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Posted by : Haos Cyndaquil
Jun 14, 2020
CAPÍTULO 34
Flores, Espinhos e Raízes
Após o tempo fechado nos dias
anteriores, as nuvens abriam espaço para um dia inspirador em Coumarine. O céu
azul encontrava o mar ao longe, com os vários barcos decorando o porto quase
como uma pintura. O trio caminhava rumo ao ginásio local, que ficava na parte
alta da cidade, em uma zona reservada. O trajeto não foi muito difícil, pois
diversas placas indicaram a direção correta. Caminhavam em silêncio – o mesmo o
qual os inundara a noite anterior, após os ocorridos na loja de incensos.
Quando viram uma placa típica dos
ginásios oficiais de Kalos, pararam. O ginásio de Coumarine havia sido
arquitetado décadas atrás, era uma construção marcante na cidade. Além de ponto
de batalhas, também marcava o jardim botânico de Coumarine, o mais belo de Kalos, que criava espécies locais famosas e protegia outros Pokémons de
grama em risco.
As grandes paredes repletas de
vidro permitiam a entrada de luz, possibilitando o crescimento das criaturas nos interiores.
Quando pisaram dentro, sentiram um ar abafado e úmido. Por onde quer que
olhassem havia das mais diversas espécies de vegetais – talvez não fossem
capazes de ver diferenças mas, pelas placas, eram dos mais diversos tipos.
— Com licença. — disse Calem na
recepção. — Eu agendei uma batalha para hoje.
O secretário verificou em um
computador os registros, correndo os olhos pelas linhas da tabela.
— William? — indagou ele.
Calem, após alguns segundos de
confusão mental, assentiu com a cabeça.
— Certo, está aqui. — concordou,
apontando. — O líder precisou sair, mas deve retornar em questão de poucos
minutos. Fiquem à vontade.
Os garotos se recostaram em um
banco de madeira não muito distante. Serena encarava admirada as árvores de
vários metros chegando quase ao teto de vidro da estufa. Charlie virou-se ao
amigo com uma expressão apreensiva. Esfregou as mãos uma na outra com
ansiedade.
— Sobre ontem…
— Charles. — Calem interrompeu,
fechando os olhos. — Vamos parar de forçar conversas que não precisamos.
O amigo parou por alguns segundos,
pronto para falar algo. Calem se levantou do banco, fitando as plantas ao redor
com um olhar perdido, a cara fechada em tensão.
— Hoje é o dia em que eu posso
simplesmente me preocupar em ganhar uma insígnia, igual a um garoto bobo de dez
anos que saiu para desbravar o mundo, sem um milionário louco procurando minha
cabeça. — murmurou, balançando a cabeça. — Por favor, não tire isso de mim.
As portas de vidro do ginásio se
abriram, e um pequeno senhor apareceu caminhando, limpando o suor da testa pela
caminhada naquele sol. Serena demorou alguns segundos para notar sua presença
mas, quando o fez, esboçou um sorriso, se aproximando.
— Senhor Ramos!
— Jovem Claire. — cumprimentou o senhor, com uma risada
amigável. — Não pensei que fosse contar com um desafio seu por aqui.
— Não sou eu, é meu primo. — disse
Serena apontando. — Acabei de ver na placa o nome do senhor, fiquei me
perguntando se era o líder!
— Este sou eu. — falou, animado. —
Há um bom tempo.
— Vocês se conhecem? — indagou
Calem.
— O senhor Ramos me ajudou na
biblioteca da cidade esses dias! — comentou a menina, empolgada.
— É um prazer conhecê-lo — disse
ele, estendendo a mão. — jovem…
— William. — cumprimentou Calem,
— Thomas. — continuou Charlie,
estendendo a mão.
O senhor os guiou por um caminho de
terra entre as várias espécies de plantas. Seu caminhar era devagar, tal como
sua forma de falar. Por respeito, os jovens o acompanharam sem qualquer pressa,
atentos ao que o líder tinha a comentar, com entusiasmo. Ele vez ou outra
parava para examinar alguma espécie, se havia algo errado. Os funcionários do
jardim pareciam extremamente preocupados com o líder, atentos a tudo que ele
apontava, mesmo que de longe. Ramos parou e resgatou seus óculos pendurados no
pescoço, encarando uma das plantas.
— Hm… — disse ele, puxando a enorme
tesoura de jardinagem que carregava e cortando um galho apodrecido da planta. —
Bem, assim está melhor.
Ele descartou com cuidado o ramo
desgastado, prosseguindo assim a caminhada.
— Uma parte apodrecida pode
atrapalhar o crescimento. — explicou o senhor a Serena, com uma risada. — É
difícil podar o que há de ruim, mas esquecemos que, sem isso, novos ramos
saudáveis não podem florescer.
A garota ficou quieta. As palavras
do líder soaram tão profundas e verdadeiras que ela não achava que falava de
plantas. Coincidência que aquilo cabia-lhe como uma luva. Se Ramos tentou
aconselhá-la ou estava apenas falando de vegetais, seu caminhar tranquilo não
revelava. Após alguns momentos o fitando, ela levantou os olhos. Era um espaço
de preencher a vista.
Sentia de longe um odor apodrecido,
e avistou Glooms e Vileplumes sendo criados em um espaço reservado, com suas
flores enormes emitindo alguns esporos cujos funcionários e cientistas
manipulavam com cuidado. Cherubis se penduravam em tamanhos enormes, tão
amadurecidos que pareciam Berries prontas
a serem colhidas pelas árvores. Um Carnivine se amarrava em árvores mais altas,
parado, sendo alimentado por algum dos funcionários para que não causasse
problemas. Na água, alguns Lotads e Lombres se refrescavam.
— O tipo grama é tão subestimado… —
balbuciou o senhor, balançando a cabeça. — O funcionamento das plantas é
fantástico, nós dependemos totalmente delas para viver… Mas elas com certeza
viveriam muito bem sem nós. — ele deu uma risada. — Muitas espécies de Pokémon
do tipo grama podem viver autossuficientes, por autotrofismo.
O grupo chegou, ao fundo, a uma
área fechada por outra porta que provavelmente era o campo de batalha. Apesar
das demarcações, era todo coberto de uma grama razoavelmente alta. O entorno
era marcado por arvores altas a arbustos rasos. Os troncos se entrosavam e
contorciam metros acima, com cipós pendurados e flores crescendo procurando
pelo sol. A iluminação do espaço era ainda maior, com uma entrada localizada de
luz solar pelo teto. Qualquer um que ali pisasse não duvidaria que era domínio
dos tipo Grass.
Ramos os levou até um canto onde
parecia sua área de repouso. Imensas estantes de mogno com livros de jardinagem
antigos, vários artigos espalhados e uma mesa onde o velho senhor esboçava
algumas anotações. Ele perguntou pela grafia do nome de Calem – ou William - e
começou a digitar em um computador antigo, semicerrando os olhos por trás dos
óculos.
— Não estou conseguindo encontrar
seu nome… Tem certeza que é um treinador cadastrado? — indagou ele.
Calem suou frio, uma vez que sabia
que sua identidade falsa não estava registrada na Liga.
— Sim, com certeza. — respondeu com
convicção. — Tanto que já tenho três insígnias.
Ele mostrou os emblemas e Ramos os
examinou por curtos segundos, soltando um murmúrio pensativo.
— Oras, esses computadores são
complicados demais. — reclamou ele. — Antigamente era tão mais fácil…
— Por que não fazemos como nas
antigas, então? — propôs o garoto, guardando seu estojo perfeitamente polido de
insígnias. — Cuidamos dos registros depois.
O velho deu uma risada rouca.
— É isso que gosto de ouvir.
Ramos caminhou com lentidão até
suas coisas e puxou algumas Pokébolas um tanto empoeiradas, sorrindo para elas. O
velho seguiu então seu caminho do lado oposto da arena, com um belo sorriso
estampado. Um dos assistentes indicou um banco para que Serena e Charlie
assistissem, oferecendo-lhes água. Calem foi para seu lado, respirando fundo e
procurando se concentrar.
O juiz colocou-se ao centro. Calem
sabia as regras – já havia se preparado – mas era praxe que o desafio fosse
introduzido.
— Esta será uma batalha de ginásio
oficial entre o líder de Coumarine,
marquês Ramos, e o desafiante, William Chambert! — anunciou o juiz.
Os dois assentiram. Ramos
continuava sorrindo.
— Cada um terá direito a usar três
Pokémon alternadamente. — prosseguiu. — Quando um dos lados não tiver mais
nenhum, a batalha será encerrada.
Tendo as instruções sido colocadas,
ele levantou as mãos.
— Comecem!!
— Jumpluff, meu querido, vamos
começar. — disse o senhor, jogando uma de suas Pokébolas para o alto.
Em uma rajada de raios prateados,
revelou-se uma criatura gorducha de pele azul, que logo começou a flutuar pelo
campo. De seu corpo partiam o que pareciam bolas de algodão, tão leves e macias
que permitiam que viajasse pelos ventos com graciosidade. O Pokémon era tão bem
cuidado que as mudas de algodão estavam grandes e saudáveis, brincando pelas
rajadas de vento que escapavam no ambiente entre os galhos retorcidos.
— Que Pokémon bonito!! — exclamou
Serena.
— Vamos, Skrelp!! — anunciou Calem.
De sua Pokébola revelou o
cavalo-marinho, que logo cravou os olhos avermelhados no seu adversário.
Estendeu o focinho para a frente como um dardo mirando no alvo, aguardando os
comandos do treinador.
— Um Pokémon aquático. — ponderou
Ramos, coçando a barba. — Não é sempre que os vejo serem escolhidos aqui em meu
ginásio.
Calem estendeu a mão.
— Comecemos com Poison Tail!
— Sunny Day! — revidou o líder.
Skrelp avançou rumo à outra
criatura com agilidade, mas uma rajada de vento soprou com mais força no
ginásio, facilitando que Jumpluff atingisse novas alturas, desviando. O Pokémon
virou-se em direção ao teto aberto da estufa, concentrando suas energias para
que os raios de sol brilhassem com intensidade. Mais que nunca, o vidro reluzia
os feixes luminosos, brilhando o campo em um espetáculo solar. As plantas do
ambiente pareciam se beneficiar do ataque, algumas até mesmo desabrochando.
— Use o Acid! — continuou o garoto.
— Leech Seed. — prosseguiu Ramos.
Skrelp disparou um jato de suas
substâncias venenosas, mas Jumpluff não teve tantas dificuldades em desviar do
ataque. A luz solar brilhando parecia ter um efeito sobre as partes vegetais,
aumentando o desempenho de seu corpo a um nível extremo. Algumas gotas
respingaram em uma de suas mudas de algodão, dissolvendo parte da flor. A
criatura contra-atacou com uma sequência de sementes que logo se agarraram ao
corpo de Skrelp.
— Utilize o Camouflage! — comandou Calem.
O Pokémon aquático misturou-se em
questão de segundos ao ambiente, transformando as cores de suas escamas. À altura
em que Jumpluff planava, tornava-se difícil distinguir sua localização exata.
Ainda assim, Skrelp sentia as raízes das sementes drenando suas forças
levemente, ainda que com pouca intensidade.
— Jumpluff, Stun Spore!
Das pequenas partículas de algodão,
vários esporos foram lançados em direção ao campo, aproveitando-se dos poderes
voadores de Jumpluff, que dançava pelos ares. Skrelp remexia-se com o pó
venenoso que dificultava sua movimentação ainda mais pelo terreno gramado.
Calem sentia-se apreensivo. Até
então os danos que Jumpluff causara em Skrelp eram quase nulos. Contudo, Ramos
cercava todas as estratégias do garoto, fortalecendo seu Pokémon de uma maneira
em que ele não conseguia ver uma saída. Não era como se pudesse ser derrotado
em questão de instantes, mas não fosse capaz de visualizar uma vitória -
obrigando-se a se arrastar até sua ruína.
— Use o Acid de novo! — exclamou o menino, tentando manter a calma.
Desta vez o disparo foi certeiro em
Jumpluff, afetando seu voo. Skrelp fora tão rápida que a criatura voadora mal
teve oportunidade de tentar evitar o golpe. Sendo parte vegetal, o ataque teve
grande efetividade. Skrelp aos poucos teve suas escamas retornando à coloração
original, ficando à mostra no cenário verde.
— Jumpluff, avance com o Acrobatics!
— Poison Tail!
O algodão planou próximo ao chão
com considerável agilidade, realizando movimentos no ar com tanta graciosidade
que parecia uma dança, disparando uma saraivada de golpes na criatura aquática.
Skrelp aproveitou-se da aproximação para desferir um certeiro ataque venenoso,
deixando o rosto do adversário marcado pelo impacto.
— Poison Tail de novo! — repetiu o garoto.
Ainda atordoado pelo ataque,
Jumpluff não teve oportunidade de desviar da segunda investida, caindo
derrotado no campo. O juiz observou por alguns instantes o Pokémon nocauteado e
anunciou sua indisponibilidade de prosseguir. Ramos foi lentamente até o campo
e acariciou o Pokémon, voltando a despertar. Sorriu e dirigiu-lhe palavras de
incentivo, agradecendo por sua coragem na batalha.
— Nada mal, jovem William. —
ponderou o senhor, pegando uma nova Pokébola.
Ele a atirou para o alto, com leve
empolgação.
— Victreebel, sua vez.
O campo foi tomado por uma criatura
maior que os dois treinadores. Tinha o corpo dilatado como um sino, em um tom
de amarelo suculento que parecia uma berry.
Balançava uma vinha que surgia de suas folhagens, como se tentasse atrair
atenção. Calem sentiu um cheiro doce e convidativo, mas sabia que não deveria
se enganar – a espécie utilizava esse aroma para atrair presas, escondendo
entre seu corpo um grupo de folhagens que se assemelhavam a dentes. Com suas
habilidades venenosas, os Victreebel paralisavam seus inimigos e injetava
substâncias digestivas que corroíam até mesmo materiais resistentes.
— Apesar do tipo Grass ter uma clássica fraqueza aos
venenos, várias espécies possuem suas próprias substâncias tóxicas. — comentou
o senhor.
Calem não disse nada, repensando
seu ataque.
— Use o Acid, Skrelp!
— Razor Leaf, Victreebel!
Apesar de não ser uma espécie
demasiadamente rápida, Victreebel ainda se beneficiava, por meio de sua
habilidade, da luz solar brilhando no campo, conseguindo resistir e desviar do
ataque venenoso, por mais que não fosse lhe causar grandes danos. Balançou suas
folhagens grossas, disparando contra Skrelp folhas menores tão cortantes como
navalhas. O cavalo marinho se retraiu, sentindo as sementes presas em seu corpo
se retorcerem, drenando suas últimas forças.
O juiz anunciou a queda de Skrelp.
Calem suspirou, retornando o Pokémon à sua respectiva esfera. Em seguida,
resgatou uma próxima de seus bolsos, jogando para a frente e revelando Tyrunt.
O dinossauro rugiu, mostrando seus grandiosos dentes, opondo-se às folhas
modificadas de Victreebel, que também lembravam uma mandíbula.
— Um guerreiro de pedra. — ponderou
Ramos. — Suas estratégias são diferentes, broto William.
— O fato de Tyrunt ser parte dragão
nos dá uma resistência. — respondeu o garoto. — Comecemos com o Bite!
Ramos não mexeu nenhum músculo de
imediato, retorquindo com tranquilidade:
— Grass Knot.
Tyrunt começou a correr, avançando
contra Victreebel. A criatura abriu sua enorme mandíbula, pronto para o ataque,
mas a planta sequer se moveu. Concentrou seus poderes Grass-type, de maneira que parte da grama do campo se amarrasse aos
pés do tiranossauro. O Pokémon de pedra tombou ao chão sem prever o movimento,
confuso.
— Poison Powder, meu querido. — prosseguiu o líder.
Victreebel abriu suas folhagens,
revelando a entrada de seu corpo enorme, com espécies de presas vegetais tão
vorazes que até mesmo fizeram Calem arrepiar. De dentro emitiu uma nuvem
púrpura repleta de esporos, de toxicidade tão forte que, por segurança, os
treinadores protegeram a boca e o nariz. Tyrunt, ainda no chão, sentiu o veneno
atingir-lhe, apesar de seu tipo Rock
ter certa resistência a toxinas.
Mais uma vez, Ramos poderia não
estar atacando com agressividade, mas seus comandos pressionavam as opções do
garoto. Os tipo Grass não eram
conhecidos por seus ataques tão ferozes ou defesas estrondosas, mas dominavam
forças naturais como ninguém, se beneficiando do ambiente e emitindo esporos
venenosos ou paralisadores.
— Vamos revidar com o Tackle! — disse o garoto.
— Grass Knot.
Desta vez, Tyrunt conseguiu evitar
o ataque, avançando com voracidade ao inimigo, em um golpe com o corpo de rocha
o atirando para mais longe, no campo. Victreebel se colocou novamente em
posição, com o corpo vegetal meio bambo.
— Razor Leaf! — exclamou Ramos.
— Use o Bite! — rebateu Calem.
A planta carnívora disparou
folhagens em Tyrunt que, ainda que danificado, prosseguiu com sua mordida,
cravando a mandíbula no corpo vegetal de Victreebel. O Pokémon usou sua vinha
para afastá-lo, jogando-o para o lado.
— Mais uma vez! — repetiu Calem.
Antes que desviasse, Tyrunt
desferiu mais uma mordida em Victreebel, desta vez jogando a planta alguns
metros à distância, derrotada. Ainda assim, o dinossauro fraquejou levemente,
sentindo o veneno ainda presente em seu corpo.
— Vejo que tem experiência, jovem
William. — comentou Ramos, consolando seu Pokémon. — Já enfrentou o poder de
transformação dos insetos, a dureza dos tipos rocha, e a disciplina e
determinação dos lutadores.
Calem abriu um pequeno sorriso.
— O que os tipo Grass terão a me ensinar?
Ramos soltou uma risada simpática.
— Por que não me conta após a
batalha?
O senhor puxou uma Pokébola já meio
desgastada pelo tempo, admirando-a com ternura. O último Pokémon de um líder
era sempre uma revelação interessante, pois geralmente sintetizava aquilo que o
ginásio representava. O velho senhor estendeu-a.
— Resta-me um último Pokémon, broto
William. — falou, rouco. — Mas este será ainda mais difícil de derrubar.
Ele revelou sua última criatura, um
Pokémon quadrúpede que se colocou em uma respeitável posição logo que assumiu o
campo. Era familiar, os garotos já haviam visto daquela espécie transitando
pelas cidades, especialmente em Lumiose. Além disso, alguns poucos destes
habitavam o Baa Mer Ranch. Era um
Gogoat, uma espécie muito frequente em Kalos devido ao seu contato com os
humanos desde os tempos ancestrais.
Ainda assim, aquele em especial
parecia já um ancião, com os pelos mais envelhecidos e longos chifres curvados
demarcando sua idade. Sua parte vegetal grossa caía como uma barba não feita há
anos, mas a pelugem era grossa o suficiente para atravessar o frio das
montanhas mais gélida de Kalos. Seus sérios olhos vermelhos encararam o
adversário não com intimidação ou perversão, mas um ar de respeito.
— Tyrunt, use o Tackle! — exclamou Calem.
— Grass Knot, meu parceiro!
Por mais que Tyrunt tivesse
conseguido desviar outrora, desta vez o nó de grama agarrou suas patas
traseiras, levando-o ao chão. Calem fechou a expressão. Aquele era o
golpe-marca do ginásio, afinal. Sabia que o veneno de Victreebel ainda
persistia no corpo de pedra de Tyrunt.
— Bulldoze! — seguiu o líder.
Gogoat saltou, golpeando com força
o solo próximo de onde o dinossauro havia caído. Suas habilidades típicas das
áreas montanhosas fez com que o chão tremesse com intensidade, derrotando
Tyrunt sem se desgastar muito. O treinador coçou a cabeça, mantendo a calma.
— Paciência é o segredo de tudo,
broto William. — aconselhou Ramos. — Uma planta precisa de luz, sol, água e uma
boa dose de paciência para que floresça. Se lhe dá muito de um deles, com
ansiedade, ela não cresce.
Calem não esboçou grandes reações.
— Esta então é a lição que o
Ginásio de Coumarine tem a me ensinar. — refletiu.
Ramos deu uma risadinha.
— Eu apenas ensino jardinagem, meu
jovem. — falou, balançando a mão. — A
lição quem aplica são vocês ao cultivar seu próprio caminho.
Calem puxou uma terceira Pokébola,
pronto para fazer sua última tentativa. O Gogoat de Ramos, por mais que tivesse
uma aparência levemente envelhecida, parecia imponente e vigoroso, ainda cheio
de energias para batalhar. O garoto arremessou a esfera, logo revelando seu
último guerreiro.
A Pokébola abriu-se e trouxe ao
campo uma criatura bem menor que o Gogoat inimigo. Era um pequeno feneco, de corpo
amarelo e grandes orelhas repletas de uma pelugem alaranjada. Movia-se com
agilidade pelo campo, não parecendo intimidado pela responsabilidade. Era uma
criatura conhecida nas terras de Kalos, um Fennekin, inicial do tipo fogo e um
dos favoritos dos treinadores iniciantes.
— Será a primeira batalha de
ginásio da Fennekin! — exclamou Serena.
Ramos coçou a barba.
— Esta escolha não me surpreendeu
tanto quanto as outras, broto William. — comentou o velho. — Não são poucos os
Fennekin que passam por meu ginásio.
— Às vezes apelamos para o
convencional. — respondeu o garoto. — Fennekin, comece com o Ember.
— Bulldoze, Gogoat.
A criatura de fogo disparou brasas
contra o bode, sabendo que teria eficiência contra o tipo grama. Contudo, o
Pokémon não se afetou muito gravemente, atacando o solo em um terremoto que
desestabilizou até mesmo os treinadores em suas posições. Fennekin caiu confusa
no solo.
— Take Down. — prosseguiu Ramos.
Gogoat bufou e avançou ferozmente
em direção à criatura de fogo, ganhando velocidade. Abaixou a cabeça, apontando
seus majestosos chifres. O Pokémon congelou com a cena intimidadora, percebendo
seu treinador também sendo tomado pela intensidade do combate.
— Fennekin, saia daí!! — bradou.
O Pokémon levou curtos instantes
para retomar sua consciência. O grito do treinador a trouxe de volta para o
combate, de maneira que com sua agilidade conseguisse despistar por muito pouco
a investida do bode. A força de Gogoat com certeza seria suficiente para
jogá-la longe, causando grandes danos.
— Flame Charge, agora!!
Tomada por uma aura flamejante,
Fennekin quem investiu naquele momento, golpeando Gogoat corajosamente. Apesar
do tamanho reduzido, as chamas causaram forte influência no corpo vegetal do
outro.
— Synthesis, meu velho companheiro! — anunciou Ramos.
Gogoat levantou seus chifres para o
alto, permitindo que suas folhagens se beneficiassem da forte luz solar que
entrava pelo campo. Os ramos antes queimados pareciam se restabelecer com a
fotossíntese facilitada pelo ataque, brilhando em um tom de verde vivo,
aumentando seus ramos. Calem arrepiou-se.
— Uma velha árvore é difícil de se
derrubar, jovem. — ele riu. — Já estão acabando suas estratégias?
Calem permaneceu neutro.
— Já está na hora de arrancar isso
pela raiz. — murmurou. — Fennekin, Flame
Charge!
— Grass Knot!
Antes que Fennekin ganhasse
proximidade, um nó de grama a derrubou no campo, prendendo suas patas. O
golpe-marca do ginásio não causaria grandes danos na pequena criatura, mas era
sempre uma estratégia complicada de ignorar uma vez que se estava em campo. O
bode esfregou as patas no solo, preparando-se para um novo golpe.
— Agora, Take Down! — anunciou Ramos.
Mais uma vez apontou seu grande par
de chifres à Fennekin, iniciando uma corrida feroz, pronto para vencê-la com
seu tamanho. O Pokémon de fogo relutou, mas viu suas patas ainda um tanto
presas entre as plantas rasteiras. Calem suou frio, disparando, o mais ágil que
pôde:
— Psybeam!!
Fennekin brilhou seus olhos,
disparando uma onda de energia em direção a Gogoat. O ataque era do tipo
psíquico, o qual seu Pokémon ainda não dominava tanto, tinha muito a ser
aprimorado, mas funcionou atordoar momentaneamente o bode, deixando que
escapasse de sua trajetória de ataque. Atingido por uma forte dor de cabeça,
Gogoat desviou, permitindo que Fennekin respirasse aliviada por curtos
momentos.
— Agora, Flame Charge de novo!
— Grass Knot, Gogoat!
O bode mais uma vez tentou prender
o Pokémon de fogo, mas as chamas do corpo de Fennekin foram suficientes para
incinerar qualquer planta que tentasse agarrá-la. Atingiu a criatura em sua
lateral, cobrindo com uma forte aura de fogo que provocou consideráveis danos.
— Synthesis, de novo!
— Flame Charge, não desista!
Gogoat mal teve tempo de se
recuperar o suficiente que mais uma vez foi tomado pelas chamas da criatura de
fogo. Ramos não esboçou qualquer reação adversa, mantendo a serenidade em sua
expressão. O bode bufou, mas ainda se colocou em posição de batalha. Suas
folhagens, contudo, demonstravam o cansaço em seu corpo, já atingido pelos poderes
de fogo que eram potencializados com o forte sol em campo.
— Bulldoze, meu guerreiro! — bradou Ramos.
Fennekin saltou, prendendo-se em uma vinha que caía por entre os galhos das árvores. Desta vez o golpe fora
mais intenso que nas outras vezes. Algumas folhas e flores caíram dos galhos
mais altos do campo, se depreendendo, de maneira que o Pokémon quase tombasse ao chão. O som do farfalhar entre os galhos tornou-se
audível, quase como uma música. Calem limpou o suor que se acumulava na testa
com a manga da camiseta.
— Fennekin, vamos terminar com
isso! — gritou. — Flame Charge!!
— Take Down. — rebateu Ramos com calma.
Gogoat soltou um balido e avançou,
já um tanto decadente, usando de suas últimas forças para golpear a adversária
derradeiramente. Fennekin foi na mesma direção, com as chamas potencializadas
ao máximo que foi capaz. Calem sabia que era difícil exigir da criatura tanto
em sua primeira batalha oficial, mas ela se colocava disposta a honrar a
confiança que seu treinador lhe proporcionou.
Ambos correram. Serena quase cobriu
os olhos, não querendo ver aquele encontro. Fennekin saltou, tentando atingir
Gogoat em um lugar estratégico. A criatura levantou-a, jogando-a para cima.
Fennekin girou no ar por alguns segundos, desaparecendo entre os galhos
retorcidos de cima. Calem abriu a boca, sentindo seu coração bater mais forte
com a tensão.
Logo, o Pokémon caiu ao chão. Não
desabando, mas mantendo-se firme em suas quatro patas, ainda que atordoada pelo
golpe. Gogoat, por outro lado, sentia as chamas o consumindo, caindo derrotado
no gramado, sem forças para se estender. Ramos abriu um pequeno sorriso,
parecendo conformado com o resultado. O juiz levantou as mãos, anunciando a
vitória do desafiante.
— Ora, ora… — balbuciou Ramos.
O líder foi até seu Pokémon,
segurando sua cabeça com as mãos. Gogoat despertou, os olhos ainda caídos e
fundos. O velho abriu um sorriso, acariciando-o.
— Você fez o seu melhor, velho
amigo. — falou em um tom reconfortante. — Merece um bom descanso.
E retornou o Pokémon à sua
Pokébola. Calem não escondeu um sorriso, congratulando Fennekin que, apesar de
cansada, ainda usava suas últimas energias para comemorar a vitória, como se
nada tivesse acontecido. O inicial logo tropeçou, exausto, e foi retornado
também à sua esfera pelo treinador. Ramos cochichou algo com o juiz, que se
retirou.
— Vejo que fui vencido. — riu o
líder.
— Foi uma boa batalha, senhor Ramos.
— sorriu Calem.
O velho colocou-lhe uma mão no
ombro, precisando se estender um pouco.
— Acha que descobriu o que
prezamos, neste ginásio? — inquiriu.
Calem assentiu com a cabeça.
— A ternura e serenidade com que
cria suas plantas. — disse ele. — É essa a mesma energia que traz às batalhas.
Sem perder a calma, sempre prezando pelas estratégias, por mais tempo que elas
exijam.
O velho concordou.
— Às vezes preciso dar uma lição
nas crianças que chegam com sede de batalhas e querem destruir tudo. — ele riu.
— Vejo que está amadurecendo, broto William. Como um fruto.
O juiz retornou, com uma caixinha.
Dentro dela, o símbolo da vitória dentro do ginásio de Coumarine. Era como uma
folha, cujas nervuras transformavam-se nos galhos retorcidos de uma nova árvore,
brilhado em um tom de verde vivo como a natureza.
— Esta é a Plant Badge. — disse o líder. — E ela é sua.
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Salve, mano Halls! Tudo firme?
ReplyDeleteCara, a primeira coisa que me veio à mente ao ver que eles estavam realmente indo até o ginásio atrás do desafio era como o Calem ia fazer pra burlar os registros como treinador licenciado. E aí lá vem ele se aproveitar do pobre Ramos, que por ser velho não tem afinidade alguma com tecnologia, pra dar aquele dibre no pique da ludibriagem e garantir sua batalha! Ele superou até mesmo a malandragem do Charlie nessa. Mas quero ver como ele vai sustentar esse problema. Essa tática não vai funcionar pra sempre. Ainda mais quando vier o Clemont, que é exatamente o oposto do Ramos. Se o Ramos não entende de computadores, o Clemont é praticamente um computador ambulante!
Voltando a atenção para a batalha em si, percebo um amadurecimento muito grande no Calem. O garoto que antes tinha medo de Pokémons agora parece ter quase o completo domínio do que está fazendo durante suas batalhas. Tirando alguns momentos de nervosismo que ele teve quando o Ramos o colocou contra a parede, o que é perfeitamente normal para um treinador novato, ele conseguiu manter o foco e encontrar as melhores saídas durante o combate. Claro que ele sempre foi muito bom de lógica, mas conforme ele vai evoluindo como treinador isso fica mais evidente.
E é verdade o que você disse nas notas, a próxima cidade é Lumiose! FINALMENTE VAMOS VOLTAR A LUMIOS... Pera aê. PQP, ELES VÃO VOLTAR PRA LUMIOSE! NÃO, PEGA OUTRO CAMINHO, FICA LONGE DESSE INFERNO!
Hey Shadow!! Tudo tranquilo? :)
DeleteHAUDSHASUDH De fato depois dessa jogada o Calem já pode roubar o lugar do Charlie! Falou bem, pode até ter funcionado com o Ramos, mas o Clemont é o total oposto dele! É sempre um conseguir burlar esse tipo de coisa e sempre um risco também pra todos eles.
Que legal que deu pra perceber essa transformação do Calem! Não que ele já esteja detonando tudo, mas pelo menos alguns pânicos e dúvidas tão clássicas do começo estão desaparecendo... Você comentou "domínio", e acho que essa é bem a palavra! Pelo menos tá conseguindo manter o controle e formular/aplicar as estratégias... Já é um baita avanço!
E pois é HASUDHAUSDH Nem eu acredito que a gente já tá voltando pra Lumiose Parece que nem eu superei esse trauma direito e já tamos voltando (e olha que faz tempo). Mas prometo que vai valer a pena! :P AUHSDUASHD Abração cara õ/
Otima batalha de ginásio sir Haos! Não foi intensa, foi uma batalha simples, mas por causa disso não perdeu sua qualidade ou sua importância de forma alguma! Parabéns e até o próximo capitulo! <3
ReplyDeleteHey Shii! Ahhh que legal, fico muito feliz que tenha curtido a batalha! Também senti que não foi um ritmo super acelerado, mas que pelo menos deu pra manter o ritmo e situar a gente no nível que o Calem se encontra e tudo mais. Foi bem gostosa de escrever. Fiquei super feliz com teu incentivo, de verdade! Obrigado pelas palavrinhas <3 Até a próxima!!
Deleteadorei o céu abrindo bem no dia que vão enfrentar as plantinha, calem tem 0 sorte mesmo q
ReplyDeletekkkkk eles tudo em silêncio kkkkkk cada k uma lágrima mds do céu
esse ginásio facilmente um dos meus faves, TEM UM JARDIM BOTANICO TAMBEM invadindo e ficando lá pra sempre
ai gente adoro a organização de ~agendar batalha, no jogo nois só chega de voadora na porta qq
"william?" calem: who tf dis bitch is OH WAIT IT ME
pLMDDS CALEM EU VO SAIR NA MÃO CONTIGO, VOCÊS PRECISAM PRA CARALHO DESSA CONVERSA
mas okay fair que hoje é dia de ginasio MAS PLMDDS VÃO CONVERSAR
ramos um amorzinho gente >: pedindo estágio nesse gym é isto qq
olha serena, tem muita coisa que a gente pode aprender sobre nós mesmos observando como cuidar de plantas
PLANTAS RAINHAS SIM RAINHAS DEMAIS
bicho eu super fiquei me perguntando isso, como que vai fazer com as insignias antigas?? teria como recadastrar?? pq né kk
ramos: ô inferno de tecnologia calem: kk pse né vamo só ignorar esses detalhes nada a ver.....
(risos que assim que cheguei na batalha começou a tocar uma musica chamada spring)
AAAAAAAAAAA AGNES sempre ansiosa por ver a nene em campo mas ao mesmo tempo worried
e putz jumpluff tá super trabalhado em ataques de suporte, sentindo que mesmo ele sendo derrubado ainda vai ter muito dano pra além dele >.>
o ramos um anjo com seus poke mds, a true trainer
aí o contraste com o calem......... porra cara dá pra tu ao menos falar um "parabens" a skrelp derrubou um adversario lutou com afinco e tu nem diz um oi, depois reclama que os poke não quer assentir
ramos olhando as escolhas do calem: essas criança de hoje em dia mds
o jeitinho que eu to super torcendo pelo ramos, não vo negar
aí apareceu o gogoat soando super sabio e amigo de longa data do ramos mds do céu DÊ UMA SURRA NO CALEM PFVR
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
UM FENNEKIN CARALHO
eu super tava apostando que tinha sido esse inicial tbh MAS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA VER A CONFIRMAÇÃO É TUDOOOOOOOOO
ICONE MARAVILHOSO
(mas putz agora que o calem ganha mesmo né (tho tbh é um poke bem sem experiencia.... also lvl baixo....... good luck q))
(querendo que o cal perca mas não querendo ver a pobre fennekin surrada e also real preocupada pq mds primeira luta oficial da pobre já veio um adversario experiente desse)
OH TRU O SOL TAMBEM FORTALECE ATAQUES DE FOGO niceu
PELO MENOS PRA FENNEKIN ELE DEU UMA CONGRATULAÇÃO brigada migo não faz mais que sua obrigação qq e mds um icone a raposinha, já to adorando o pouco que vemos dela
e affs ramos ICONE queria estar lá pra ver as surra que ele dá com toda a paciencia nos trainer imaturo, vo ir estagiar nesse gym qq
Tava muito curioso pra ver sua reação desse cap!! Por motivos de 1) plantinhas e 2) Fennekin UHAUSDHASUDH
DeletePior que eu curti demais também o Ginásio nos jogos, apesar de não curtir tanto assim o Ramos... Mas escrevendo tudo eu comecei e me apegar mais a ele??? Inclusive, acabei gostando demais de imaginar como seria esse ginásio, se tivesse mais um tempinho com certeza ia amar muito continuar descrevendo os Pokémons que devem ser pesquisados por lá, ou ver algumas dicas profundas de jardinagem do Ramos qq
E real, a empatia com os Pokémon ainda é uma coisa que tem que melhorar bastante. A gente vê que grande força do Ramos tá nisso, justamente em conhecer e cuidar bem dos dele. Cal ainda tem um longo caminho nesse sentido... E que bom que curtiu a Fennekin! Eu tenho o Gijinka dela desenhado, falta pintar pra postar... Mas de cara é uma personagem que curto demais. Acho que pelo fato de Froakie já ter aparecido dá uma dica de qual inicial poderia ser o do Calem, mas feliz mesmo assim de revelar isso nesse capítulo, tava ansioso! É um Pokémon de Kalos que gosto demais <3 Brigadão do teu apoio sempre, feliz que gostou do cap :'))
Eu adorei a forma bastante inteligente como Calem se livrou de fazer o registo no computador de Ramos. Ele está a começar a aprender com Charlie.
ReplyDeletePor falar em Ramos, esse combate de ginásio foi muito interessante. A começar pelas escolhas de Calem. Tivemos a oportunidade de rever alguns Pokémon que já não apareciam há algum tempo e conhecemos o Pokémon inicial que ele recebeu de Sycamore há alguns capítulos atrás! Confesso que já nem me recordava disso.
A batalha entre os dois foi muito interessante e desafiadora, sem dúvida. Penso que o mais importante aqui foi a aprendizagem que Calem pode retirar de toda esta experiência. É mesmo como Ramos diz, é preciso paciência durante uma disputa. E Calem começa a tê-la. Uma vez que, no início, ele tinha tanto medo e problemas com estas criaturas, é muito interessante ver esta evolução da personagem. Estaremos a testemunhar o crescimento de um futuro mestre Pokémon?
No final, Calem venceu com a ajuda de Fennekin. Por momentos, ainda pensei que fosse dar um empate, mas o inicial de fogo provou a sua força. Quero ver mais dele, e de todos os outros Pokémon de Calem!
Continue com o ótimo trabalho, Haos! Até!
Hey Angie!! Esse Pokémon que o Sycamore deu ficou igual uma lacuna na outra temporada HAUSDHASUD Eu queria mesmo apresentar em um momento de mais destaque, já até planejava que o Cal usasse durante o ginásio, mas com todo o rolo casamento da Serena/fugir por Kalos/etc ficou um detalhe tão pequeno que acho que ninguém lembrava HUASDHAUSHD Mas antes tarde que nunca, até porque é um Pokémon que curto muito <3
DeleteFeliz que você curtiu o combate! É como você disse, é uma transformação perceptível de como ele lida com os próprios Pokémon - não é perfeito, mas é um avanço! Está sendo bem legal de ir acompanhando essa mudança dele, foi uma batalha muito importante para que percebamos isso <3