- Back to Home »
- Aventuras em Kalos , Capítulos »
- Capítulo 32
Posted by : Haos Cyndaquil
Feb 10, 2020
CAPÍTULO 32
Minha História
A brisa da manhã estava com mais agitação que Coumarine City geralmente oferecia a seus moradores. O céu se fechava em nuvens espessas, fazendo uma camada acinzentada até onde os olhos alcançassem. O mar balançava em tons escuros com moderada agressividade, obrigando alguns barcos a permanecerem ancorados no porto da cidade. Era de perder de vista o número de embarcações que se colocava nas docas, uma vez que estavam frente ao maior porto de Kalos.
Serena admirava com calma o ritmo
de Coumarine. Da parte superior, conseguia observar uma vista agradável das
áreas mais montanhosas. Era dividida em duas zonas, a cidade alta – entre as
colinas – e a baixa – à beira do mar. Era interessante como representava a
diferença de relevos entre a área central e costal de Kalos, abrindo caminho
para o interior. Apesar da chuva forte na noite anterior, o céu ainda não havia
se limpado totalmente.
— No que está pensando?
A menina se virou para trás, sem
antes ter ouvido os passos de aproximação. Calem mexia uma xícara de café com
uma pequena colher de metal. Ela balançou a cabeça, dançando os fios louros no
ar.
— Coisa boba minha.
— Escute… — suspirou ele. — Sinto que tenho sido um pouco injusto com
você nas últimas semanas.
A garota devolveu-lhe um olhar
atento, vendo sua feição cansada repousar a vista no céu nublado.
— É só que… Não é fácil encarar que
essa é nossa nova vida… Parecia um pensamento tão certo, mas quando eu percebi
que tínhamos entrado em um beco sem saída…
— Não é sem saída. — interrompeu
ela, baixinho.
— Eu não consigo ver uma saída. —
retorquiu ele. — Eu realmente quero, mas eu não consigo. Não uma boa saída.
Ele encarou a xícara quente. Nada
como um café da manhã para esquentar frente à virada climática de Kalos.
— Não quero que pense que te culpo
por isso. — admitiu. — Pois isso não é culpa sua.
— Nem sua. — devolveu ela.
Ele assentiu lentamente.
— Eu vou aprender a lidar. Mas
preciso de tempo.
A menina encarou seus dedos
ansiosos se entrelaçando sozinhos. Calem sentou-se ao lado dela e ficaram por
alguns momentos em silêncio, perdidos no horizonte. O som dos lábios sugando a
bebida cortava a pausa longa entre a conversa, até o momento em que o garoto
voltou a encarar sua prima, abrindo um pequeno sorriso.
— O que vai fazer hoje?
— Vou resolver umas coisas minhas.
— respondeu ela com um sorrisinho.
— Tipo…?
— Tipo você vai fazer suas coisas…
E eu farei as minhas.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Desde quando você resolveu agir
misteriosamente?
— Claire é uma garota misteriosa. —
falou a menina com uma piscadinha, se levantando para ir embora.
— Você não venha com essas
baboseiras para cima de mim, Serena Windsor. — resmungou ele, fazendo-a soltar
uma gargalhada.
Os olhos da garota corriam pelas
prateleiras. Havia estantes até onde os olhos perseguissem. Coumarine era
dotada de uma considerável biblioteca na parte baixa da cidade, uma vez que
reunia pontos bem tradicionais da região. A luz entrava por janelas superiores,
mas os raios logo se perdiam nas paredes e chão amadeirados de tons escuros.
Amplas estantes se distribuíam em corredores, repletas dos mais variados livros
trazidos naquele ponto de diálogo de Kalos com o restante do mundo.
Serena se perdia entre os títulos.
Já quase nem lembrava o que fora fazer por lá. Ela sabia que, mesmo que
começasse a ler naquele segundo, talvez nunca conseguisse terminar a biblioteca
toda – mas com certeza não lhe faltava vontade para tentar. Desde os
conhecimentos mais ancestrais sobre a formação de Kalos até contos cotidianos
escritos nas cidades interioranas de Kanto. Que belo universo a desbravar.
Vez ou outra pegava um exemplar das
estantes, só para xeretar. Era difícil manejar um livro e um ovo Pokémon, mas
ela os revezava nas mãos. As folhas de vários já amarelavam, mais finas e
empoeiradas que quando foram impressos. As histórias que carregavam, porém,
permaneciam intactas. Ela queria muito pegar alguns, mas nunca viria a
devolvê-los, pois passariam uma estadia relativamente curta em Coumarine. E,
afinal de contas, ela tinha o que fazer.
Levantou a cabeça para frente,
quando um garoto atravessou por entre as estantes. Intrigada, ela deu alguns
passos à frente, tentando não perdê-lo de vista. Quando o viu entrar em um
corredor, seguiu seus passos, até ser interceptada, levando um pequeno susto
com o regresso à realidade.
— Posso ajudar?
Um senhor mais baixo que ela estava
em sua frente. Usava roupas que pareciam ser de jardinagem, apesar de
reforçadas para enfrentar o frio que vez ou outra pairava sobre a região. A
ideia era fortalecida pelas botas levemente sujas com terra, e uma imensa
tesoura que carregava consigo. A feição que tinha, todavia, era extremamente
simpática e prestativa, abrindo um sorriso sincero para a menina que quase fez
seus olhos desaparecerem.
— Que susto! — exclamou a menina.
— Oh, desculpe! — falou ele, sem jeito. — Você parecia perdida,
jovenzinha.
Ela coçou a cabeça, um pouco sem
graça.
— Acho que aceito uma ajuda,
senhor…
— Ramos!
— Prazer, senhor Ramos! Meu nome é
S… Claire! — ela se corrigiu. — Claire Duval.
— É um prazer, jovem Claire. — ele
concordou com a cabeça. — Que belo ovo temos aqui… — observou ele. — Qual a
espécie?
Ela acariciou o ovo com as mãos.
— Eu não sei ao certo…
— Hm, uma surpresa! — ele abriu um
sorriso novamente. — Interessante!
— Sabe dizer se estou no caminho
certo? — inquiriu ela.
O velho senhor resgatou seus
óculos, guardados meio sujos no bolso de seu casaco. Colocou e arregalou os
olhos, encarando o ovo. Ramos tocou com suavidade a casca, deslizando os dedos
pelo comprimento, sentindo a textura. Não evitou desenhar um sorriso novamente
em seu rosto marcado pela idade.
— Ele tem uma aparência saudável! —
falou, com uma risadinha. — Apenas tome cuidado com os movimentos que você
realiza na companhia dele, e cuidado para que não pegue temperaturas muito
amenas. Kalos às vezes resfria consideravelmente, e bebês precisam do calor
para se desenvolverem.
Serena assentiu, extremamente
satisfeita com a resposta.
— E o que o senhor está fazendo por
aqui?
— Oras, precisava consultar um velho
livro de jardinagem. — respondeu o senhor, rindo. — Com o passar das décadas,
alguns nomes parecem que fogem da nossa memória.
Abriu-se um silêncio, e ele pareceu
instigado com o olhar curioso da menina dançando pelas lombadas dos livros
arrumados nas prateleiras.
— O que exatamente você está
procurando? — indagou a Serena.
A menina pareceu precisar de alguns
momentos para formular alguma resposta adequada. Afagou os braços ao redor de
seu ovo.
— Hm… Eu estou procurando sobre uma
pessoa. — falou, singela.
— Certo. — prosseguiu ele,
depositando a mão sob o queixo de maneira pensativa.
— Eu quero saber mais sobre ela…
Mas não sei exatamente onde procurar. — continuou.
— Você sabe o nome dela? —
questionou ele.
A menina deu uma risadinha
constrangida.
— Não exatamente…
O velho soltou um riso.
— Bem, o que sabemos sobre ela?
— Sabemos que… Bem… — ela corou, um
pouco desconcertada. — Senhor Ramos, na verdade, é um assunto um pouco particular…
— comentou, tímida. — Tudo bem se eu…
— Oh, é claro, sem problemas. — respondeu ele, abanando as mãos. — Desculpe
se a pressionei. Mas, sabe, deveria checar nos arquivos da cidade.
— Arquivos? — perguntou ela
curiosa.
— Boa parte das documentações dos
habitantes de Kalos se concentra fisicamente nos Arquivos, na Cidade Alta. —
comentou o velho, pensativo. — Faz alguns anos que está desatualizado, mas
talvez encontre algo que possa ajudá-la.
Ela abriu um sorriso, satisfeita.
— Obrigada, senhor Ramos! Será de
grande ajuda! — falou.
O som das ondas e dos Wingulls
voando pelos ventos litorâneos não parecia tão animador naquela manhã. O céu escurecido
se mostrava um tanto fúnebre para Charlie, que colocava-se perdido encarando as
embarcações das mais diversas formas e cores distribuídas pelo porto. O cheiro
de sal e de peixe nunca esteve tão fresco e enjoativo quanto naquela ocasião.
As águas pareciam mais turvas, uma vez que a área era onde todos os barcos
chegavam, misturando óleo com alguns artigos que caíam dos navegantes.
Ainda assim, seguiu caminhando pelo
espaço. Serena e Calem haviam saído sem grandes satisfações. Ele também não
queria se juntar a eles forçadamente. Era irônico, pois no momento em que mais
deveriam estar unidos, mais pareciam, de certa maneira, distantes. Ele
respeitava o tempo deles. Ele já estava acostumado a fugir. Eles não.
De fato encontrou o que procurava.
Era apenas um palpite, mas estava certo. Um garoto apoiava-se em um dos barcos,
descarregando caixotes para o cais. Suas pernas bambeavam levemente com a falta
de firmeza da embarcação na água. O rapaz, de cabelos curtos e enrolados
levantou seus olhos castanhos em direção ao garoto. Charlie abriu um pequeno
sorriso, fazendo um aceno com a mão.
— Ludovic. — cumprimentou.
— Charlie! — exclamou o garoto,
soltando o caixote antes de chegar ao chão. — Há quanto tempo!
O outro fez um sinal com as mãos,
sugerindo que abaixasse o tom.
— Não anuncia, meu caro. — disse,
com um sorriso tímido.
O outro deu uma risada
desconcertada.
— Foi mal. É que realmente fiquei
surpreso. — respondeu. — Devem fazer anos…
— Anos. — concordou Charlie.
Ludovic encontrou-o para um abraço.
Por mais que não se prolongasse por muito, Charlie sentiu-se à vontade naquele
momento, respirando fundo. Encontrou um curto conforto no contato, compensando
os anos perdidos nos poucos segundos. O outro, assim que se afastou, passou o
braço pela testa suada. Bateu as mãos na calça e descarregou mais um dos
caixotes. O amigo sentiu-se na obrigação de ajudá-lo.
— Tenho visto seu rosto nos
jornais, meu chapa. — comentou, só então o encarando — Se envolveu em problema
dos grandes, dessa vez.
—
Eu não me contento com pouco. — respondeu, dando de ombros.
— Caramba… Charles Stuart… — ponderou o garoto
novamente, ofegante, depositando as mãos na cintura. — Quem diria? Mundinho
pequeno esse.
Charlie o acompanhou para tirar uma
das caixas mais pesadas. Tinha alguns artigos de pesca metálicos que faziam
barulho conforme se movimentavam. O garoto limpou uma mão na outra enquanto
descansava por alguns curtos momentos.
— Sabe de algum dos outros garotos?
— perguntou Charlie.
Ludovic deu um sorriso meio sem
jeito.
— Você sabe como é, cara. Não os
vejo há quase tanto tempo quanto você. — respondeu, simplesmente. — Não faço
ideia de que caminho tomaram. Mas ninguém deve ter sido bobo de continuar em
Lumiose.
Charlie desviou os olhos para o mar
– a imensidão azul-acinzentada que se estendia, decorado pelos vários grandes
barcos ancorados. Um vento frio balançou suas roupas, refrescando um pouco do
esforço físico que acabara de fazer. Thanos descansava apoiado em um poste,
observando o movimento.
— Você parece bem. — falou o
menino, por fim, em um tom singelo.
Ludovic o olhou nos olhos.
— Eu tô. — falou, com um sorriso. —
Vim morar em Coumarine, trabalho um período por aqui… É meio puxado, mas melhor
que a vida nas ruas.
O outro concordou, com conhecimento
de causa.
— E você, o que anda fazendo? —
indagou de volta. — Além de fugir da polícia.
— Ando por aí com uns amigos. —
respondeu. — Tipo uma jornada.
— Uma jornada. — Ludovic se
levantou, olhando para as águas. — Quando criança a gente morria de vontade de
sair em uma jornada. Que bom que você tá realizando isso. — falou, com sinceridade.
— E teu irmão?
Charlie não demonstrou a hesitação
que sentiu naquele instante, chacoalhando seu interior, rememorando os
pensamentos mais diversos e bagunçados de sua cabeça.
— Encontrei ele um dia em Lumiose.
— disse, simplesmente.
— Ele ficou irado da cara quando
você foi embora. — falou Ludovic, sério. — Eu, se fosse você, não pisaria por
lá em um bom tempo.
O outro engoliu em seco. Como
explicar que ele já havia recebido o recado de uma maneira bem enfática?
— Posso imaginar.
Ludovic olhou para o barco de pesca
e conferiu, mas todos os caixotes já haviam sido descarregados. Ele estendeu a
mão, abrindo um sorriso.
— Meu caro, preciso resolver
algumas outras coisas ainda. Mas, se for ficar pela cidade, dá uma passada
quando puder. — ele apertou a mão do amigo e o puxou para um abraço. — Em nome
dos velhos tempos.
— Em nome dos velhos tempos. —
repetiu Charlie, um pouco sem jeito, afagando-se no abraço.
As palavras lhe escaparam por um
momento. Tempos depois se arrependeria por nem conseguir formular uma despedida
simples, mas permitiu que os gestos tomassem conta. O abraço de alguém que
viveu seus piores dias ao seu lado é único, é especial. Ele se encaixa, porque
rememora um gosto de esperança no período em que ela mais esteve em falta. Era
esperança que o garoto voltava a precisar.
Preparou-se para fazer o caminho
inverso na companhia de seu Pancham, quando ouviu um último ruído do rapaz,
antes de ir embora:
— Ei, Charlie.
O rapaz se virou. Ludovic encarava
sério os barcos no cais.
— Longe de mim querer falar igual
esses merdinhas da TV, como se fosse coisa fácil. Tô ligado que não é. — disse
o rapaz. — Mas, se tiver a oportunidade de voltar atrás, volta, cara. Minha
vida não é perfeita. Mas nada paga minha tranquilidade de deitar no travesseiro
de noite e saber que meus fantasmas das ruas de Lumiose foram embora.
Charlie abriu um sorriso de papel,
frágil. O garoto jamais entenderia o que estava acontecendo e, de certa
maneira, ele era grato por isso. Desejava mais que tudo que aqueles que o acompanharam
no passado encontrassem a tranquilidade. Alguns, felizmente tinham sorte – o
que, nos olhos de um dos garotos perdidos de Lumiose, poderia ser tomado como
sorte. Será que algum dia ele também encontraria sua própria paz?
— Eu vou,
Ludovic. — prometeu.
Calem respirou fundo. Era
impossível abandonar a tensão de ser um fugitivo – a todos os momentos seus
olhos pesquisavam se alguém o observava. Porém, quando na paisagem certa, sua
mente conseguia momentaneamente esquecer quem era e se desligar. Coumarine City era um desses lugares.
Na parte alta da cidade, os ventos
mais fortes bagunçavam as folhas das árvores. Estava por uma campina, recostado
a uma árvore. Ele gostava do tempo nublado, embora a brisa parecesse
premonitória de uma nova tempestade. A harmonia das folhas farfalhando e o mar
quebrando no porto parecia uma melodia doce que permitia que o rapaz se
concentrasse melhor em sua leitura.
Um bom dia de descanso. Até que uma
voz aguda e imperativa cortasse sua paz.
— Ei, você!
Calem levantou o olhar. Um garoto o
encarava a alguns metros de distância, o indicador apontado em sua direção. O
rapaz deslizou a cabeça para os lados, procurando algum outro alvo, mas estavam
sozinhos pela campina. O outro era baixo, mal deveria ter a altura de Serena.
Os cabelos bagunçados se escondiam por baixo de um boné, enquanto um sorriso
aventureiro se estampava de orelha a orelha.
— Eu o desafio para uma batalha! —
prosseguiu o menino, com um tom confiante.
Calem quase fechou o livro.
— Mas eu não fiz nada para você. —
respondeu Calem, dúbio.
O menino coçou a cabeça, confuso.
— Eu só quero uma batalha, pode
ser, tio?
— “Tio”? — indagou de volta o
garoto, ofendido, se levantando do chão (coberto por uma toalhinha) — Escute
aqui, garotinho, quantos anos você pensa que eu tenho?
— Do jeito que você fala, parece
ter uns cinquenta. — retorquiu o outro, depositando os braços atrás da cabeça.
Calem quase caiu no chão.
— Oras, e você que sequer entrou na
puberdade ainda e está querendo opinar na minha existência. — falou,
revoltando.
O menino arqueou as sobrancelhas,
cruzando os braços.
— Para sua informação, eu tenho doze
anos muito bem completos! — argumentou.
— Meu deus, doze anos. — Calem
coçou a cabeça. — Você é tipo um bebê.
O outro pareceu furioso, cerrando
as mãos.
— Quer parar de falar assim? Você
não é tão mais velho que eu!
— Oras, não foi você que disse que
eu parecia mais velho agora há pouco?
— Humpf, então deixa. — falou, dando de ombros. — Não quero mais batalhar
também.
Os dois se interromperam ao ouvir
uma sequência de gritos. Não muito longe dali havia um PokéMart, e algumas pessoas pareciam fugir preocupadas de perto do
espaço. Os dois garotos trocaram olhares, duvidosos.
— O que é isso? — perguntou o mais
novo.
— Parece que estão tentando roubar
aquela loja. — comentou Calem.
O outro começou a andar na direção
da confusão, sendo interceptado por Calem, que o segurou pelo ombro.
— Aonde você pensa que vai, senhor doze
anos? — inquiriu.
— Estou indo impedir eles. — falou
o outro, dando de ombros.
— E o que você pensa que pode fazer
contra ladrões? — falou Calem, quase rindo. — Eles podem ser perigosos.
— Tio, eu sou um treinador Pokémon.
— retorquiu o outro ajeitando o boné. — Eu não tenho medo de nada.
O garoto começou a correr em
direção à loja. Calem foi pego de surpresa pelo menino, encarando-o se
distanciar. Mesmo que respondesse, o outro não ouviria a resposta. A
impulsividade foi tanta que o rapaz sequer permitiu-se pensar muito também,
apenas correu em direção a ele, tentando alcançá-lo. O jovem virou-se para
trás, confuso.
— Tá indo comigo? — perguntou.
— Prevejo mais uma atitude
irresponsável que eu me arrependerei cinco minutos depois, mas sim, estou indo.
— respondeu Calem com um suspiro, quase que para si mesmo. — Não vou deixar uma
criança fazer uma burrada dessas.
— Cuidado pra não machucar a
coluna. — falou o outro, mostrando a língua.
— Grr, crianças não querem mais saber de respeitar os mais velhos.
Os atendentes do PokéMart estavam rendidos, com as mãos
levantadas. Por mais que houvessem sistemas de segurança, a dupla de ladrões gritava
ordens. Eram acompanhados por Pokémon: Um deles trazia consigo um Ursaring que,
ao se colocar de pé, quase batia no teto do estabelecimento – com uma expressão
tão feroz que intimidava os atendentes a oferecerem aquilo que possuíam em
caixa sem titubear. O segundo tinha um Skuntank, que mostrava os dentes em meio
aos pelos desgrenhados, tão fedidos que o ambiente parecia se intoxicar só com
sua presença.
— EI! PARADOS AÍ!
Os ladrões encararam a porta
instintivamente, se virando com seus Pokémon. Parecia uma cena dos filmes
antigos que Calem gostava de assistir quando mais novo – os ladrões mascarados
assaltando um pequeno estabelecimento, e os mocinhos chegando para interceptar.
Seu novo amigo de doze anos não demonstrou estar intimidado com a gritaria dos
bandidos, e tampouco com os olhares ferozes do Ursaring e do Skuntank.
— Deveríamos mesmo ter chamado
tanto assim a atenção? — cochichou Calem, suando frio com a situação.
— Pivete, se sabe o que é bom para
você, sugiro que dê meia volta e fuja agora! — falou um dos capangas, lhe
apontando o dedo.
Segundos de tensão se estenderam. O
garoto tentou permanecer firme em sua pose. Calem sentia seu coração quase sair
pela boca. Sabia o risco que corria, mas não poderia fazer qualquer movimento
brusco naquele momento. De repente, um dos ladrões bradou:
— Skuntak, use Smokescreen!
O Pokémon levantou sua cauda enorme
e peluda, emitindo uma grossa névoa enegrecida que cobriu a visão de todo o
espaço momentaneamente. Não evitaram tossir com aquela bruma tóxica que fez os
olhos coçarem e os sentidos se perderem por um curto período de tempo. Calem
puxou o garoto para si.
— Fique atrás de mim. — disse.
— Qual é, tio? Eu não preciso de
proteção! — resmungou o outro, empurrando.
Ouviram:
— Ursaring, Slash!
De repente, cortando a fumaça
surgiu o enorme Ursaring, derrubando seu braço com as garras afiadas que mais
parecia um machado. O menino empurrou Calem ao perceber a movimentação, de
maneira que ambos conseguissem despistar o golpe a tempo de não serem
atingidos. O jovem, logo se recompondo, ajeitou seu boné com um olhar de poucos
amigos.
— Se for pra me atrapalhar, é
melhor você ir embora! — resmungou.
— Será que dá para parar de achar
que tudo isso é um jogo? — falou Calem, logo se levantando.
— Até dá. — disse o menino, puxando
uma Pokébola. — Mas daí perde a graça.
Acompanhando o movimento, Calem
resgatou uma das esferas também. O outro atirou-a para frente.
— Vai, Charmeleon!
— Honedge, saia! — acompanhou
Calem. — Use o Swords Dance!
O garoto liberou um dragão de
estatura média, de pele alaranjada tão dura quanto uma armadura capaz de
resistir às chamas de um vulcão. Era um Charmeleon, a evolução de um dos
clássicos iniciais de Kanto, e uma espécie relativamente rara em Kalos. Honedge
colocou-se logo em posição de batalha, realizando movimentos no ar, afiando sua
lâmina conforme o comando de seu treinador.
— Que tipo de golpe é esse? Ele nem
causa dano. — inquiriu o menino mais novo, revirando os olhos.
Calem arqueou uma sobrancelha.
— É um golpe que aumenta o nível de
ataque do meu Pokémon. — retorquiu. — Não é só porque um ataque não causa uma
explosão que ele não é útil, lutar é uma questão de estratégia.
— Blá blá blá, fala demais. —
resmungou o outro, abanando o resto da névoa dissipada pelo Skuntank. —
Charmeleon, Flamethrower!
— Skuntank, use o Acid Spray.
O Pokémon venenoso levantou a cauda
uma nova vez, esguichando um líquido de cor castanho-esverdeada. Todos se
abaixaram ao perceber que a substância corria algumas das superfícies
atingidas. Charmeleon desviou, enquanto Honedge permaneceu intacto frente ao
golpe, tendo seu revestimento metálico imune aos venenos.
— Use o Shadow Sneak! — ordenou Calem.
— Fire Fang! — prosseguiu o outro.
A espada aproveitou-se da penumbra
para se incorporar às sombras, golpeando de supetão o Skuntank adversário com
seu poderoso nível de ataque. O dragão avançou em direção a Ursaring, mordendo
sua pata. A criatura agonizou com a queimadura mesmo por cima de suas camadas
grossas de pelo. Os ladrões cerraram os punhos.
— Não vamos deixar uma dupla de
crianças estragarem tudo! — resmungou um deles. — Use o Night Slash!
— Fury Swipes!! — acompanhou o segundo.
Skuntank avançou rumo a Honedge, o
golpeando com seus poderes noturnos, causando grandes danos à criatura sombria.
Ursaring, por sua vez, atingiu Charmeleon com uma série de golpes com suas
garras afiadas, afastando o dragão. Os treinadores hesitaram, vendo o
contra-ataque avançar intensamente. O menino rangeu os dentes.
— Charmeleon, não desista! Flamethrower!!
— Honedge, avance com o Pursuit!
A espada avançou cortando os
ventos, investindo com um golpe certeiro em Skuntank. O Charmeleon abriu sua mandíbula
e liberou um poderoso lança-chamas, tão forte que os alarmes de incêndio da
loja dispararam, abrindo uma parte do teto e ativando os irrigadores. Os
ladrões, tendo seus Pokémons derrubados e tendo sido rendidos pelos
adversários, pareceram ceder à posição, quase que intimidados. O menino fez um
estalo de vitória.
— Um bom trabalho. — confessou. — Viu,
não falei que ficaria tudo bem?
Calem ponderou.
— Até que você não é um péssimo
treinador.
— Pra um velho você também não é
mal. — retorquiu ele, mas dessa vez o rapaz apenas soltou uma risada.
O som de sirenes se aproximou.
Calem imaginou a trabalheira em reconstituir o espaço. Talvez eles devessem ter
deixado a polícia agir desde o começo. Sobretudo, foi atingido por um pânico
quando se lembrou que não podia ser visto ali. Não pelas autoridades. O garoto
retornou Honedge para sua Pokébola, regredindo os passos em direção à porta.
— Droga, é melhor eu ir. —
balbuciou.
— Aconteceu alguma coisa? —
perguntou o outro, desconfiado.
— Conte pra eles o que ocorreu,
tudo bem? — disse Calem, começando a sair. — Lembrei que preciso resolver uma
coisa!
A adrenalina tomou conta enquanto
corria, os batimentos do coração disputando com as sirenes em ritmos
descompassados. Ele, contudo, não disfarçava um sorriso. Por um momento, agiu
como um garoto de doze anos inconsequente. Calem sabia que era errado, poderia
estar em perigo, poderia ter sido atacado, as coisas poderiam ter terminado
mal. Mas, naquele momento, tudo terminou bem. Muito bem.
Serena revirava páginas atrás de
páginas. Por onde quer que seus olhos corressem, lá estavam mais caixas
idênticas em meio àquele ambiente de tom clínico. O nariz chegava a coçar com
tantos papéis históricos guardados em uma só salinha que provavelmente não era
bem limpa havia um bom tempo. Não muito à frente, sua Espurr observava um rapaz
dormindo, funcionário do espaço que possivelmente havia sido hipnotizado por
ela.
— Serena Windsor. Serena Windsor. —
murmurava ela.
Após passar por mais uma pilha de
papéis, encontrou algo em seu nome. O coração apertou, mas logo a tensão se
esvaiu e foi tomada pela decepção, ao ver não mais que as informações que não
lhe eram relevantes. Mais uma vez, nada do que precisava. A garota guardou os
papéis de volta nos arquivos, sentando desolada no chão enquanto fitava aquela
imensidão de documentos – tantas palavras inúteis em um lugar só.
— Por onde começo a procurá-la,
mãe? — suspirou, perdendo seus devaneios em meio à imensidão de caixas.
{ 8 comments... read them below or Comment }
Regras de Comentário:
~Não ofenda os demais usuários, sejam visitantes, ou o administrador.
~Não faça divulgação.
~Não faça spam.
~Evite o flood.
Caso algo seja desrespeitado, o comentário está sujeito a ser deletado sem aviso prévio.
HAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOSSSSSSS!!!! VOCÊ TÁ VIVO!!!!!!
ReplyDeleteVALEU AÍ PELO CAPÍTULO COMPANHEIRO!
Bem, é o seguinte bro... Nós começamos esse cap com uma pequena conversa entre Calem e Serena que ainda estão meio baqueados pela situação na qual se encontram, e se separam ali pra ir fazer algo que lhes ajude de certa forma a tirar um pouco a situação da cabeça.
Nisso Serena vai pra biblioteca onde procura informações sobre uma pessoa, sua mãe ( embora isso só seja dito no fim do cap ), e ao perceber uma presença ali ela meio que vai tentar ver o que é, mas acaba sendo interceptada digamos assim por um bom velhinho chamado RAMOS ( É O RAMOS PORRA! O LÍDER DE GINÁSIO " GRASS LINDOVÉI " RAMOS! ) que acaba por ajudar ela falando que se ela procurava informações sobre alguém a Cidade Alta era o lugar a se ir.
ENQUANTO ISSO CHARLIE ACABA INDO PRO PORTO ONDE ENCONTRA LUDOVIC! UM ANTIGO AMIGO DA ÉPOCA DAS RUAS! E O LUDOVIC FALA COISAS DA VIDA! E FALA SOBRE COMO AS COISAS PODEM DAR CERTO DE ALGUMA MANEIRA! ( EM SUMA )
Em contrapartida Calem na sua andança pra se acalmar é perturbado por um guri maluco que quer "BaTáIa PoKaMo", aí eles discutem e acaba que ambos ouvem sons suspeitos, concluem que se trata de um assalto e vão impedir os criminosos de concluírem o ato.
Eles conseguem, a polícia dá sinal e Calem corre dali dizendo que tinha lembrado de algo que tinha de fazer, mas feliz com a adrenalina que sentiu.
A cena muda então pra uma da Serena, onde ela possivelmente já deve estar no local indicado pelo Ramos , pesquisando por entre os livros e se questionando sobre sua mãe. Daí o capítulo fecha.
Valeu aí Haos, e até a próxima!
( escrito com um filhote de cachorro inquieto no colo )
Hey Sir!!! Tudo certo??
DeleteEstou vivo sim, cara! Por um tempo pareceu que não, depois pareceu que sim, daí pareceu que não de novo, mas cá estamos nós! UAHSDUAHS
Adorei demais sua análise, já podemos colocar como uma sinopse oficial UAHSDUASHD Conseguiu captar bem a natureza de tudo que rolou. Tanto no capítulo 31 quanto no 32 acho que dá pra perceber um pouco essa distância dos personagens... Por mais que antes cada um fosse mesmo atrás de algo diferente, eu sinto que dessa vez eles mesmo estão tentando se afastar um pouco também. Vamos ver até onde isso vai... hehehe Obrigadão pela leitura e pelo comentário, viu? Um abração õ/
(E parabéns por ter conseguido redigir o comentário inteiro com um filhotinho ainda! HUASHDAUSD)
Você é um mestre em aparições surpresa! Quando menos se espera pronto, capítulo em Kalos! Mas pelo menos dessa vez já estamos avisados de que o próximo tem data, segundo as notas.
ReplyDeleteFoi bom conferir uma parte da história do Charlie. Esses amigos que ele tinha, incluindo o Ludovic, seriam um bando de baderneiros nos tempos antigos em Lumiose? Ou mais que isso, talvez delinquentes juvenis mesmo? Afinal, o tom da conversa dos dois dá a entender isso.
Eu já estava com uma dúvida antes, e o fato do Ramos ter aparecido aqui só me deixou ainda mais curioso pra saber: eles vão seguir a jornada normalmente estando foragidos? Porque eu não imaginaria o Calem se exibindo na Liga Pokémon para os quatro cantos do mundo sendo que ele é procurado por um dos homens mais influentes de Kalos. Ele, inclusive, tem essa noção, dada a forma como ele fugiu da loja que foi assaltada mesmo ele sendo um dos "heróis" do dia. Por outro lado, até chegar o momento da Liga muitas águas vão rolar. Ele sequer chegou na metade das insígnias ainda, então sabe-se lá quanto tempo levaria pra ele ter as oito necessárias para disputar a Liga. Quem sabe até lá não está tudo resolvido? Tudo vai depender de como ele vai analisar a situação.
E no fim das contas Serena não obteve sucesso tentando buscar as informações da sua mãe. Até mesmo as dela estavam muito escassas, pelo visto. Será que os arquivos de Coumarine realmente são limitados, ou o que seria relevante para os Windsor foi retirado de lá? Tem dedo do Stevan nessa história!
Ótimo capítulo, mano! Até a próxima! õ/
Cara, não sei se o pior são as minhas aparições imprevisíveis ou eu ter falhado miseravelmente na última data! AUSHDUAHSD Mas agora VAI ter o próximo capítulo sim, agora vai, tá prometido!
DeleteAchei muito legal que você comentou se eles seguiriam jornada normalmente. Depois desse tempo, igual o Calem chegou a comentar no capítulo anterior, eles começaram a perceber que a decisão de fugir trouxe umas consequências grandes até demais. É fato que uma exibição desse tipo ia ser bem catastrófica para os três... Mas como teremos um bom tempinho até lá, tem bastante coisa pra acontecer nesse meio. Quem sabe as coisas não esquentam até antes do planejado? HUASHDUASH
Obrigadão pelo comentário e pela força, Shadow. Sempre muito feliz de contar com sua presença por aqui, sérião! :D õ/ Abração!
NÃO CREIO QUE VENHO NO BLOG TODA SEMANA E NA VEZ QUE DEMORO PRA VIR TEM UM CAP NOVO. WHYYYYY
ReplyDeleteadorei o cap já começando com uma tempestade vindo. prenuncio, talvez? :'D
also tá me dando sdds de coumarine, o clima dessa cidade é tão gostosinho
Coisa boba minha > sla me deu uma dorzinha com ela deixando de lado suas divagações desse jeito?? it's not dumb babe >:
que tem saída tem, pq sempre tem. mas não vai ser fácil....
mas é tão importante que deixem claro que não é culpa de nenhum deles, pq a gente sempre precisa de alguém pra culpar, mas as vezes ela simplesmente não está lá, e eles não merecem carregá-la
CLAIRE É UMA GAROTA MISTERIOSA AÇKSDNDKSAÇKNDSANDÇKSANSDA ai amo minha nene :')
uma biblioteca no porto?? PFTO?? magina quanto livro não dá pra se conseguir com todos que visitam esse lugar *^*
ela carregando o ovo sempre aaaaaaaaaa
o ramos softzinho aconselhando como cuidar do ovo!! love seeing it
also who is serena looking for [eyes emoji] i have a bet but hmmm
o jeito que a ambientação do charlie tá bem mais carregada e sombria........ ai ai (ele mesmo também parece mais carregado tbh)
mas ao menos ele teve um momentinho de alívio né (eu ainda quero meter a mão na cara dele, mas ele não merece ficar bad por causa do que tá rolando agora)
saiu nos jornais kkkkk vai ser fda se manter escondido assim viu
o jeito que falaram do charles........... tem backstory aí?
ninguem devia pisar em lumiose anyways q e sim infelizmente ele já encontrou o irmão e mais infelizmente ainda não rolou a oportunidade de arrastar a cara dele no asfalto, mas quem sabe em outro momento
Tempos depois se arrependeria por nem conseguir formular uma despedida simples > ih mds lá vai haos matar o guri q rip ludovic foi bom te conhecer q
mas ai mano o abraço deles >>:
e ai esse final....... tenho medo do dia que entenderemos completamente todas as dividas que charlie carrega. e talvez tambem do quanto ele vai precisar fazer pra voltar atras :/
calem perfeitamente inserido na vida de trainer, pq é exatamente assim, a gente só quer estar de boas e do nada vem alguém AE CARAI VAMO BATALHAR
ao menos esse ainda desistiu, mas hoje realmente não é o dia de tranquilidade do calem :'D
mds do céu essa dupla totalmente desarmonica contra bandidos....... se eles não pararem de discutir não tem como dar certo >.>
okay felizmente os pokes são bons e salvaram o dia anyways q MAS MDS VDD NÃO PODE SER VISTO espero que não verifiquem nenhuma camera da loja >.>
e anyways WORTH IT, ele se sentiu vivo de novo, mesmo que por um breve momento :')
A SERENA USANDO A ESPURR PRA COLOCAR O FUNCIONARIO PRA DORMIR?? oloco claire cheia de surpresas mesmo qq
AAAAAAA ERA A MÃE DELA MESMO e eita nois, altos misterios até em arquivos grandiosos assim.... a pergunta que fica não é só como procurá-la, mas pq ela teve que estar tão bem escondida?
Ahh eu também adoro essa vibe de Coumarine! E justamente acho que por conta do porto sempre que eu pensava nela me vinha biblioteca, arquivos... Acho que por ser um ponto de encontro de mutias pessoas de lugares diferentes fico imaginando essa mistura de conhecimentos... Eu ia com certeza amar conferir <3
DeletePosso dizer um detalhe que fiquei bem feliz de você comentar? Sobre como a ambientação de cada personagem muda. É uma coisa pequena que não afeta no entendimento da história, mas cada descrição diz um pouco sobre o próprio personagem e ajuda a gente a entrar no que tá acontecendo, coisa bem sutil mesmo, mesmo que o clima seja igual pra todos, cada um sente de um jeito diferente. Que legal que você reparou isso :'))
rip ludovic GENTE É ESSA A IMAGEM QUE VOCÊS TEM DE MIM???(não responde HAUSHDAUSHDAUS)
Oi companheiro Haos!
ReplyDeleteAlgum tempo depois, voltamos com a história dos nossos fugitivos preferidos.
Calem e Serena falam da realidade atual e, durante a conversa, senti uma certa distância entre os dois primos. Afinal, durante o capítulo, cada um deles foi fazendo as suas coisas diferentes. Achei isso interessante.
Gostei de ver Calem a combater ao lado desse pequeno treinador. Sinto que, de uma certa maneira, o pequeno voltou a acender a chama de Calem por combates, Pokémon e "fazer o bem". Quero voltar a vê-lo a combater o ginásios. Vamos lá! E esse garoto? Vamos voltar a vêlo?
Charlie também teve uma história interessante neste capítulo. O encontro com o seu amigo de infância revelou algumas informações e detalhes sobre o seu passaod. Achei bastante interessante o facto de, mesmo tendo um passado mais sombrio, os dois acreditarem que o futuro pode ser risonho e positivo para todos. Adoraria ter alguns flashbacks sobre a história de Charlie. A sua personagem e comportamente sempre me interessou bastante, confesso.
Por último, Serena procura por algo que só é revelado no final do capítulo. Pelo caminho, encontramos Ramos, o líder de ginásio grass-type. Será um sinal de que vamos ter uma batalha em breve? Espero que sim! E finalmente percebemos que Serena procura por informações da sua mãe. Confesso que o meu coração ficou um pouco apertadinho nessa última fala. Pobre menina...
Continue com o ótimo trabalho, Haos! Continuarei deste lado para ler!
Hey Angie!!
DeleteFico feliz que tenha curtido o capítulo! Você destacou umas boas partes. No final da temporada passada rolou um pouco dessa reflexão do Calem meio que começar a encarar as batalhas de outra forma... E isso vai ser bem recorrente nessa temporada! Tipo com esse personagem que apareceu agora. Meio que todos os rivais acabam despertando alguma coisa no Calem com relação aos combates... É curioso que o Calem é o total oposto do que a gente tradicionalmente pensa como um protagonista de fic ou anime... Então quando ele encontra com alguém que atende totalmente a esse estereótipo é um choque! auhsdauhs
E ahh, pode deixar que vou atender esses pedidos sobre o passado do Charlie! Estamos bem perto de começar a investigar com mais profundidade essa história! Que bom que esses mistérios ainda chamam a atenção :D
Obrigado pelo comentário e pelo carinho, Angie! Feliz em contar contigo por aqui! :))) Um abração e até a próxima