam os céus com sua luz, ribombando em estalos graves por todas as
direções. Todos que assistiam à batalha correram para se abrigar em uma parte
coberta do topo da torre, mas os dois treinadores e seus Pokémon permaneceram
no mesmo local, lutando contra a natureza.
Pupitar levantou diversas pedras ao seu redor. Algumas atingiram Lucario, mas o lutador conseguiu utilizar outras para ganhar mais agilidade, golpeando a armadura do guerreiro com seu osso. Calem sequer teve a oportunidade de se incomodar com todas as roupas molhadas, porque se via quase completamente consumido pela atenção para a luta. Os patins de Korrina deslizavam na pedra úmida do chão, mas a garota apenas colocou uma mecha de cabelo molhado grudado em sua testa para trás.
— Vamos acabar com
isso. — disse a moça se colocando uma última vez em posição de ataque, soltando
um brado tão alto que parecia um dos trovões rugindo no oceano. — Aura Sphere!
— Pupitar, não
desista. — continuou Calem. — Acabe com ele usando o Thrash!!
Lucario concentrou
tanta energia ao seu redor que a tempestade de areia voltou a ganhar forças. Ele
e Korrina fecharam os olhos, e uma esfera de iluminada surgiu entre as patas da
criatura. Seus olhos se abriram quando uma poderosa aura se formou em seu
entorno, e os olhos vermelhos brilharam em fúria quando disparou o golpe com
seu grande poder, à medida que Pupitar avançava em toda a sua velocidade, em um
olhar tão inundado pela cólera que parecia um foguete.
Um relâmpago cortou
os céus tão próximo à torre que por um segundo tudo ficou tão claro como em uma
explosão. O ruído estourou ensurdecedor ao lado de todos, e o mar respondeu em
furor com uma movimentação anormal. A tempestade de areia atingiu seu ápice,
bloqueando toda a visão em um tornado, de maneira que tanto Calem quanto
Korrina fossem inevitavelmente jogados para trás.
Os dois se
levantaram instantaneamente, bloqueando o rosto. Aos poucos a poeira baixava, e
era possível ver tanto Lucario quanto Pupitar de pé. Ambos respiravam
ofegantemente, tão sujos e molhados que pareciam ter atravessado uma
tempestade. O barulho da chuva parecia preencher os ouvidos de todos naqueles
vitais segundos que quase durar meses, de tão cruciais.
De repente, Lucario
fraquejou.
Sua perna bambeou,
obrigando-o a se apoiar no chão, para não cair. Os olhos inevitavelmente
fechavam, exaustos. Grant correu para o centro da arena, e fitou o Pokémon. A
chuva parecia diminuir, como se não tivesse mais motivos para castigar ninguém.
Em seguida, o líder de pedra levantou uma das mãos para cima, ditando as
seguintes palavras com grande ênfase, mas um tanto pesadas, como se não
quisesse dizê-las. Ninguém parecia acreditar muito no que elas significavam.
— A vitória vai para
Calem Windsor, o novo Sucessor das Mega Evoluções.
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"— A vitória vai para Calem Windsor, o novo Sucessor das Mega Evoluções."
ReplyDeleteSOCORRO! Tipo, eu tava muito apreensivo nos últimos capítulos, gosto de ambos. Calem e Korrina. Essa batalha significava MUITO pra ambos, e aaaah, foi angustiante do inicio ao fim. Comecei a assistir The Good Place, e essa situação me lembra, de certa forma, o Dilema do Bonde. Um bonde em movimento, com dois caminhos, em um deles, cinco pessoas estranhas e no outro uma pessoa conhecida. Não existe uma resposta certa, no final das contas. Calem precisava dessa vitória, Korrina merecia ela. Desde sempre tentando provar a si mesma ser a merecedora do título de Sucessora das Mega Evoluções, se provar ao seu avô. Aaaaaah, @--@ X--X.
Estou claro, feliz por Calem, ele fez bem durante a luta. Quero ver como ele vai reagir a isso. Quero logo o próximo capítulo :O Vou ficar mais atento com os próximos capitulos, tentar ler no msm dia e não uma semana depois :/
Te vejo em breve, Haos o/
PS: você disse na nota que batalhas não são muito sua área, mas esse capitulo foi ótimo, e sem dúvida foi um dos mais emocionantes (Claro, que não supera o arco Lumiose em emoção, pq né... T-T)bem, até o/
Hey Marcoo!! /o/
DeleteVc pegou exatamente a questão, como a batalha é dividida e não existe ao certo uma resposta de quem deveria levar a vitória. O resultado influenciaria o caminho de cada um completamente: Se a Korrina ganha, ela se prova para o avô e recebe o prêmio que tanto queria, mas o Calem possivelmente enfrenta mais uma dificuldade e perde o respeito de parte de seus Pokémon, talvez até pendendo a desistir de lutar; Se o Calem ganha, ele tem um novo respiro para continuar, mas a Korrina precisa dizer adeus para um sonho que tem desde criança. Nesse caso não havia um meio termo, e quem levou a melhor dessa vez foi o Calem. Mas no próximo capítulo enfrentaremos as consequências de tudo que rolou aqui, e garanto que vai ser intrigante!!
Ah, e fico muito feliz que a batalha tenha ficado boa! Eu tenho uma dificuldadezinha para conseguir desenvolvê-las, mas estava bem inspirado para esta, então aaaah que maravilha que deu para transmitir toda a tensão que era precisa!! Espero conseguir manter o ritmo nas próximas batalhas importantes! Obrigado e até o próximo capítulo, então, Marco \o/
Cara faz certo tempo que acompanho suas histórias, e só dessa vez eu tive a chance de comentar sem estar atrasado kk bem, achei a Vitória acho que para quem ganhasse eu estava bem mas, eu quero tirar uma dúvida, o Calem tem chance de criar um par com a Korrina? É só pra não criar expectativas mas, se tiver chance ficaria bom também heh.
ReplyDeleteOi Junioor!! Obrigado pelo comentário, espero te ver por aqui mais vezes, viu?! :D
DeleteOlha, eu sou a última pessoa que diria que não tem chance, sabe? AUHSDUIAS Gosto sempre de deixar as opções bem abertas pra todos os personagens (seja para formar um casal, seja para ter uma grande amizade, etc). Até porque a Korrina ainda vai aparecer (espero trazer de volta os Gym Leaders que puder, porque gosto muito deles!), então tudo pode rolar!! :D
Te garanto q serei mais presente kkk mas, se isso aconteceu meu fanservice está feito hue. Mas,creio que ela irá a aparecer mais pro calem afinal, ela não pode deixar o legado que seu avô deixou na mão dele heh para garantir. Vive logo com ele. Sonhar é bom né kk.
Deleteboa tarde.
ReplyDeleteescrevo diretamente do meio de uma tempestade, proporcionada pelo haos ahahahah ADOREI ESSE SOUND EFFECT!
ora muito bem... o que acabou de acontecer? esse combate foi simplesmente incrível e eu consegui sentir toda a tensão em volta dos personagens e confesso que me surpreendi imenso com o resultado! parti do princípio de que, com toda a experiência que korrina e lucario certamente têm, o calem acabaria por perder... mas parece que me enganei, verdade?
agora coloco a questão: irá calem ser mesmo o sucessor das mega evoluções? não será um pouco cedo para esse passo tão grande? não será este o momento ideal para ele revelar os seus sentimentos e oferecer a sucessão a korrina? porque na verdade, o que ele precisa realmente são as insignias...
bom, é só! agora que já tenho os capítulos em dia aguardarei para os próximos!
see ya :)
HAUSDHASU Que bom que você curtiu o efeito da chuva! Eu não costumo colocar essas coisas no meio do capítulo, mas eu particularmente amo escrever usando esses efeitos sonoros, e pensei que seria interessante caso alguém tivesse vontade de se aproximar dessa experiência também!
DeleteFico super feliz que você sentiu a tensão do capítulo, e as perguntas que você colocou ao final são super válidas. Será que ele realmente está tão pronto pra uma posição dessa importância? Gosto que o capítulo praticamente encerrou em seu clímax, então não temos acesso a absolutamente nada do que aconteceu após saberem do resultado. Para isso, conto com vocês no capítulo 28 para vermos a conclusão dessa trama toda!
Obrigadão por seus comentários, Ângelo, eram vários capítulos para colocar em dia, e você conseguiu ler e comentar todos!!! Sério, foi uma super disposição! Espero que a leitura tenha sido muito agradável! É sempre ótimo contar com sua presença por aqui, então repito para que fique à vontade sempre que quiser retornar a este espacinho nostálgico! AHSUDHASUD Abraços, Ângelo!! o/
okay eu ia fechar a leitura mas eu sincerament não resisti e precisei continuar
ReplyDeleteai bicho, deu uma dorzinha ver o calem pra baixo assim >>: c'mon babe you're much more than that loss!!
mds e ainda tá vindo altas tempestade, o bagulho vai ficar loco
ai e a nenem da korrina tambem PLS DONT FEEL LIKE THIS YOU'RE A LOT WORTH OKAY
oloco a batalha nem no ginásio vai ser, tá cada hora reverberando mais e mais
A Torre Mestra foi onde nosso ancestral encontrou a primeira Key Stone, portanto o local onde a primeira Mega Evolução aconteceu > E FICA CADA VEZ MAIS GRANDIOSO mds
mas sentia algo estranho, quase como uma aura mística sempre que pisava naquela torre > too real
De lá, tinha-se uma vista abençoada > totes deve ter mesmo T^T
As coisas vão acontecer como precisam acontecer > i hope so my sweet babe >:
se não quer dizer que eu tô, assim, super mais à frente que você e… > ASKDNÇDSNÇKSADDÇKSANSANDKSAD KATH NO QQ
AI CALEM PLMDDS EU VO TER QUE ESCALAR ESSA TORRE TODA SÓ PRA IR TE SACUDIR
(tbh como que tu acha que serena e kath conseguiriam mentir assim????? os outros até vai mas essas duas????? ridiculamente sinceras??? PLS)
PQ VOCÊ COMEÇA LOGO COM A MINHA SKRELP TÁ MEIO DIFICIL na real a esse ponto tá bem dificil anyways torcer contra você mAS AAAAAAAAAAAAAAARGH
gente pq a minha nenem só tá sendo arrasada nas batalhas i'm suing this shit
Disciplina e persistência. — disse a moça. — Duas coisas que você precisa aprender com os Pokémon lutadores, e que são a raiz do meu ginásio. > i love the feeling of each gym having something related to the type to teach
As nuvens moviam-se no céu, fechando-se, tornando o campo mais escuro a cada minuto > i'm not liking this
TRU AO MENOS NÃO LEVA GOLPE DO TIPO FIGHTING vamo ver se o mood do calem melhora ao menos um tanto
(gOD DAMN NÃO QUERIA ESTAR TORCENDO PRO CAL MAS EU NÃO GUENTO VER ELE TÃO DERROTADO ASSIM QUERO UM BOOST NO MOOD DELE MAS PRECISO DE KORRINA GANHANDO E AAAAAAAAAAAAAAAAAA WHY DID U DO THIS HAOS Ç_Ç )
shadow sneak pra sempre um dos meus ataques faves sim UM AES DESSE MDS
eu to nervousissima lendo essa porra mds
AI BICHO A KORRINA TREMENDO PQ LÁ SE FOI MAIS UM POKE E AGORA ELA SÓ TEM MAIS UM AI PUTA MERDA
ai ainda tem audio da chuvinhaaaaaaaa loved it
Você tem bons Pokémon ao seu lado, Calem > he totally does
Tenha a honra de conhecer meu maior guerreiro, e também meu melhor amigo > CHOREI SIM NÃO VO NEGAR
wow lucario chegando no meio de um trovão much epic
com uma naturalidade tão grande que Serena quase levantou e gritou “acorde, você vai ser atacado” > AI A SERENA É TÃO BB
mds a korrina fechando os olhos junto do lucario??? e ele todo em sincronia com o ambiente e sentindo a presença do honedge???? estou arrepiada????
Aquela batalha parecia a cada segundo mudar de lado, como se o destino não conseguisse escolher quem deveria ganhar > I CAN UNDERSTAND YOU DESTINY
Korrina e Lucario eram interligados de uma forma que quase lessem seus próprios movimentos > [cries]
e mds o pupitar nessa chuva não vai levar desvantagem????
parecia ser uma forma de mais uma vez enfrentar duplas em perfeita sincronia enquanto nós apenas tentávamos não brigar em campo > dificil encarar a galera que tem um elo de vdd com seus poke né
mds eu to dando uns gritinho interno muito reais com a korrina fazendo os mesmos movimentos do lucario meu jesus HOW IS HER NOT WORTH THE KEY STONE U SHITTY GRANDFATHER
gente foi falar no nome do rival que o pupitar ficou possuído né meu jesus (i'm slightly scared maybe q)
mds vdd a korrina ainda tá de patins debaixo desse aguacero MULHER TIRA ISSO STAY SAFE
tão sujos e molhados que pareciam ter atravessado uma tempestade > WELL THEY JUST DID
AI NÃO BICHO
NÃO NÃO NÃO
MANO EU TO MAL DE VDD
AI BICHO PQ
FOI MERECIDO MAS
AI BICHO NÃO A KORRINA Ç_Ç
AFTER ALL THAT Ç______Ç
HAUSIDHASUIDH Eu não tinha reparado que a coitada da Skrelp foi usada nas duas primeiras vezes e derrotada logo de início. DD: Tecnicamente ela ainda é um Pokémon recente, então apesar do tipo super útil, o Cal ainda está aprendendo a batalhar com ela (e ainda é um tanto inexperiente em combates), mas pode deixar que logo ela vai estar chutando uns traseiros também! (Porque Agnes é <3333)
DeleteE aaaaa você sentiu bastante de como essa luta era importante. Eu também me sentia assim enquanto escrevia, cedia para o lado do Calem, depois para a Korrina... É como se a cada momento pendêssemos para um lado. Quando um Pokémon era derrotado, comemorava mas ao mesmo tempo ficava chateado.
E mds quando cê falou pra Korrina tirar os patins eu quase caí da cadeira HAUSDHAISUDHAISUDHAUSHDSA Sei que esse finalzinho foi bem inesperado, mas pode confiar que eu não faria as coisas simplesmente acabarem assim. O capítulo 28 é um querido, e prometo que vai valer a pena. <3
SEH LOKO BICHO, OLHA PARA ESSA BATALHA! Você chegou muito longe em Ethron, então pode compartilhar uma experiência comigo: cada batalha de ginásio é um aprendizado tanto para o personagem quanto para o autor. Chega uma hora que temos a impressão de que escrevemos a nossa obra prima, olhamos para a batalha de hoje com o pensamento de "Caral*o, tem como superar isso?!" Eu sinceramente não faço ideia kkk O fato de você ainda estar no terceiro ginásio abre espaço para muita coisa e a tendência é sempre encontrarmos formas de continuar melhorando nossa escrita e surpreendendo, mas você teve um preparo tão grande para a luta da Korrina que fica difícil imaginar o que pode ser elevado na próxima batalha. Ainda estou com o som de chuva tocando, cara, e fez uma baita diferença! kkkkkkk Senti um arrepio quando a Kath falou: Mas ela não usou o Lucario contra mim. São esses pequenos detalhes que nos fazem perceber como era uma disputa importantíssima para os dois lados, e faço das palavras do Marco aí em cima as minhas: "Calem precisava dessa vitória, Korrina merecia ela." Me pegou desprevenido o capítulo acabar assim, sem comemoração, sem a insígnia. É uma forma muito mais chocante do que aquela clássica despedida entre o líder o desafiante, você nos levou até uma queda livre e terminou no momento de impacto, sem dar tempo para respirarmos aliviados. A parte boa de se escrever poucas batalhas é que, quando aparece uma, tu manda ver kkkkkkkkkkkkkk Um capítulo excepcional, meu amigo Haos. E vendo que ele foi escrito em Janeiro desse ano me faz pensar o quão próximo ele é de sua atual escrita. Você está de parabéns em todos sentidos!
ReplyDeleteAUHSDUAISH Canas, primeiramente um enorme agradecimento pelos elogios! Conta demais saber que você curtiu e que a expectativa criada em cima desse capítulo valeu!! Acho que essa foi a primeira vez que eu de fato coloquei uma pressão bem grande real oficial em cima de uma batalha de ginásio, então foi um grande desafio como autor. Mais uma vez, a parte boa de não ter um prazo certo pra mim foi poder me dedicar integralmente em fazer algo que agradasse e pensar exatamente como queria cada palavrinha. No final acabou fluindo tão bem que saiu de um jeito natural como fazia um bom tempo que não acontecia! KKKKK
DeleteRealmente agora o desafio vai ser como superar tudo isso UHSUDAHSU Mas posso dizer que tenho umas cartas na manga guardadas para alguns dos ginásios, e espero conseguir explorar tudo como fiz dessa vez! Agradeço demais pelas palavras de novo, fico imensamente feliz que consegui chegar aonde pretendia!! :DD
Batalha emocionante está entre o Pupitar e o Lucário, e acho que o fato de você fazer o Calem mandar o Pupitar ver a imagem do Lauren na figura do outro para lutar com seu todo foi algo que deu um charme ao capítulo. Afinal, é um modo de mostrar uma raiva, uma angústia, que ambos sentem...
ReplyDeleteCara, simplesmente demais. Sigo para o próximo capítulo.